segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Animais

Falar sobre o que depois de tanto tempo?
Não basta simplesmente começar a apertar os caracteres do teclado e esperar que saia algum texto, alguma reflexão, alguma idéia que sirva de inspiração, que se identifique com algum leitor aleatório que vez ou outra frequenta este blog.
É preciso inspiração, é preciso motivo, é preciso sentimento para começar a ter a coragem, a vontade de escrever e compartilhar para o mundo, mesmo que este não saiba, algo que nunca fora escrito.
Mas escrever para quê? Escrever para quem? Escrever por quê?
Claro que eu tenho meus temas, claro que as coisas continuam acontecendo e a vida continua em constante ebulição, em eterna ebulição. Aliás, nunca eboluiu tanto quanto agora.
E justamente por isso falta-me tempo. Confesso que até um pouco de motivação. Manter este blog com tantos textos em tão pouco tempo causou uma certa exaustão de idéias, um certo sentimento de lugar comum. A impressão que tenho é que já escreví sobre tudo.
Quando penso assim paro para lembrar de algumas músicas que gosto. E são inúmeras. Tento entrar na mente do autor e buscar aquele exato ponto de inspiração da criação. E se neste momento batesse a mesma exaustão, o mesmo sentimento de lugar comum que me acomete às vezes? No mímino eu deixaria de conhecer e viajar em uma bela canção.
A mente é mesmo uma coisa estranha, ou no mínimo, misteriosa.
A mente tem o poder de inverter situações e sentimentos, modificar verdades, alterar fatos no subconsciente e transormá-los em uma realidade que jamais existiu. A mente é capaz e inverter sentenças, em alterar o certo para errado e vice e versa pelo simples prazer de não se sentir culpada. A mente é manipuladora de sí mesma. A mente não carrega pesos, ela encontra motivos, razões e explicações forçadas para poder continuar vivendo em paz.
Na verdade somos todos animais!
Eu sou animal!
Nada me difere de um macaco, um gafanhoto, um golfinho ou mesmo uma ameba. Nada, a não ser a consideração que as pessoas fazem sobre mim, aos valores que me atribuem.
E assim vamos vivendo, sendo o tempo todo atingidos pelas necessidades que as pessoas têm por nós contrastando com o descaso quando não há qualquer coisa que possamos oferecer.
Algumas pessoas são como cães, fiéis e dedicados. Outras são como macacos pulando de galho em galho em busca de apenas alimento.
Nada nos difere senão os nossos anseios. No fim, somos todos iguais, animais!



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