terça-feira, 19 de abril de 2016

às vezes!!!

Às vezes é preciso abrir as portas para novas pessoas e deixá-las entrar. 
às vezes é preciso fazer com que estas pessoas além de entrar, se estabeleçam em nosso espaço.
às vezes é preciso fazer com que estas pessoas que entraram e se estabeleceram, se mexam e nos tirem de nossa zona de conforto.
às vezes é preciso fazer que nós mesmos aceitemos que não podemos escolher as pessoas que entram e sim aceitar suas virtudes e seus defeitos.
às vezes é preciso entender que as mudanças são necessárias, que a renovação é necessária, que as portas fechadas sejam necessariamente lacradas para sempre.
às vezes é preciso abrir várias portas e deixar a luz entrar por todos os cantos.
às vezes é preciso deixar o brilho destas luzes se confrontarem até nos cegar ao ponto de vermos profundamente por dentro, onde realmente importa, onde realmente tudo se acomode e se faça a paz.
às vezes é preciso entender que a felicidade está misturada com a tristeza e as duas estão espalhadas pelo caminho e não em um lugar determinado, em um bem adquirido ou uma pessoa específica.
às vezes é preciso aceitar que as verdades que antes serviram para os nossos avós e pais, hoje já não nos servem mais e possivelmente não existirão para nossos filhos e netos.
Às vezes é preciso entender que a vida é só uma e sendo só uma é uma sucessão de segundos e não um retrocesso. Não se vive o segundo passado e sim o próximo. O cheiro, o sabor, o calor e o frio ficam só na memória e não podem ser carregados conosco.
Às vezes é preciso saber que nossa formação vai além do corpo, além da beleza, além dos princípios éticos, além dos padrões estabelecidos, além das riquezas acumuladas.
às vezes é preciso deixar pessoas irem abrir outras portas, às vezes é preciso sair pelas portas abertas, às vezes é preciso estar em outro lugar que nunca antes esteve, viver sensações que nunca antes havia sentido.
às vezes é preciso deixar viver, às vezes é preciso ser o centro da vida.
às vezes é preciso abrir as portas para novas pessoas e deixá-las entrar... e ir com elas aonde elas nos levarem!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

20 mil acessos

Quanta satisfação eu sinto quando percebo que este blog está chegando na marca de 20 mil acessos desde a sua criação.
Claro que este número é insignificante em relação a tantos outros blogs criados e publicados diariamente no Brasil e no mundo mas é extremamente grande quando relacionado à sua criação, aos motivos que me levaram a escrever.
Iniciei aqui escrevendo exclusivamente para mim. Para não deixar escapar de minha cabeça tantas e tantas idéias que eu gerava durante meus dias. A vida estava sim em franca ebulição quando comecei a escrever e este blog de certa forma me ajudou a abrandar um pouco meus pensamentos.
Da mesma forma como pesquisadores cientistas descobriram que tirar uma foto do prato de comida antes de comê-lo ajuda a emagrecer, acredito que escrever ajuda a arejar a mente.
As palavras fluiam em minha mente, formavam frazes que por sua vez concatenavam orações que inevitavelmente se transformavam em textos.
Fiz questão de não revisar nenhum deles. Fiz questão de publicar sem sequer reler pois era uma coisa intimista, uma coisa própria, sem qualquer objetivos.
Mesmo sem escrever por algum tempo, percebí que havia cerca de 30, 40 acessos diários. Percebí que pessoas vêm aqui constantemente. Não sei qual o objetivo, não sei os motivos que trazem as pessoas a este blog. Seja para concordar, criticar, discordar, até mesmo zombar, isso não me importa.
As portas estão sempre abertas. E são de várias partes do Brasil e do mundo. Foram mais de 40 paises, de todos os continentes. Pessoas espalhadas pelo mundo que por alguns instantes degustaram algo meu, algo de minha intimidade. Isso é fascinante.
Quero agradecer e deixar uma reflexão....

Toda porta separa dois caminhos. E nunca sabemos qual é o caminho certo. Portanto, procurem deixar as portas sempre abertas.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Ponto de Vista

É tudo uma questão de ponto de vista. Tudo muda de acordo com a perspectiva de como vemos as coisas, como encaramos o fato e até mesmo de como lidamos com ele.
Se olhamos de muito longe, perdemos o foco, se olhamos muito de perto, embaraçamos a imagem. Até mesmo a incidência da luz, a ausência dela, o ângulo de visão, tudo pode mudar milhares de vezes o resultado visual de um mesmo objeto.
É tudo uma questão de ponto de vista. Sem querer parecer repetitivo porém já sendo, precisamos lançar vários olhares, sobre várias perspectivas diferentes sobre um mesmo fato, enumerar todas as conclusões, categorizar e enfim, tirar disso tudo a consideração que mais se aproxima da verdade.
Cito aqui um exemplo pessoal de como as perspectivas mudam os conceitos. Em um primeiro olhar, identifiquei um grande inimigo. Olhando sobre outros ângulos e outros aspectos, tornou-se um redentor. (Redentor - sinônimo - significado: O que livra da escravidão, das aflições).
Bastou o tempo passar e a razão tomar conta da emoção para que uma outra realidade, mais condizente com a situação, mais coerente, predominasse sobre o primeiro olhar que tive da situação.
É tudo uma questão de ponto de vista. Toda história tem um narrador e um protagonista. Somos preguiçosamente convenientes a ouvir sempre a mesma história, do mesmo narrador, com os mesmos protagonistas. Infelizmente não exercitamos nosso cerebro e nos deixamos levar apenas pelo que nos contam, nos induzem a pensar. Aceitamos como verdade o que querem que pensemos.
Um exemplo clássico: Branca de neve e os sete anões. Sabemos da história contata sobre o ponto de vista da protagonista, da princesa. Ora então que temos diversos outros personagens, coadjuvantes, figurantes, que também tem a sua história para contar e a sua verdade sobre os fatos. Temos o ponto e vista da Rainha malvada, do caçador que matou o cervo, o próprio cervo, cada um dos anões e do príncipe que no fim, com apenas um beijo, marcou a vida da protagonista.
O que proponho aquí é que sejam avaliados outros ângulos da mesma história para que, no fim das contas, uma verdade mais sustentável seja apresentada. O que proponho aquí é que não tiremos conclusões e rotulemos pessoas e fatos de acordo apenas com uma única narrativa.
Por trás de um grande livro, para se escrever um grande Best Seller, muitas páginas são descartadas, muitas palavras são apagadas, muitas tramas são escondidas tantas outras são modificadas. O escritor tem a prerrogativa poética. Tudo pode. Ele nos conduz através de sua narrativa por mundos reais e mundos imaginários. E assim vamos levando, ou melhor, nos deixando levar, por um mundo onde cada vez mais, nos perdemos em meio a tantas histórias e estórias. o real e o imaginário.
Ah.. só para ressaltar... Em relação à Branca de Neve, cada um de nós já teve seu dia de anão Soneca, Dengoso, Feliz, Atchim, Mestre, Zangado e Dunga.