Onde está a moça das reticências e o que estará fazendo da sua vida?
O que a moça das reticências espera e de quem ela espera as palavras para completar suas frases, suas vontades, seus sonhos?
O que está fazendo a moça dos pontinhos neste momento? Em qual lugar ela está e onde seus pensamentos a levam?
As reticências são fantásticas pois expressam algo inacabado, expressam o mistério, o que está por vir. Elas são a essência do desejo, a vontade de continuar, os segredos que se revelarão.
As reticências são o contrário do ponto final, são a porta para a exclamação, a amiga íntima do ponto de interrogação. As reticências são o cronômetro da nossa língua pois marcam o tempo que a próxima palavra virá.
E ela virá?
De quem virá?
As reticências moldam os rostos, criam sorrisos e algumas vezes pesam os lábios com sua face de lamento, de choro. Elas acalmam e aceleram os corações.
As reticências às vezes confundem, outras explicam.
Onde estará a moça das reticências?
Moça das reticências, quantas vezes quis lhe dar exclamações!!!
Não espere tanto tempo por um ponto final de onde só vem interrogações...
domingo, 30 de março de 2014
quarta-feira, 26 de março de 2014
Não é pelo corpo
Ah... Deixa de ser boba e encare as coisas por um outro prisma, procure um outro ângulo menos previsível para enxergar ao seu redor. Não deveria ser assim tão comum, não deveria ser assim tão óbvio, tão corriqueiro. Olhe-se de fora para dentro e não como faz todos os dias, de dentro para fora. Não está no espelho a sua melhor face, a sua melhor pose.
Sabe, as pessoas são diferentes. Não são todas iguais. Não são todas que querem a mesma coisa sempre!!!
Se fosse assim, seria tudo tão entediante, seria tudo tão descolorido. O que seria das demais cores se fosse sempre ou o branco ou o preto? O que seriam das outras notas musicais se fossem só o dó e o sí? Quais são as certezas que mantemos dentro de nós até o fim?
Encarar a sí mesma como uma casca não é a melhor opção. Esquecer ou não reconhecer todo o seu conteúdo é depreciar o que tem de mais belo, é a prova da falta de confiança e conhecimento próprio. Encarar a sí mesma como outra qualquer definitivamente não é o que me atrai em você.
Dois de seus principais atributos são a sua história, de luta e de força, de responsabilidades prematuras, de vitórias e derrotas sem fim e as suas meias verdades.
Nesta história tudo aconteceu muito rápido, tudo passou em uma velocidade absurda e as decisões foram obrigatoriamente tomadas sem a chance de testar. Coragem e vontade de mudar, certeza de que a vida segue e que é preciso se libertar, crescer, amadurecer, viver. Gerar vida e tomar para sí aquelas responsabilidades que eram de outras pessoas.
Ah... não era para ser tudo neste tempo, não era para ser tudo de uma vez, com esta pressa toda.
Desacelerar, diminuir a velocidade e contemplar mais o que tem ao seu redor também faz parte da vida e traz para sí muitas outras verdades e até o resto das verdades incompletas.
Duas coisas só o tempo é capaz de trazer para nossa vida. Uma delas todos conhecem: A morte. A outra, todos acham que já tem. A verdade.
Amo esta forma como defende suas verdades, mesmo conhecendo apenas o que querem que conheça. Esta sua certeza, esta sua fidelidade nas suas verdades, esta forma como aposta todas as fichas em tudo o que acredita me fascina e incomoda. Incomoda pois não existe um lugar chamado verdade.
Moldamos a verdade de acordo com nossas conveniências e principalmente de acordo com nossos medos. A mesma verdade que nos dá força, nos prende e reprime.
A matemática é exata e perfeita. Depois do número oito vem o nove e depois o dez. Não se vai ao oitenta sem passar um por um todos os números.
E o que mais temos dentro de nós de belo a não ser nossas histórias e nossas verdades? Amar uma pessoa por conta de sua história, querer fazer parte dela, amar uma pessoa pelas suas verdades mesmo discordando delas, mesmo tendo outras verdades é um exercício que exclui qualquer corpo, qualquer casca que a pessoa esteja vestindo. Exclui o olhar, exclui o sorriso, exclui o modo displiscente de andar, exclui as formas, o cheiro, o toque da pele, o balançar dos cabelos.
O desejo de prover, de cuidar, orientar, participar, acompanhar, observar, contemplar e perpetuar vai muito além de uma simples casca, vai muito além de um simples corpo. Não era para acontecer.
Alimentar-se da simples presença, da simples existência é muito mais digno do que alimentar-se da posse.
Não, definitivamente, não é pelo corpo!
Sabe, as pessoas são diferentes. Não são todas iguais. Não são todas que querem a mesma coisa sempre!!!
Se fosse assim, seria tudo tão entediante, seria tudo tão descolorido. O que seria das demais cores se fosse sempre ou o branco ou o preto? O que seriam das outras notas musicais se fossem só o dó e o sí? Quais são as certezas que mantemos dentro de nós até o fim?
Encarar a sí mesma como uma casca não é a melhor opção. Esquecer ou não reconhecer todo o seu conteúdo é depreciar o que tem de mais belo, é a prova da falta de confiança e conhecimento próprio. Encarar a sí mesma como outra qualquer definitivamente não é o que me atrai em você.
Dois de seus principais atributos são a sua história, de luta e de força, de responsabilidades prematuras, de vitórias e derrotas sem fim e as suas meias verdades.
Nesta história tudo aconteceu muito rápido, tudo passou em uma velocidade absurda e as decisões foram obrigatoriamente tomadas sem a chance de testar. Coragem e vontade de mudar, certeza de que a vida segue e que é preciso se libertar, crescer, amadurecer, viver. Gerar vida e tomar para sí aquelas responsabilidades que eram de outras pessoas.
Ah... não era para ser tudo neste tempo, não era para ser tudo de uma vez, com esta pressa toda.
