domingo, 2 de dezembro de 2012

VII manifesto do orgulho LGBT de Vitoria - ES

Resumo do final de semana com minhas filhas é bem simples.
Casa arrumada pelo sábado de manhã, fomos com a prima delas andar de patins no calçadão da praia de Camburí - Vitória - ES. Encontramos com a Afilhada, quase irmã e tia, Thais, e passamos um entardecer regado à muita alegria e exercícios físicos.
Marcamos novamente a mesma programação para o domingo e, logo depois do almoço, estávamos esperando a mesma Thais saboreando um sorvete às duas da tarde.
Direto para praia, direto para o patins porém algo estava diferente na orla. A pista que margeia a praia ainda estava interditada mesmo tendo passado duas horas já do horário normal para a liberação da mesma. 
Difícil encontrar local para estacionar, chegando ao início da praia vimos um trio elétrico e várias bandeiras com as cores do arco íris. Logo identificamos que haveria algum tipo de evento LGBT pela orla da praia.
Então conseguimos descobrir que a pista ficaria interditada até as 22 horas por conta do VII Manifesto do orgulho Gay de Vitória - ES. Maravilha pensei eu. Será mais animado com tanta gente e trio elétrico tocando música eletrônica. Pessoas de todos os tipos, com as mais diversas roupas e maquiagens, fantasias, descontração, animação etc e tal. Pensei que minhas filhas fossem adorar a movimentação, afinal de contas, se é uma manifestação ao orgulho de qualquer coisa, deve ser esta coisa muito bem tratada, com todas as pompas e circunstâncias.
Então começamos a andar de patins e pude perceber que o visual da praia estava um tanto quanto diferente do que costumamos observar uma vez que já somos frequentadores assíduos. Havia um sem número de vendedores de cervejas e bebidas destiladas espalhados pela orla e também notei que aquelas crianças com seus pais, andando de bicileta, patinete ou patins estavam em bem menor número. Não era um ambiente família como estávamos acostumados. Comecei a me preocupar.
Bem, não transmití esta preocupação nem para minhas filhas e nem para a Thais e demos prosseguimento ao nosso passeio pela orla e na medida que o tempo avançava, mais e mais pessoas tomavam conta do calçadão em direção ao início da praia, em direção ao aglomerado de pessoas que cercavam o trio elétrico estático.
Exatamente as 5 horas da tarde, enquanto as meninas estavam na areia da praia jogando peteca, iniciou-se efetivamente a movimentação do trio elétrico e a passeata das pessoas orgulhosas por suas preferências sexuais. Me animei, aglutinei minhas filhas e sugerí que fôssemos andando junto, margeando a passeata, aproveitando a música e a descontração das pessoas.
O que se via a partir deste momento era um sem número de pessoas absolutamente bêbadas, uma enormidade de cenas com apelo sexual que pessoas heterossexuais não costumam proporcionar em público, um cheiro de droga (maconha) constante no decorrer da passeata, brigas, intervenção da polícia e uma sujeira sem fim.
Após um único quilômetro acompanhando a manifestação pelo orgulho gay, resolví abortar a caminhada e retroceder com as minhas filhas para não expô-las ao perigo físico.
Mas nem tudo foi decepcionante. A polícia militar do Espírito Santo estava absolutamente presente, a guarda municipal de Vitória organizava com muita eficiência o trânsito e, no caminho inverso ao do fluxo da passeata, os garis da prefeitura deixavam todo o percurso absolutamente limpo como se não houvesse passado ninguém pela orla,. Parabéns ao serviço público que exerceu suas obrigações com eficiência e rapidez.
Já àquelas pessoas que sentem orgulho de serem o que são, independente de sexo, classe social, idade ou cor, sejam mais normais, ajam com mais consciência. Para se impor como pessoa, não é necessário uso abusivo de álcool, uso criminoso de drogas e nem protagonizar cenas de quase sexo explícito em vias públicas. O orgulho seria muito maior se fosse desta forma.
final de semana que vem tem mais!!!

2 comentários:

  1. “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar”, (Nelson Mandela).

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  2. Não houve qualquer intenção de discriminação e repúdio. eu mesmo participei da parada com minhas duas filhas e estava me divertindo muito. apenas ressalto a atitude de algumas pessoas que fazem toda uma ideologia de milhões e milhões de outras, perder seu sentido devido às suas atitudes.

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