quinta-feira, 4 de abril de 2013

Pensando em Mário Quintana

É certo que não viveremos para sempre e esta certeza todos nós sabemos, todos nós entendemos. Caminhar para o fim da vida é a única ação que não sofre desvios ou atrasos em nossa existência.
Algumas pessoas pensam sobre isso mas a grande maioria prefere apenas esperar o dia chegar. O dia da morte.
Mas a definição de morte, a mais seca, mais objetiva definição de morte é simplesmente o fim da vida. Apenas isso. A morte é o fim da vida.
Céticos dirão apenas isso, crentes dirão que é o fim DESTA vida, outros dirão que é o início de outra vida mas o fato que a morte é o fim de cada pessoa. A morte é o fim da carne.
E é assim que vamos encarando a morte. O fim definitivo.
Mas o que não reparamos é o que morre em nós enquanto estamos vivos. Os lugares que vamos pela última vez sem saber, as roupas que vestimos, as canções que ouvimos, as pessoas que vemos. Cada ação que fazemos pode ser a última, pode não haver a próxima. Cada prazer e cada dissabor, cada satisfação, cada decepção, pode ser a última. Não há como prever.
Agimos de certa forma que não reparamos que nossas interações pessoais são finitas. Somos homens e agimos como Deus.
Antecipamos coisas e deixamos coisas para depois como se fôssemos donos do tempo. É o  tempo que nos pertence. Somos propriedade do tempo e não donos dele.
Sendo assim, toda ação praticada por nós é, a princípio, irremediável.
Esquecemos que a variável tempo é dupla, não é soberana pois temos o nosso tempo, da mesma forma que as pessoas têm os tempos delas. Não é raro encontrarmos pessoas com tempo de sobra, lamentando quem se foi. Não é raro encontrarmos pessoas acometidas por remorsos pelo tempo que já não existe mais, pelos erros irrecuperáveis.
Também não é raro encontrarmos pessoas saudosistas, melancólicas, lamentosas e sonhadoras imaginando como faria tudo diferente se pudesse voltar no tempo. O tempo apaga os caminhos da volta, o tempo esfumaça a estrada, labirinta as esquinas e confunde os pensamentos, atrapalha o discernimento. O tempo não volta.
E vamos levando a nossa vida sem perceber que existem lugares que não voltaremos a visitar, existem situações que não viveremos novamente, existem oportunidades que já se esgotaram, existem pessoas com as quais não falaremos de novo e coisas que não conseguiremos consertar.
Realmente precisaríamos de duas ou mais vidas para aprendermos a lidar com o nosso tempo e outras tantas para nos acostumarmos com o tempo das pessoas e das coisas que nos cercam. Em média, os 79 anos de vida que temos não ´são suficientes para aprender a aceitar o tempo. Aliás, precisamos aprender que a única coisa que podemos fazer com o tempo é aceita-lo.
Escrevendo este texto gastei algum tempo de minha vida assim como gastei mais e menos tempo com outras coisas mais ou menos importantes pois a escolha foi só minha. Não adianta lamentar.
Quem ler vai gastar algum tempo também, quem lembrar depois, mais tempo. É assim que podemos mensurar o tempo. Por isso nos foi dado o poder da memória, da lembrança. Justamente para sabermos o que fizemos de nossas vidas.... comemorar ou lamentar são apenas consequências disso.

Mário Quintana disse muito bem!!!

Um Dia


Um dia descobrimos que beijar uma
pessoa para esquecer outra
é bobagem.

Você só não esquece a outra
pessoa como pensa muito
mais nela....

Um dia percebemos que as
melhores provas de amor são
as mais simples...

Um dia percebemos que o
comum não nos atrai...

Um dia saberemos que ser
classificado como o "bonzinho"
não é bom...


Um dia perceberemos que a pessoa
que nunca te liga é a que mais
pensa em você...

Um dia saberemos a importância
da frase:
"Tu te tornas eternamente
responsável por aquilo que cativas..."

Um dia percebemos que somos
muito importantes para alguém,
mas não damos valor a isso...


Enfim... um dia descobrimos
que apesar de viver quase um século
esse tempo todo não é suficiente
para realizarmos todos os
nossos sonhos,

para beijarmos todas as bocas
que nos atraem, para dizer tudo
o que tem que ser dito
naquele momento.

Não existe hora certa para dizer o
que sentimos se quem estiver
te ouvindo não te compreender,
não te merecer...

O jeito é: ou nos conformamos com
a falta de algumas coisas na nossa
vida ou lutamos para realizar
todas as nossas loucuras...

Quem não compreende um olhar
tampouco compreenderá uma
longa explicação.













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