sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

20 mil acessos

Quanta satisfação eu sinto quando percebo que este blog está chegando na marca de 20 mil acessos desde a sua criação.
Claro que este número é insignificante em relação a tantos outros blogs criados e publicados diariamente no Brasil e no mundo mas é extremamente grande quando relacionado à sua criação, aos motivos que me levaram a escrever.
Iniciei aqui escrevendo exclusivamente para mim. Para não deixar escapar de minha cabeça tantas e tantas idéias que eu gerava durante meus dias. A vida estava sim em franca ebulição quando comecei a escrever e este blog de certa forma me ajudou a abrandar um pouco meus pensamentos.
Da mesma forma como pesquisadores cientistas descobriram que tirar uma foto do prato de comida antes de comê-lo ajuda a emagrecer, acredito que escrever ajuda a arejar a mente.
As palavras fluiam em minha mente, formavam frazes que por sua vez concatenavam orações que inevitavelmente se transformavam em textos.
Fiz questão de não revisar nenhum deles. Fiz questão de publicar sem sequer reler pois era uma coisa intimista, uma coisa própria, sem qualquer objetivos.
Mesmo sem escrever por algum tempo, percebí que havia cerca de 30, 40 acessos diários. Percebí que pessoas vêm aqui constantemente. Não sei qual o objetivo, não sei os motivos que trazem as pessoas a este blog. Seja para concordar, criticar, discordar, até mesmo zombar, isso não me importa.
As portas estão sempre abertas. E são de várias partes do Brasil e do mundo. Foram mais de 40 paises, de todos os continentes. Pessoas espalhadas pelo mundo que por alguns instantes degustaram algo meu, algo de minha intimidade. Isso é fascinante.
Quero agradecer e deixar uma reflexão....

Toda porta separa dois caminhos. E nunca sabemos qual é o caminho certo. Portanto, procurem deixar as portas sempre abertas.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Ponto de Vista

É tudo uma questão de ponto de vista. Tudo muda de acordo com a perspectiva de como vemos as coisas, como encaramos o fato e até mesmo de como lidamos com ele.
Se olhamos de muito longe, perdemos o foco, se olhamos muito de perto, embaraçamos a imagem. Até mesmo a incidência da luz, a ausência dela, o ângulo de visão, tudo pode mudar milhares de vezes o resultado visual de um mesmo objeto.
É tudo uma questão de ponto de vista. Sem querer parecer repetitivo porém já sendo, precisamos lançar vários olhares, sobre várias perspectivas diferentes sobre um mesmo fato, enumerar todas as conclusões, categorizar e enfim, tirar disso tudo a consideração que mais se aproxima da verdade.
Cito aqui um exemplo pessoal de como as perspectivas mudam os conceitos. Em um primeiro olhar, identifiquei um grande inimigo. Olhando sobre outros ângulos e outros aspectos, tornou-se um redentor. (Redentor - sinônimo - significado: O que livra da escravidão, das aflições).
Bastou o tempo passar e a razão tomar conta da emoção para que uma outra realidade, mais condizente com a situação, mais coerente, predominasse sobre o primeiro olhar que tive da situação.
É tudo uma questão de ponto de vista. Toda história tem um narrador e um protagonista. Somos preguiçosamente convenientes a ouvir sempre a mesma história, do mesmo narrador, com os mesmos protagonistas. Infelizmente não exercitamos nosso cerebro e nos deixamos levar apenas pelo que nos contam, nos induzem a pensar. Aceitamos como verdade o que querem que pensemos.
Um exemplo clássico: Branca de neve e os sete anões. Sabemos da história contata sobre o ponto de vista da protagonista, da princesa. Ora então que temos diversos outros personagens, coadjuvantes, figurantes, que também tem a sua história para contar e a sua verdade sobre os fatos. Temos o ponto e vista da Rainha malvada, do caçador que matou o cervo, o próprio cervo, cada um dos anões e do príncipe que no fim, com apenas um beijo, marcou a vida da protagonista.
O que proponho aquí é que sejam avaliados outros ângulos da mesma história para que, no fim das contas, uma verdade mais sustentável seja apresentada. O que proponho aquí é que não tiremos conclusões e rotulemos pessoas e fatos de acordo apenas com uma única narrativa.
Por trás de um grande livro, para se escrever um grande Best Seller, muitas páginas são descartadas, muitas palavras são apagadas, muitas tramas são escondidas tantas outras são modificadas. O escritor tem a prerrogativa poética. Tudo pode. Ele nos conduz através de sua narrativa por mundos reais e mundos imaginários. E assim vamos levando, ou melhor, nos deixando levar, por um mundo onde cada vez mais, nos perdemos em meio a tantas histórias e estórias. o real e o imaginário.
Ah.. só para ressaltar... Em relação à Branca de Neve, cada um de nós já teve seu dia de anão Soneca, Dengoso, Feliz, Atchim, Mestre, Zangado e Dunga.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Filme de nossa vida

