sábado, 1 de dezembro de 2012

surpresas e traições

Desenvolví dois pensamentos esta semana que estão realmente me perseguindo desde então! Não tenho escrito muito no blog por absoluta falta de tempo. Tenho que correr atrás do prejuízo e o trabalho não está deixando sobrar praticamente nada do meu dia.
Conheci várias pessoas interessantes, aprendi muito sobre relacionamentos pessoais e profissionais, testei novos limites, larguei coisas, deixei pessoas irem, agreguei novas e importantes amizades. Enfim, semana absolutamente produtiva... Mas os pensamentos não me saíram da cabeça....
E o primeiro deles se diz exatamente sobre os limites das pessoas que nos rodeiam.
Quantas vezes somos surpreendidos por alguém? E quantas vezes guardamos ressentimento, rancor, raiva e outros sentimentos depreciativos por conta desta surpresa?
Pois bem, penso o seguinte: Nós nos surpreendemos com as pessoas pelo simples fato de que nós as delimitamos. Somos nós quem estabelecemos os limites dos outros. Sempre temos o péssimo hábito de imaginar que as pessoas não teriam coragem de fazer certas coisas, de tomar certas atitudes justamente por que nós mesmos não agiríamos desta forma. 
O erro é nos colocarmos no lugar das pessoas e querermos que elas tenham nosso caráter, nossas atitudes.
Então justamente neste momento somos surpreendidos pelas pessoas. 
NÃO ACREDITO MAIS NISSO! Acredito que somos surpreendidos pela nossa capacidade ou melhor, nossa incapacidade de conhecer as pessoas como elas são e não como gostaríamos que elas fossem.
Fazendo isto, jamais seremos surpreendidos novamente. O mundo ficará mais soturno porém sem surpresas desagradáveis. Tudo o que vier de alguém chegará até nos com menos impacto, com menos dor e sofrimento. É o fim da confiança.
Um outro pensamento que pratiquei esta semana e passei inclusive para frente foi sobre traição.
Qualquer tipo de traição, seja pessoal, seja nos negócios, seja ela qual for.
A pessoa que trai só o faz pela oportunidade. Só o faz por que o terreno está preparado para isso.
Então eu debatí com algumas pessoas que para que haja a traição é necessário que antes haja a confiança. O traidor precisa do traído a total confiança. É fato, é regra. Não se trai o desconfiado.
Então o traidor se apresenta com todas as qualidades, todas as virtudes que desejamos em alguém. O sorriso, a prestatividade, a simpatia, o cumprimento dos prazos, o tempo disponível, a amabilidade. O traidor vai se instalando, criando raízes, aumentando a nossa dependência, prometendo, enfim, colocando-se como totalmente imprescindível. 
E quando então confiamos absolutamente, acontece a traição.
NÃO ACREDITO MAIS NISSO! 
Chegaremos ao ponto que não acreditaremos mais nas pessoas e sim em circunstâncias. Acreditaremos no dia, não mais na vida. 
Se para que haja a traição é necessário que antes haja a confiança, só nos restará não confiar mais em ninguém. 
E então regrediremos, deixaremos de viver em comunidade e retornaremos aos tempos dos trogloditas matando uma caça por dia para sobreviver. E nem estamos tão longe disso!



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