Desacelerar, diminuir a velocidade e contemplar mais o que tem ao seu redor também faz parte da vida e traz para sí muitas outras verdades e até o resto das verdades incompletas.
Duas coisas só o tempo é capaz de trazer para nossa vida. Uma delas todos conhecem: A morte. A outra, todos acham que já tem. A verdade.
Amo esta forma como defende suas verdades, mesmo conhecendo apenas o que querem que conheça. Esta sua certeza, esta sua fidelidade nas suas verdades, esta forma como aposta todas as fichas em tudo o que acredita me fascina e incomoda. Incomoda pois não existe um lugar chamado verdade.
Moldamos a verdade de acordo com nossas conveniências e principalmente de acordo com nossos medos. A mesma verdade que nos dá força, nos prende e reprime.
A matemática é exata e perfeita. Depois do número oito vem o nove e depois o dez. Não se vai ao oitenta sem passar um por um todos os números.
E o que mais temos dentro de nós de belo a não ser nossas histórias e nossas verdades? Amar uma pessoa por conta de sua história, querer fazer parte dela, amar uma pessoa pelas suas verdades mesmo discordando delas, mesmo tendo outras verdades é um exercício que exclui qualquer corpo, qualquer casca que a pessoa esteja vestindo. Exclui o olhar, exclui o sorriso, exclui o modo displiscente de andar, exclui as formas, o cheiro, o toque da pele, o balançar dos cabelos.
O desejo de prover, de cuidar, orientar, participar, acompanhar, observar, contemplar e perpetuar vai muito além de uma simples casca, vai muito além de um simples corpo. Não era para acontecer.
Alimentar-se da simples presença, da simples existência é muito mais digno do que alimentar-se da posse.
Não, definitivamente, não é pelo corpo!
sábado, 22 de março de 2014
sem título
Não gosto destas despedidas... Não gosto dos momentos em que cada um vai para o seu lado e segue sua vida.
Por mim eu ficaria mais um tempo, ia demorando um pouco mais a cada dia até que preencheria todas as suas vinte e quatro horas.
Se eu já gosto de sua proximidade, ainda mais da sua presença pois ela alegra a alma, o coração e os olhos.
Sua presença altera o tempo, confunde pensamentos, aguça curiosidade e faz minha cabeça trabalhar os três estágios do tempo em conjunto. Passado, presente e futuro. Não sei como mas estes estágios se fundem e se confundem. Misturam-se em minha cabeça, afligem minha alma enquanto meus olhos se encantam.
Não sei quais sinais eu emito quando estou sob a influência de sua presença. Já me peguei diversas vezes com um sorriso insistentemente idiota na cara... Já me peguei de boca aberta inconscientemente... Já me peguei até desviando o olhar, desesperadamente...
Não sei como as palavras chegam até seus ouvidos e são guardadas em sua alma. Não sei como você assimila e interpreta o que eu digo. A agonia desta incerteza me incomoda pois eu tenho a exata noção do tamanho das coisas que falo, das proporções que estas coisas podem tomar, das verdades escancaradas em todos os momentos. Existem várias verdades e algumas são conflitantes. Algumas verdades não coexistem, não habitam o mesmo espaço. Como provar que o B está certo se o A também está? Será que vale a verdade que chegou primeiro, a verdade mais fácil? Ou a maior verdade?
Não existe a maior verdade. a verdade é servida em tamanho único.
Não existe verdade maior ou menor mas existem escolhas. Escolhas definitivas.
Por mim eu ficaria mais um tempo, ia demorando um pouco mais a cada dia até que preencheria todas as suas vinte e quatro horas.
Se eu já gosto de sua proximidade, ainda mais da sua presença pois ela alegra a alma, o coração e os olhos.
Sua presença altera o tempo, confunde pensamentos, aguça curiosidade e faz minha cabeça trabalhar os três estágios do tempo em conjunto. Passado, presente e futuro. Não sei como mas estes estágios se fundem e se confundem. Misturam-se em minha cabeça, afligem minha alma enquanto meus olhos se encantam.
Não sei quais sinais eu emito quando estou sob a influência de sua presença. Já me peguei diversas vezes com um sorriso insistentemente idiota na cara... Já me peguei de boca aberta inconscientemente... Já me peguei até desviando o olhar, desesperadamente...
Não sei como as palavras chegam até seus ouvidos e são guardadas em sua alma. Não sei como você assimila e interpreta o que eu digo. A agonia desta incerteza me incomoda pois eu tenho a exata noção do tamanho das coisas que falo, das proporções que estas coisas podem tomar, das verdades escancaradas em todos os momentos. Existem várias verdades e algumas são conflitantes. Algumas verdades não coexistem, não habitam o mesmo espaço. Como provar que o B está certo se o A também está? Será que vale a verdade que chegou primeiro, a verdade mais fácil? Ou a maior verdade?
Não existe a maior verdade. a verdade é servida em tamanho único.
Não existe verdade maior ou menor mas existem escolhas. Escolhas definitivas.
quarta-feira, 19 de março de 2014
que
que o estar supere o querer
que o ser supere o ter
que o ontem justifique o amanhã
que o passado esteja presente
que a realidade supere o medo
que o amor supere o segredo
que o sim seja companheiro do não
que o não seja companheiro do sim
que o talvez não exista
que o talvez leve consigo o nunca
que o nunca conjugue doer
que o sempre conjugue o amar
que a certeza esteja sempre certa
que os nossos espaços não conflitem
que nossas palavras rimem
que nosso sonho não tenha um fim.
que nosso sonho tenha um enfim!
que o ser supere o ter
que o ontem justifique o amanhã
que o passado esteja presente
que a realidade supere o medo
que o amor supere o segredo
que o sim seja companheiro do não
que o não seja companheiro do sim
que o talvez não exista
que o talvez leve consigo o nunca
que o nunca conjugue doer
que o sempre conjugue o amar
que a certeza esteja sempre certa
que os nossos espaços não conflitem
que nossas palavras rimem
que nosso sonho não tenha um fim.
que nosso sonho tenha um enfim!
