À medida que o texto for transcorrendo posso dissertar sobre algumas lamentações porém acredito que uma ou outra lamentação será propositalmente esquecida.
As lamentações de minha infância são absolutamente desnecessárias e mesmo que não fossem, não me ocorrem de fato.
A minha adolescência foi extremamente proveitosa e foi onde tive contato com todas as bases que me fizeram ser quem eu sou hoje, completo ou não. Aconteceram os relacionamentos, as amizades, o contato com a bebida, com o sexo, com o rock'n roll, o convívio com as drogas (sem fazer uso), as mais diversas formas de religiosidade, as euforias e depressões.
Aqui vem o meu primeiro lamento, justamente por não ter sido despertado, ter sido vocacionado para qualquer profissão, para qualquer atividade que proporcionasse um ganho monetário. Não fui despertado nesta fase pela necessidade de proventos, pela responsabilidade de uma carreira profissional. E o tempo passou.
Tudo o que fiz na minha adolescência foi com entrega, foi com profundidade. As mais diversas festas espalhadas pela grande vitória com o som da discoteca, o fliperama com suas luzes fascinantes e os namoros, poucos e intensos.
E o tempo passou.
Emendei a adolescência com a juventude em meio à discoteca e ao relacionamento, casei-me cedo e fechei-me dentro de meu castelo. A partir daí foram mais 16 anos de apenas família.
Fui sempre escada, sempre me colocando em segundo plano por quem estava ligado a mim. Isto é fato.. E o tempo passou.
Portanto, acredito que a grande lamentação de minha vida é realmente a falta de otimização do tempo. A dedicação à prioridades ilusórias e transitórias.
Acredito que o grande lamento de minha vida tenha sido o tempo todo me dedicar mais ao coração do que à cabeça.

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