Algumas pessoas dizem que nos segundos que antecedem a morte, passa pela nossa cabeça o filme de nossas vidas. Que vemos em flashes, tudo o que vivemos, tudo o que sentimos, todas as pessoas que conhecemos no decorrer dos anos. Algumas pessoas dizem que temos a chance de recordarmos cada instante, cada lugar, cada história passada, cada história vivida.
Não há comprovação científica deste fato porém, deve haver alguma verdade pois são inúmeros os casos de pessoas que passaram por situação de quase morte e que retornam revelando terem assistido este filme assim como terem visto a luz ou algum ente querido que estava aguardando a passagem.
Tenho certo receio desta passagem. Tenho certo receio deste filme.
Não sei ainda por quantos anos viverei e nem quantas histórias ainda vou acrescentar ao meu filme mas temo que grande parte dos flashes que me forem apresentados, estejam em branco. Aliás, pensando melhor, talvez eu até prefira que estejam em branco do que mostrar a história que escreví ao longo destes referidos anos.
Fosse eu um diretor de cinema, com o direito de escolher toda a trilha sonora, todos os atores, todo o enredo, duração e gênero, com certeza eu faria um filme de comédia. Daquelas comédias que variam do pastelão, passando pelo humor crítico político social e terminando em um grande musical.
Mas não sou diretor de cinema, nem tampouco diretor de minha própria existência. Os enredos são apresentados aleatoriamente, os atores são inseridos em nossas vidas sem qualquer teste, sem qualquer indicação e vão interferindo no decorrer da trama até o seu final e os cenários mudam sem aviso prévio. Uma hora é comédia, no instante seguinte drama, depois terror. Só não há ficcção, De resto, tudo um pouco.
Mas enfim quando o filme for apresentado, nos instantes finais de minha vida e a tela retratar os 20 anos aos quais me refiro, vou preferir os flashes em branco às cenas. Não quero repetí-las nem em pensamento, se este direito me for dado. Melhor ainda seria se pudesse preencher este espaço com trailers de outros filmes, desenhos animados, documentários, esportes, enfim, qualquer outra coisa que me prenda a atenção e que valha a pena assistir.
Acreditem, não estou sofrendo do mal do século que a literatura retrata como sentimentalismo, onde o poeta morria de amor, nem tampouco do parnasianismo que retrata a coisa com a objetividade do realismo. Não...
Apenas peço o direito de me defender de imagens que não quero relembrar, apenas peço o direito de não revisar fases, fatos, coisas e pessoas que infelizmente fui acometido da presença.
E se, ao menos isto realmente existir, se realmente passa diante de nossos olhos o filme de nossa vida no instante de nossa morte, vou tentar, em um determinado instante, ir ao banheiro e perder grande parte deste revival!!!



segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Animais

Falar sobre o que depois de tanto tempo?
Não basta simplesmente começar a apertar os caracteres do teclado e esperar que saia algum texto, alguma reflexão, alguma idéia que sirva de inspiração, que se identifique com algum leitor aleatório que vez ou outra frequenta este blog.
É preciso inspiração, é preciso motivo, é preciso sentimento para começar a ter a coragem, a vontade de escrever e compartilhar para o mundo, mesmo que este não saiba, algo que nunca fora escrito.
Mas escrever para quê? Escrever para quem? Escrever por quê?
Claro que eu tenho meus temas, claro que as coisas continuam acontecendo e a vida continua em constante ebulição, em eterna ebulição. Aliás, nunca eboluiu tanto quanto agora.
E justamente por isso falta-me tempo. Confesso que até um pouco de motivação. Manter este blog com tantos textos em tão pouco tempo causou uma certa exaustão de idéias, um certo sentimento de lugar comum. A impressão que tenho é que já escreví sobre tudo.
Quando penso assim paro para lembrar de algumas músicas que gosto. E são inúmeras. Tento entrar na mente do autor e buscar aquele exato ponto de inspiração da criação. E se neste momento batesse a mesma exaustão, o mesmo sentimento de lugar comum que me acomete às vezes? No mímino eu deixaria de conhecer e viajar em uma bela canção.
A mente é mesmo uma coisa estranha, ou no mínimo, misteriosa.
A mente tem o poder de inverter situações e sentimentos, modificar verdades, alterar fatos no subconsciente e transormá-los em uma realidade que jamais existiu. A mente é capaz e inverter sentenças, em alterar o certo para errado e vice e versa pelo simples prazer de não se sentir culpada. A mente é manipuladora de sí mesma. A mente não carrega pesos, ela encontra motivos, razões e explicações forçadas para poder continuar vivendo em paz.
Na verdade somos todos animais!
Eu sou animal!
Nada me difere de um macaco, um gafanhoto, um golfinho ou mesmo uma ameba. Nada, a não ser a consideração que as pessoas fazem sobre mim, aos valores que me atribuem.
E assim vamos vivendo, sendo o tempo todo atingidos pelas necessidades que as pessoas têm por nós contrastando com o descaso quando não há qualquer coisa que possamos oferecer.
Algumas pessoas são como cães, fiéis e dedicados. Outras são como macacos pulando de galho em galho em busca de apenas alimento.
Nada nos difere senão os nossos anseios. No fim, somos todos iguais, animais!