Felicidade circunstancial
Você é feliz?
Quase a totalidade das pessoas respondem afirmativamente quando esta pergunta é feita diretamente.
Claro, existe um espaço entre a pergunta e a resposta que pode durar poucos segundos até mesmo alguns minutos.
E o que acontece neste espaço de tempo que o arguído demora a responder?
Atrevo-me a dizer que durante este tempo, a pessoa para qual a pergunta foi feita estabelece uma balança em suas memórias e vai colocando em cada lado suas perdas e suas realizações, esperando que no fim a matemática encarregue-se de pender a balança mais para o lado das realizações.
O estado de espírito da pessoa naquele momento também conta para a composição da resposta mas basicamente a maneira como as pessoas analizam a vida a fim de dizerem se são felizes ou não é muito parecida.
Como as pessoas são todas favoráveis às suas próprias felicidades, cada realização é supervalorizada e cada perda é tratada com um conformismo sem fim. Atribuímos culta às circunstâncias, àquela frase comum "não era para ser meu", aquela outra frase mais comum ainda "Deus sabe o que faz", "coisas melhores vêm para mim" e até mesmo descontamos importância ao que queríamos e não conseguimos.
Enfim, realizamos um certo esforço, ajeitamos as arestas aqui e alí para no fim, com um sorriso amarelo no canto da boca, admitirmos que sim, somos felizes sim. Pouquíssimas pessoas assumem a infelicidade.
Mas e esta felicidade que admitimos? esta felicidade que propagamos? Como podemos caracterizá-la? Será que podemos simplesmente chamar de felicidade a diferença positiva entre o que deu certo do que deu errado? Seria a nossa felicidade uma felicidade circunstancial? Será que somos felizes apenas por imaginarmos que poderíamos estar pior?
Vivemos competindo por felicidade? Temos mesmo a necessidade de parecermos mais felizes perante as pessoas que conosco convivem? Será que as circunstâncias valem mais para medir a felicidade do que as realizações? Será que sabemos realmente o que são as realizações e o que são as ilusões do dia a dia?
Vejo várias pessoas presas em um presente circunstancialmente feliz justamente pelo fato de em um passado tudo ter se perdido, tudo era dor, tudo era sofrimento. vejo pessoas que não escalam a felicidade e nem sequer esboçam uma reação perante a estagnação do caminhar.
Pessoas param em fases da vida, deixam de caminhar para observar a estrada se movendo junto com o tempo, cada vez mais veloz, cada vez mais implacável.
E a lua não é mais observada, e os bons dias são ditos com cada vez menos frequência, cada vez com a voz mais automática, cada vez com menos sorriso nos lábios. E as flores, as árvores, os animais, as crianças, as paisagens são coisas que ficam só na lembrança, cada vez mais no fundo do baú.
Pessoas se fecham dentro de casa, dentro de bares, igrejas, escritórios, dentro de sí mesmas e com medo de o passado voltar, colam uma etiqueta na testa: Minha vida é perfeita e feliz!
A felicidade circunstancial!
Quase a totalidade das pessoas respondem afirmativamente quando esta pergunta é feita diretamente.
Claro, existe um espaço entre a pergunta e a resposta que pode durar poucos segundos até mesmo alguns minutos.
E o que acontece neste espaço de tempo que o arguído demora a responder?
Atrevo-me a dizer que durante este tempo, a pessoa para qual a pergunta foi feita estabelece uma balança em suas memórias e vai colocando em cada lado suas perdas e suas realizações, esperando que no fim a matemática encarregue-se de pender a balança mais para o lado das realizações.
O estado de espírito da pessoa naquele momento também conta para a composição da resposta mas basicamente a maneira como as pessoas analizam a vida a fim de dizerem se são felizes ou não é muito parecida.
Como as pessoas são todas favoráveis às suas próprias felicidades, cada realização é supervalorizada e cada perda é tratada com um conformismo sem fim. Atribuímos culta às circunstâncias, àquela frase comum "não era para ser meu", aquela outra frase mais comum ainda "Deus sabe o que faz", "coisas melhores vêm para mim" e até mesmo descontamos importância ao que queríamos e não conseguimos.
Enfim, realizamos um certo esforço, ajeitamos as arestas aqui e alí para no fim, com um sorriso amarelo no canto da boca, admitirmos que sim, somos felizes sim. Pouquíssimas pessoas assumem a infelicidade.
Mas e esta felicidade que admitimos? esta felicidade que propagamos? Como podemos caracterizá-la? Será que podemos simplesmente chamar de felicidade a diferença positiva entre o que deu certo do que deu errado? Seria a nossa felicidade uma felicidade circunstancial? Será que somos felizes apenas por imaginarmos que poderíamos estar pior?
Vivemos competindo por felicidade? Temos mesmo a necessidade de parecermos mais felizes perante as pessoas que conosco convivem? Será que as circunstâncias valem mais para medir a felicidade do que as realizações? Será que sabemos realmente o que são as realizações e o que são as ilusões do dia a dia?
Vejo várias pessoas presas em um presente circunstancialmente feliz justamente pelo fato de em um passado tudo ter se perdido, tudo era dor, tudo era sofrimento. vejo pessoas que não escalam a felicidade e nem sequer esboçam uma reação perante a estagnação do caminhar.
Pessoas param em fases da vida, deixam de caminhar para observar a estrada se movendo junto com o tempo, cada vez mais veloz, cada vez mais implacável.
E a lua não é mais observada, e os bons dias são ditos com cada vez menos frequência, cada vez com a voz mais automática, cada vez com menos sorriso nos lábios. E as flores, as árvores, os animais, as crianças, as paisagens são coisas que ficam só na lembrança, cada vez mais no fundo do baú.
Pessoas se fecham dentro de casa, dentro de bares, igrejas, escritórios, dentro de sí mesmas e com medo de o passado voltar, colam uma etiqueta na testa: Minha vida é perfeita e feliz!
