quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Ponto de Vista

É tudo uma questão de ponto de vista. Tudo muda de acordo com a perspectiva de como vemos as coisas, como encaramos o fato e até mesmo de como lidamos com ele.
Se olhamos de muito longe, perdemos o foco, se olhamos muito de perto, embaraçamos a imagem. Até mesmo a incidência da luz, a ausência dela, o ângulo de visão, tudo pode mudar milhares de vezes o resultado visual de um mesmo objeto.
É tudo uma questão de ponto de vista. Sem querer parecer repetitivo porém já sendo, precisamos lançar vários olhares, sobre várias perspectivas diferentes sobre um mesmo fato, enumerar todas as conclusões, categorizar e enfim, tirar disso tudo a consideração que mais se aproxima da verdade.
Cito aqui um exemplo pessoal de como as perspectivas mudam os conceitos. Em um primeiro olhar, identifiquei um grande inimigo. Olhando sobre outros ângulos e outros aspectos, tornou-se um redentor. (Redentor - sinônimo - significado: O que livra da escravidão, das aflições).
Bastou o tempo passar e a razão tomar conta da emoção para que uma outra realidade, mais condizente com a situação, mais coerente, predominasse sobre o primeiro olhar que tive da situação.
É tudo uma questão de ponto de vista. Toda história tem um narrador e um protagonista. Somos preguiçosamente convenientes a ouvir sempre a mesma história, do mesmo narrador, com os mesmos protagonistas. Infelizmente não exercitamos nosso cerebro e nos deixamos levar apenas pelo que nos contam, nos induzem a pensar. Aceitamos como verdade o que querem que pensemos.
Um exemplo clássico: Branca de neve e os sete anões. Sabemos da história contata sobre o ponto de vista da protagonista, da princesa. Ora então que temos diversos outros personagens, coadjuvantes, figurantes, que também tem a sua história para contar e a sua verdade sobre os fatos. Temos o ponto e vista da Rainha malvada, do caçador que matou o cervo, o próprio cervo, cada um dos anões e do príncipe que no fim, com apenas um beijo, marcou a vida da protagonista.
O que proponho aquí é que sejam avaliados outros ângulos da mesma história para que, no fim das contas, uma verdade mais sustentável seja apresentada. O que proponho aquí é que não tiremos conclusões e rotulemos pessoas e fatos de acordo apenas com uma única narrativa.
Por trás de um grande livro, para se escrever um grande Best Seller, muitas páginas são descartadas, muitas palavras são apagadas, muitas tramas são escondidas tantas outras são modificadas. O escritor tem a prerrogativa poética. Tudo pode. Ele nos conduz através de sua narrativa por mundos reais e mundos imaginários. E assim vamos levando, ou melhor, nos deixando levar, por um mundo onde cada vez mais, nos perdemos em meio a tantas histórias e estórias. o real e o imaginário.
Ah.. só para ressaltar... Em relação à Branca de Neve, cada um de nós já teve seu dia de anão Soneca, Dengoso, Feliz, Atchim, Mestre, Zangado e Dunga.

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