O futuro não pode servir para potencializar nossa falta de ação no passado. O futuro não deve servir para incurtir em nós aquele sentimento de que como poderia ter sido de tivéssemos feito diferente. Justamente por a vida ser uma só é que vivemos neste meio termo de medo e aflição.
Medo de tomarmos decisões erradas e aflição por querer fazer algo e não conseguirmos.
Mesmo desconsiderando a variável tempo, carregamos conosco a percepção exata do relógio da vida, aquele que marca os dias não com horas mas sim com decisões.
Temos mesmo que subconscientemente, a exata noção da perda do tempo e do tempo gasto em determinadas situações e conseguimos prever o impacto que isto causará no nosso futuro.
Muitas vezes por comodismo, nos apegamos a pessoas e situações, muitas vezes por preguiça mesmo, pelo tempo desprendido, deixamos as coisas como elas estão e preferimos não ousar, não arriscar, contendo nossos desejos e nossas vontades.
Familia, amigos, vizinhos, colegas, conhecidos, sociedade, conceitos e preconceitos, religiões, culturas dentre tantas outras variáveis nos apontam os dedos, nos rodeiam, invadem nossas vontades, comandam nossas percepções ao ponto de simplesmente não termos coragem de arriscar, não termos coragem de proporcionarmos a nós mesmos uma mudança significativa no rumo que estamos dando em nossas próprias vidas.
E vamos chegando ao futuro perguntando-nos como teria sido se fosse diferente. Vamos nos limitando, vamos nos prendendo e aos poucos aceitando coisas que não aceitaríamos normalmente, mantendo aparências onde a idéia das pessoas são mais importantes que nossos próprios sentimentos.
E passamos a viver nossas vidas para agradar pessoas, para evitar julgamentos, comentários, fofocas. Vemos os anos correndo presos a promessas não cumpridas, desejos contidos e saudades do que não vivemos.
E passamos a acreditar em pessoas vazias, e entregamos nossas vidas nas mãos dessas pessoas como se as mesmas fossem as únicas donas das verdades. E são. Estas pessoas são donas das suas verdades porém não das nossas. Vemos estas pessoas como professores da pré escola onde a verdade é absoluta.
Professores nos ensinam a ler e escrever mas aceitamos pessoas que querem nos ensinar a viver a sua vida, e não a nossa vida.
Então criamos o desequilíbrio, perdemos nossas forças e vamos aceitando a ração de cada dia, cada vez mais sem forças para mudar, cada vez mais sem forças para sequer revidar. Vamos sendo domesticados, amestrados, ensinados a contentar com o pouco que temos.
São raros os casos onde o animal se volta contra o domador... são raros mas existem!
Solte a sua fera!!!
Lembre-se: Um animal amestrado pode até ser bonitinho porém nunca será livre!

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