A felicidade circunstancial!
segunda-feira, 17 de março de 2014
Ao pó voltarei
Esta casca que todos veem e com a qual eu transporto meus sentimentos, minhas considerações, minhas vontades, minhas idéias e meus sonhos um dia vai se acabar e voltarei ao pó de onde me originei.
Mas meus sentimentos, minhas considerações, vontades, idéias e sonhos não me acompanharão a este vértice. Minhas palavras lançadas ecoarão pela eternidade. Minhas palavras escritas permanecerão ao longo dos anos. Minhas atitudes terão modelado um sem número de pessoas pois é assim com todos. E assim será comigo.
Quem olha para minha casca sem ver minha alma, sem ler meus pensamentos, encontrará sempre um ambiente receptivo, amigável, confortável e bem disposto. Quem olhar para minha casca tem uma probabilidade de encontrar um sorriso em 95% das vezes. Quem precisa de mim aumenta suas chances para 100% de ter minha disposição. Basta merecer. Nem sou tão criterioso para escolher pessoas, nem sou tão fechado que não permita a aproximação. Sou envergonhado e faço de minha desenvoltura uma arma para lutar contra a vergonha de interagir com as pessoas.
Sou forjado sob o efeito da necessidade, da obrigatoriedade de interagir com os semelhantes. Falo bem, escrevo bem, concateno bem minhas idéias e tenho certa facilidade de me fazer entender e ser aceito no meio em que estou inserido.
Aprendí que pessoas não contém manuais de instruções. ninguém vem com legenda ou tecla sap.... precisamos meter a cara e decifrar as pessoas que estão nos rodeando. Não existe um momento ideal para isto ou aquilo. os momentos não dependem de nós.
Aliás, diante dos eventos da vida, nada depende de nós. Algumas pessoas entram em nossas vidas e saem delas sem qualquer efeito enquanto outras duram um segundo que vale por uma eternindade e outras pessoas que realmente se eternizam.
Os momentos são únicos e a forma como os tratamos acarretam um sem número de enredos diferentes. Um labirinto se forma após cada decisão que tomamos.
Quem olha para a minha casca não mede a minha solidão, não sabe o quanto cabe de vazio dentro de mim. Quem mede a minha solidão percebe que dela fiz amizade e a carrego como companheira pelas estradas por onde vou. Quem mede minha solidão sabe que agora a volta para casa é mais subjetiva do que prática. Volto sempre para mim, para meu conhecimento, para o meu amar.
Não pratico mais o meu amor. Pratico agora o meu amar!
Quem pratica o amor é mais egoísta, individualista, submisso e inseguro.
Quem pratica o amar é mais feliz, realizado, coletivo, seguro e centrado. Eu me amo e faço deste amor uma ponte para ser o que cada um quer que seu seja.
Quem olha para minha casca só vê o meu amor.
Quero que a partir de agora não olhem para minha casca. Olhem para minha alma, com os meus olhos. Quero que olhem para dentro de mim e vejam o meu amar.
Mas meus sentimentos, minhas considerações, vontades, idéias e sonhos não me acompanharão a este vértice. Minhas palavras lançadas ecoarão pela eternidade. Minhas palavras escritas permanecerão ao longo dos anos. Minhas atitudes terão modelado um sem número de pessoas pois é assim com todos. E assim será comigo.
Quem olha para minha casca sem ver minha alma, sem ler meus pensamentos, encontrará sempre um ambiente receptivo, amigável, confortável e bem disposto. Quem olhar para minha casca tem uma probabilidade de encontrar um sorriso em 95% das vezes. Quem precisa de mim aumenta suas chances para 100% de ter minha disposição. Basta merecer. Nem sou tão criterioso para escolher pessoas, nem sou tão fechado que não permita a aproximação. Sou envergonhado e faço de minha desenvoltura uma arma para lutar contra a vergonha de interagir com as pessoas.
Sou forjado sob o efeito da necessidade, da obrigatoriedade de interagir com os semelhantes. Falo bem, escrevo bem, concateno bem minhas idéias e tenho certa facilidade de me fazer entender e ser aceito no meio em que estou inserido.
Aprendí que pessoas não contém manuais de instruções. ninguém vem com legenda ou tecla sap.... precisamos meter a cara e decifrar as pessoas que estão nos rodeando. Não existe um momento ideal para isto ou aquilo. os momentos não dependem de nós.
Aliás, diante dos eventos da vida, nada depende de nós. Algumas pessoas entram em nossas vidas e saem delas sem qualquer efeito enquanto outras duram um segundo que vale por uma eternindade e outras pessoas que realmente se eternizam.
Os momentos são únicos e a forma como os tratamos acarretam um sem número de enredos diferentes. Um labirinto se forma após cada decisão que tomamos.
Quem olha para a minha casca não mede a minha solidão, não sabe o quanto cabe de vazio dentro de mim. Quem mede a minha solidão percebe que dela fiz amizade e a carrego como companheira pelas estradas por onde vou. Quem mede minha solidão sabe que agora a volta para casa é mais subjetiva do que prática. Volto sempre para mim, para meu conhecimento, para o meu amar.
Não pratico mais o meu amor. Pratico agora o meu amar!
Quem pratica o amor é mais egoísta, individualista, submisso e inseguro.
Quem pratica o amar é mais feliz, realizado, coletivo, seguro e centrado. Eu me amo e faço deste amor uma ponte para ser o que cada um quer que seu seja.
Quem olha para minha casca só vê o meu amor.
Quero que a partir de agora não olhem para minha casca. Olhem para minha alma, com os meus olhos. Quero que olhem para dentro de mim e vejam o meu amar.
sábado, 15 de março de 2014
A borboleta que não saiu do casulo - ou - Eterna crisálida
O que nos separa das coisas que queremos?
Quão distante estamos de nossos objetivos ou de nossos desejos?
