segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Decreto

Reservo-me no direito de ter meus próprios sentimentos e deles fazer uso da forma como quiser assim como decreto que estes são de minha única e exclusiva propriedade cabendo a mim o direito de desligar as máquinas que os mantêm vivos.
Fica estipulado que os frutos oriundos destes sentimentos têm a liberdade como limite e de forma alguma outra lei se aplica contra esta premissa. Contra os frutos dos meus sentimentos não infrigirá qualquer lei que os contenha.
Fica estipulado que os meus sentimentos a mim pertencem tendo eu e unicamente eu o direito de nomeá-los e/ou incurtí-los a favor ou contra outrem.
Fica decretado por mim que o amor é incondicional e unilateral e que por conta disto, se basta. Fica decretado que o amor sobrevive sem par pelo tempo que lhe convier e que nenhuma pessoa que não o seu proprietário terá controle sobre o seu tamanho ou duração.
Fica decretado também que o amor é único e não pode ser copiado ou transferido. Que cada ser é gerador de tantos quanto forem necessários os amores para a sua felicidade e que sempre, absolutamente sempre o próximo amor será no mínimo, duas vezes maior que o anterior.
Fica decretado que toda expressão do amor é válida, tais como o beijo, o abraço, as cartas, as poesias, cheiros, cores, músicas e lugares e que todos podem se apossar destes recursos a fim de alimentar o amor.
Fica decretado que o amor terá vários nomes sem nunca perder a sua essência e que os apelidos carinhosos não terão idade para acontecer e nem limites para viver. Viverão dentro do passado e até o futuro. Os termos bem, benzinho, mô, amorzinho, xuxú, xuxuzinho, dengo, denguinho, neném, nenenzinho, gata, gatinha, mimo, pequena,  são de domínio público porém atribuídos a uma única pessoa por vez. (ressaltando que os diminutivos têm peso 2x).
Fica decretado que pensar é uma forma de amar e que o sorriso idiota que emana deste pensamento não pode ser julgado ou ridicularizado sob qualquer pretexto de  pessoas mal amadas.
Fica decretado que o amor é confuso e que não deve haver qualquer estudo para explicar matematicamente, quimicamente, fisicamente, históricamente seus motivos e suas razões. Não há qualquer catedrático versado em amor.
Fica decretato que amar é como andar de montanha russa com os olhos fechados à toda velocidade. Que amar é mergulhar no meio do oceano, que amar é como flutuar por entre as nuvens bem como fincar raízes que se aprofundam no chão. Todas as vertentes têm os mesmos pesos e as escolhas são individuais.
Fica decretado que não há idade para o amor. Fica decretado que não há distância, fronteira, religião ou preconceito para o amor e que toda a sua expressão é verdadeira.
Fica decretado que o amor causa sorrisos e lágrimas nas mesmas proporções, que causa insônia por vários motivos e fica decretado que o amor, quando atinge, jamais voltará o seu vértice.
Fica decretado que o amor é louco, que o amor é insano e que o amor é injustificável.
Acima de tudo, fica decretado que amor é injusto. É simplesmente amor. Que amor é você!




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