quarta-feira, 10 de abril de 2013

Casulo

Todos os dias eu me transporto para o lugar onde imagino que você esteja. Todos os dias eu me coloco, mesmo que imaginariamente, na frente de seu casulo. Olho para ele, fechado, frio, inerte. Sei que você está lá dentro, recolhida em seu mundo, com seus pensamentos e suas dores. 
Eu consigo sentir a sua dor. 
Aí dentro eu penso que seja escuro, úmido e frio. Percebo suas asas crescendo, sinto as conexões, os nervos, as cartilagens e a pele se formando. Sei que está doendo e sei que você tem seus medos. É normal.
Mas da mesma forma como vejo a dor, observo como serão belas as asas depois de abertas, como será lindo o vôo.
Mas o casulo tem um tempo e chega uma hora em que ele não comporta mais o tamanho de nossos desejos e ambições, chega uma hora que não comporta o tamanho de nossas asas.
Asas são lindas abertas, em movimento!!! Asas fechadas atrofiam...
Vai... quebre o casulo, abra suas asas e voe.
Da mesma forma como eu me coloco na frente do seu casulo todos os dias, estarei também observando o bater das suas asas...

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