O que nos impede de realizarmos nossas vontades?
Analisando a situação, podemos identificar várias escalas de medidas que justificam a distância entre nós e o nosso desejo. A escala mais comum é a distância física que pode ser resolvida em uma caminhada, uma viagem, uma pedalada, um vôo. Basta disposição! Não podemos deixar que metros ou quilômetros nos separem de nossos desejos.
Outra escala é a monetária. As vezes reais, dólares ou euros nos separam de nossos sonhos. Impossibilitam a realização de desejos, a aquisição de coisas que gostaríamos de ter e somos obrigados a deixar de lado por conta do poder aquisitivo.
Isto se resolve com trabalho e determinação. (sempre é bom ressaltar que não faz bem sonhar sonhos impossíveis). Não podemos deixar que cifras nos separem de nossos desejos.
As variáveis distância física e recursos financeiros são as mais simples. São as mais fáceis.
As variáveis subjetivas é que são as mais complicadas. Moral, costume, preconceito, medo, compromissos, opiniões alheias dentre outras não dependem apenas de nós. Dependem do meio em que estamos inseridos, dependem de fatores passados, dependem de terceiros, de família, de relacionamentos, enfim!!! Cansa!
Agora, uma destas escalas se sobressai em relação a atingirmos um objetivo. O tempo. Esta é uma variável que se mede em contagem regressiva. É a variável que, mesmo sem fazermos nada ou, mesmo nos esforçando ao máximo para derrubar as demais, sempre nos distancia do que queremos. O tempo não é infinito. Não o nosso tempo, não as nossas oportunidades.
O tempo é sempre medido em dobro quando relacionado a algo que queremos. Um segundo se passa e outro se perde quando não fazemos algo. Quando acordamos, já se foi, já passou, já está tão distante que o espaço é impercorrível, o dinheiro insuficiente e as variáveis subjetivas nem importam mais pois não há mais vida. Não há mais energia. O sonho se foi.
É como aquela borboleta que decidiu deixar de ser lagarta. Tão determinada, entrou em fase de crisálida*, ficou dentro de seu casulo esperando o momento certo para voar. De tão certa que seria bela, de tão convicta que alcançaria distantes jardins, esperou, esperou, esperou. Sempre o momento mais ideal, sempre a hora certa. E esperou, esperou, esperou! teve medo, no casulo ficou... Esperou, esperou e esperou. E jamais, mesmo bela, voou!
Não sejamos eternas crisálidas. Há um tempo de metamorfose, há um tempo para nos transformarmos mas também há o tempo de sair e buscar novos voos. Se estamos completos, se estamos preparados, apenas quebrando o casulo saberemos!
Muitas vezes nosso futuro está no passado.
* Envolta no casulo, e em ''estágio de repouso''.
Quão distante estamos de nossos objetivos ou de nossos desejos?
O que nos impede de realizarmos nossas vontades?
Analisando a situação, podemos identificar várias escalas de medidas que justificam a distância entre nós e o nosso desejo. A escala mais comum é a distância física que pode ser resolvida em uma caminhada, uma viagem, uma pedalada, um vôo. Basta disposição! Não podemos deixar que metros ou quilômetros nos separem de nossos desejos.
Outra escala é a monetária. As vezes reais, dólares ou euros nos separam de nossos sonhos. Impossibilitam a realização de desejos, a aquisição de coisas que gostaríamos de ter e somos obrigados a deixar de lado por conta do poder aquisitivo.
Isto se resolve com trabalho e determinação. (sempre é bom ressaltar que não faz bem sonhar sonhos impossíveis). Não podemos deixar que cifras nos separem de nossos desejos.
As variáveis distância física e recursos financeiros são as mais simples. São as mais fáceis.
As variáveis subjetivas é que são as mais complicadas. Moral, costume, preconceito, medo, compromissos, opiniões alheias dentre outras não dependem apenas de nós. Dependem do meio em que estamos inseridos, dependem de fatores passados, dependem de terceiros, de família, de relacionamentos, enfim!!! Cansa!
Agora, uma destas escalas se sobressai em relação a atingirmos um objetivo. O tempo. Esta é uma variável que se mede em contagem regressiva. É a variável que, mesmo sem fazermos nada ou, mesmo nos esforçando ao máximo para derrubar as demais, sempre nos distancia do que queremos. O tempo não é infinito. Não o nosso tempo, não as nossas oportunidades.
O tempo é sempre medido em dobro quando relacionado a algo que queremos. Um segundo se passa e outro se perde quando não fazemos algo. Quando acordamos, já se foi, já passou, já está tão distante que o espaço é impercorrível, o dinheiro insuficiente e as variáveis subjetivas nem importam mais pois não há mais vida. Não há mais energia. O sonho se foi.
É como aquela borboleta que decidiu deixar de ser lagarta. Tão determinada, entrou em fase de crisálida*, ficou dentro de seu casulo esperando o momento certo para voar. De tão certa que seria bela, de tão convicta que alcançaria distantes jardins, esperou, esperou, esperou. Sempre o momento mais ideal, sempre a hora certa. E esperou, esperou, esperou! teve medo, no casulo ficou... Esperou, esperou e esperou. E jamais, mesmo bela, voou!
Não sejamos eternas crisálidas. Há um tempo de metamorfose, há um tempo para nos transformarmos mas também há o tempo de sair e buscar novos voos. Se estamos completos, se estamos preparados, apenas quebrando o casulo saberemos!
Muitas vezes nosso futuro está no passado.
* Envolta no casulo, e em ''estágio de repouso''.
quinta-feira, 13 de março de 2014
Olhos fechados
São os olhos fechados que me trazem as suas melhores imagens pois já está gravado em minha retina o seu semblante com todas as suas variações. Parece que já conheço cada expressão que se multiplica efusivamente em seu rosto, alegria, raiva, tristeza, dor, vergonha, curiosidade, prazer, medo e pecado.
