Erramos quando escolhemos uma pessoa para nós e vamos idealizando nela todas as qualidades que desejamos receber de alguém.
Passamos vários anos esperando que esta pessoa mude de acordo com nossas vontades, de acordo com os nossos sonhos e não percebemos que o erro aconteceu lá no início. Na escolha.
Não sejamos hipócritas ao ponto de negar que quando começamos a nos relacionar com alguém sempre imaginamos o que as pessoas ao nosso redor pensarão à respeito de quem está conosco. Escolhemos as pessoas também baseado nos efeitos de admiração e inveja que esta escolha causará em terceiros.
É como comprar uma roupa nova, um carro novo, um smartphone de última geração. Queremos ser admirados pelo nosso novo bem. E esse nosso novo bem tem que nos causar satisfação!
E o tempo vai passando e a roupa nova sai de moda, o carro novo "bebe" gasolina demais e smartphone consome toda a bateria em menos da metade do dia. Mas mantemos nossas aparencias, mantemos nosso padrão de vida pois não podemos retroceder, não podemos ser julgados, apontados, mostrados como exemplo de fracasso.
O erro talvez esteja lá na origem, no princípio de tudo, quando nos dispomos a encontrar alguém. Erramos no nosso primeiro passo.
Erramos quando escolhemos uma pessoa por aparência, erramos quando escolhemos uma pessoa pela idade, pela posição social, pela religião, pelo corpo. Erramos quando procuramos uma pessoa que acreditamos que mudará de acordo com nossos desejo ao passo que seria muito mais fácil, muito mais prazeroso, muito mais edificante encontrar alguém que realmente quer nos fazer felizes.
As pessoas estão prontas. Todas já com seus valores. Prédios prontos com os seus alicerces. Podemos até redecorar, ampliar, quebrar e construir novas paredes, pintar com uma cor mais agradável mas nunca mexer em suas bases. As pessoas não mudam seu caráter.
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