E nesta escuridão gostosa proporcionada pelos meus olhos fechados, neste mundo que eu crio e que é meu reino, onde eu escolho a cada instante o seu melhor semblante, vou pavimentando caminhos, construindo castelos, saboreando todos os sonhos que me permito sonhar e dentro de cada um deles um espaço especial para você. Já não consigo sonhar se não for desta forma. É inevitável.
E a escuridão tráz muito além de seu semblante. O seu caminhar lento, despercebido e despretencioso, o balanço de seus cabelos soltos, esvoaçantes e irriquietos acompanhando seus passos, descompassando os meus.
A sua boca emite palavras que eu não entendo por que não ouço. Ou se ouço, não gravo por que me perco em meio aos seus lábios quando se movem. Amo o formato e o movimento de sua boca confusa, muitas vezes vermelha, tantas outras rosa. Ouço suas palavras com os olhos e isto já me basta, me encanta.
Procuro não pintar nenhuma figura além das que eu conheço para não me perder em outras imagens não capturadas. Atenho-me à realidade para que o desejo não ultrapasse a razão pondo em risco os meus planos.
E é alí, no mundo que existe atrás de minhas pálpebras que eu caminho de mãos dadas com você. Onde eu me sento na grama de um parque no fim da tarde esperando anoitecer acariciando seus cabelos por horas sem fim.
Hebert Viana - Paralamas do sucesso
Olhos fechados
Pra te encontrar
Não estou ao seu lado
Mas posso sonhar
Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá
Não sei bem certo
Se é só ilusão
Se é você já perto
Se é intuição
Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá
Longe daqui
Longe de tudo
Meus sonhos vão te buscar
Volta pra mim
Vem pro meu mundo
Eu sempre vou te esperar
Não sei bem certo
Se é só ilusão
Se é você já perto
Se é intuição
Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá
E nesta escuridão gostosa proporcionada pelos meus olhos fechados, neste mundo que eu crio e que é meu reino, onde eu escolho a cada instante o seu melhor semblante, vou pavimentando caminhos, construindo castelos, saboreando todos os sonhos que me permito sonhar e dentro de cada um deles um espaço especial para você. Já não consigo sonhar se não for desta forma. É inevitável.
E a escuridão tráz muito além de seu semblante. O seu caminhar lento, despercebido e despretencioso, o balanço de seus cabelos soltos, esvoaçantes e irriquietos acompanhando seus passos, descompassando os meus.
A sua boca emite palavras que eu não entendo por que não ouço. Ou se ouço, não gravo por que me perco em meio aos seus lábios quando se movem. Amo o formato e o movimento de sua boca confusa, muitas vezes vermelha, tantas outras rosa. Ouço suas palavras com os olhos e isto já me basta, me encanta.
Procuro não pintar nenhuma figura além das que eu conheço para não me perder em outras imagens não capturadas. Atenho-me à realidade para que o desejo não ultrapasse a razão pondo em risco os meus planos.
E é alí, no mundo que existe atrás de minhas pálpebras que eu caminho de mãos dadas com você. Onde eu me sento na grama de um parque no fim da tarde esperando anoitecer acariciando seus cabelos por horas sem fim.
Hebert Viana - Paralamas do sucesso
Olhos fechados
Pra te encontrar
Não estou ao seu lado
Mas posso sonhar
Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá
Não sei bem certo
Se é só ilusão
Se é você já perto
Se é intuição
Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá
Longe daqui
Longe de tudo
Meus sonhos vão te buscar
Volta pra mim
Vem pro meu mundo
Eu sempre vou te esperar
Não sei bem certo
Se é só ilusão
Se é você já perto
Se é intuição
Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá
terça-feira, 11 de março de 2014
Ela
Ele não imaginava que isso fosse acontecer novamente. Aliás, ele nem se lembrava de como isso era no passado pois já fazia um bom tempo desde a última vez. Apenas uma leve sensação de que algo estava mudando definitivamente. Um calafrio percorreu seu corpo como sinal de pressentimento.
O primeiro sinal desta mudança era a desconexão do tempo.
As horas perderam a igualdade entre sí; Algumas pareceiam durar mais e outras passavam como se fossem segundos ou até mesmo menos que um segundo, um único instante. Alguns dias pareciam não ter fim enquanto outros emendavam o raiar do sol com o anoitecer.
Uma confusão mental estabeleceu-se em sua cabeça. Por que isto estava acontecendo com o tempo? Por que as horas não eram medidas iguais? Quem estava alterando o seu relógio?
E sem perceber o seu espaço físico também sofreu alterações e as sensações de prazer e desconforto deixaram de ser estabelecidas conforme calor, frio, sono, dor, amplitude, fome e saciedade. As mais aprazíveis manhãs de domingo já não eram garantia de felicidade da mesma forma que uma tempestade fria tinha seus encantos. Ele via-se sem fome diante de um banquete enquanto palavras ou até mesmo um simples sorriso ou um olhar o alimentavam por dias.
Definitivamente algo estava acontecendo. Claro que algo estava acontecendo. Estava evidente mas os sentidos não o deixavam concatenar e identificar que todas estas mudanças estavam diretamente ligadas a um só motivo.
E foi assim meio que com medo, meio que com encanto que ele foi se adaptando a estas mudanças, deixando que as horas tivessem o tempo que quisessem ter, deixando que seus sentidos se manifestassem da forma como quisessem, incomodando em um momendo, fazendo cócegas em outro.
Aquele Déjà vu cada vez mais constante alterado apenas em seu personagem principal o fazia imaginar com frequência o mesmo rosto, o fazia ouvir sempre a mesma voz e então a razão bate-lhe avassaladoramente a face despertando-o da letargia que o atingira faz anos.E uma voz inconsciente ensurdece seus ouvidos gritando dentro dele. É ELA!!! Acorda! Aconteceu de novo! Mexa-se!
E só então ele percebeu que por mais que lutara contra, por mais forte que parecera estar, por mais certeza que tivera que tudo estava sob controle e que não deixaria se levar novamente pelas sutilezas das pessoas, encontrava-se preso neste labirinto tão comum.
E foi aí que ele, depois de libertar-se do passado, passou a ter pressa pelo futuro. Uma pressa saudável, sonhadora, com planos e bases. Um futuro que já não tinha tantas expectativas mostrou-se, revelou-se verdadeiro e amplo.
Então seria isto o amor? Foi a pergunta que ele mesmo se fez. E a pergunta trouxe uma resposta inesperada. O amor é diferente. O amor não se repete. O amor é sempre novo. Mais forte. Mais maduro, mais sensato e mais desafiador. O amor é mais verdadeiro e independente.
Simples assim, tudo passou a fazer sentido, desde a loucura das horas até a inconstância dos dias, pois cada coisa estava ligada a uma só pessoa. Ela.
O primeiro sinal desta mudança era a desconexão do tempo.
As horas perderam a igualdade entre sí; Algumas pareceiam durar mais e outras passavam como se fossem segundos ou até mesmo menos que um segundo, um único instante. Alguns dias pareciam não ter fim enquanto outros emendavam o raiar do sol com o anoitecer.
Uma confusão mental estabeleceu-se em sua cabeça. Por que isto estava acontecendo com o tempo? Por que as horas não eram medidas iguais? Quem estava alterando o seu relógio?
E sem perceber o seu espaço físico também sofreu alterações e as sensações de prazer e desconforto deixaram de ser estabelecidas conforme calor, frio, sono, dor, amplitude, fome e saciedade. As mais aprazíveis manhãs de domingo já não eram garantia de felicidade da mesma forma que uma tempestade fria tinha seus encantos. Ele via-se sem fome diante de um banquete enquanto palavras ou até mesmo um simples sorriso ou um olhar o alimentavam por dias.
Definitivamente algo estava acontecendo. Claro que algo estava acontecendo. Estava evidente mas os sentidos não o deixavam concatenar e identificar que todas estas mudanças estavam diretamente ligadas a um só motivo.
E foi assim meio que com medo, meio que com encanto que ele foi se adaptando a estas mudanças, deixando que as horas tivessem o tempo que quisessem ter, deixando que seus sentidos se manifestassem da forma como quisessem, incomodando em um momendo, fazendo cócegas em outro.
Aquele Déjà vu cada vez mais constante alterado apenas em seu personagem principal o fazia imaginar com frequência o mesmo rosto, o fazia ouvir sempre a mesma voz e então a razão bate-lhe avassaladoramente a face despertando-o da letargia que o atingira faz anos.E uma voz inconsciente ensurdece seus ouvidos gritando dentro dele. É ELA!!! Acorda! Aconteceu de novo! Mexa-se!
E só então ele percebeu que por mais que lutara contra, por mais forte que parecera estar, por mais certeza que tivera que tudo estava sob controle e que não deixaria se levar novamente pelas sutilezas das pessoas, encontrava-se preso neste labirinto tão comum.
E foi aí que ele, depois de libertar-se do passado, passou a ter pressa pelo futuro. Uma pressa saudável, sonhadora, com planos e bases. Um futuro que já não tinha tantas expectativas mostrou-se, revelou-se verdadeiro e amplo.
Então seria isto o amor? Foi a pergunta que ele mesmo se fez. E a pergunta trouxe uma resposta inesperada. O amor é diferente. O amor não se repete. O amor é sempre novo. Mais forte. Mais maduro, mais sensato e mais desafiador. O amor é mais verdadeiro e independente.
Simples assim, tudo passou a fazer sentido, desde a loucura das horas até a inconstância dos dias, pois cada coisa estava ligada a uma só pessoa. Ela.
domingo, 9 de março de 2014
Deus
Existem vários Deuses justamente por existirem vários povos e várias culturas. Existem vários Deuses por que antes a distância entre os povos era grande e quase intransponível. Existem vários Deuses por que não havia antes a globalização.
Existem várias formas de cultuar o mesmo Deus pois existem vários interesses, existem várias formas de adoração por que existem pessoas dispostas a submissão. Existem várias igrejas por que existem várias interpretações da mesma escrita, existem conveniências sobre estas interpretações.
Segundo a Palavra, não há uma folha que caia de uma árvore senão pela Sua vontade.
Então por que as pessoas ao direcionarem suas preces geralmente o fazem para pedir algo? Por que as pessoas pedem para Deus parar algo ou Deus começar algo ao invés de pedir entendimento? Por que as pessoas não entram pelas portas abertas pelo seu Deus de olhos fechados e corações abertos? Por que pessoas adoram tanto a sua existencia e relutam tanto diante de Suas vontades?
Por que pessoas submetem suas vontades dentro de templos, igrejas, santuários aos pseudos emissários da Palavra uma vez que esta está escrita e é acessível para todos?
Por que não direto a Ele e sim um atalho?
Ao longo da história vimos diversas conversões, diversas vidas sendo salvas, pessoas sendo arrebatadas e historias sendo reescritas em nome do Senhor. Ao longo da história vimos diversas carnificinas, diversos suicícios em massa, diversas opressões e domínios de nações inteiras pela mesma força! A fé.
Precisamos da fé, precisamos de nos submeter ao desconhecido, precisamos ter regras e limites para além da vida caso contrário a própria vida não teria sentido, não teria limites, não teria moral. Não fossem os limites da fé e o temor ao desconhecido, a vida não valeria absolutamente nada.
O que difere a fé é justamente os que detêm a Palavra, os que a propagam, os que a divulgam. O que difere a fé é a força com que o adepto é arrebatado pelo seu Pastor, Padre, Diácono, Monge, Presbítero dentre tantos outros cargos e nomeclaturas.
Este texto não é para discutir a existência Deste ou de outro Deus. Este texto não é para discutir a existência após a morte e nem delimitar as fronteiras entre o céu e o inferno, entre o fim e a eternidade.
Este texto é apenas para colocar um ponto de vista que eu tenho.
Não peça para Deus tirar da sua vida aquilo que Ele mesmo colocou. Peça apenas para que Ele lhe dê paciência, força e entendimento pelo que virá a frente. Por menos sentido que faça, por mais estranho que pareça, por mais improvável, existe um propósito para todas as Suas ações. O ferro é forjado no fogo e na força.
Em todas as religioões, em todas as doutrinas, somos filhos de Deus. E, sendo filhos Dele, não há nenhum laço superior, não há um representante para levar nossos desejos, nossos agradecimentos e nossas súplicas a Ele senão nós mesmos.

Existem várias formas de cultuar o mesmo Deus pois existem vários interesses, existem várias formas de adoração por que existem pessoas dispostas a submissão. Existem várias igrejas por que existem várias interpretações da mesma escrita, existem conveniências sobre estas interpretações.
Segundo a Palavra, não há uma folha que caia de uma árvore senão pela Sua vontade.
Então por que as pessoas ao direcionarem suas preces geralmente o fazem para pedir algo? Por que as pessoas pedem para Deus parar algo ou Deus começar algo ao invés de pedir entendimento? Por que as pessoas não entram pelas portas abertas pelo seu Deus de olhos fechados e corações abertos? Por que pessoas adoram tanto a sua existencia e relutam tanto diante de Suas vontades?
Por que pessoas submetem suas vontades dentro de templos, igrejas, santuários aos pseudos emissários da Palavra uma vez que esta está escrita e é acessível para todos?
Por que não direto a Ele e sim um atalho?
Ao longo da história vimos diversas conversões, diversas vidas sendo salvas, pessoas sendo arrebatadas e historias sendo reescritas em nome do Senhor. Ao longo da história vimos diversas carnificinas, diversos suicícios em massa, diversas opressões e domínios de nações inteiras pela mesma força! A fé.
Precisamos da fé, precisamos de nos submeter ao desconhecido, precisamos ter regras e limites para além da vida caso contrário a própria vida não teria sentido, não teria limites, não teria moral. Não fossem os limites da fé e o temor ao desconhecido, a vida não valeria absolutamente nada.
O que difere a fé é justamente os que detêm a Palavra, os que a propagam, os que a divulgam. O que difere a fé é a força com que o adepto é arrebatado pelo seu Pastor, Padre, Diácono, Monge, Presbítero dentre tantos outros cargos e nomeclaturas.
Este texto não é para discutir a existência Deste ou de outro Deus. Este texto não é para discutir a existência após a morte e nem delimitar as fronteiras entre o céu e o inferno, entre o fim e a eternidade.
Este texto é apenas para colocar um ponto de vista que eu tenho.
Não peça para Deus tirar da sua vida aquilo que Ele mesmo colocou. Peça apenas para que Ele lhe dê paciência, força e entendimento pelo que virá a frente. Por menos sentido que faça, por mais estranho que pareça, por mais improvável, existe um propósito para todas as Suas ações. O ferro é forjado no fogo e na força.
Em todas as religioões, em todas as doutrinas, somos filhos de Deus. E, sendo filhos Dele, não há nenhum laço superior, não há um representante para levar nossos desejos, nossos agradecimentos e nossas súplicas a Ele senão nós mesmos.
quarta-feira, 5 de março de 2014
Madre Teresa
Madre Teresa de Calcutá muito sabiamente disse certa vez: "quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las".
Acredito na força das palavras proferidas por esta grande figura da humanidade que com sua bondade e força infinitas dedicou uma vida para cuidar de tantas outras porém arrisco a dizer que se talvez o verbo julgar nesta frase fosse trocado para o verbo condenar, o sentido seria mais objetivo.
Faço uma adaptação desta frase então para: quem condena as pessoas não tem tempo para amá-las.
Mesmo assim, mesmo com esta mudança, a frase ainda seria interpretativa. Olhamos o contexto apenas sob o prisma do réu e não do juiz, não dos jurados.
Haverá sempre pois sempre houve, dois lados de uma mesma história. Haverá sempre o avesso do avesso, do avesso - parafraseando Caetano Veloso!
Há sempre um motivo para um julgamento, há sempre uma função para o juiz e o jurado. Há sempre uma ascensão destes sobre o réu. Não sou jurista, não advoco porém há de se levar em consideração as prerrogativas dos cargos.
Acredito que não havia outra intenção nas palavras doces de Madre Teresa senão manifestar o seu desejo de que todas as pessoas fossem mais amorosas e menos acusativas, mais comunitárias e menos individualistas. Acredito que Madre Teresa gostaria que o mundo fosse mais contemplativo e solidário, mais condescendente, mais fraterno.
Os atos dos iguais são julgados o tempo todo. Muitas vezes pessoas mais velhas julgam as mais novas não por falta de amor e sim ao contrário. Incurtir pena muitas vezes pode ser a redenção de um ser. A pena educativa também advém de um julgamento. Acredito que em alguns casos, a dor do julgamento dói mais no juiz do que dói no réu.
Mães e pais julgam seus filhos não por não amá-los mas sim para provê-los de caminhos mais corretos. Conjuges que se amam se julgam para fortalecer os laços de união da família,
O que não podemos permitir é que pessoas usurpem o cargo de juízes para encobrir as suas incapacidades de amar.
Acredito na força das palavras proferidas por esta grande figura da humanidade que com sua bondade e força infinitas dedicou uma vida para cuidar de tantas outras porém arrisco a dizer que se talvez o verbo julgar nesta frase fosse trocado para o verbo condenar, o sentido seria mais objetivo.
Faço uma adaptação desta frase então para: quem condena as pessoas não tem tempo para amá-las.
Mesmo assim, mesmo com esta mudança, a frase ainda seria interpretativa. Olhamos o contexto apenas sob o prisma do réu e não do juiz, não dos jurados.
Haverá sempre pois sempre houve, dois lados de uma mesma história. Haverá sempre o avesso do avesso, do avesso - parafraseando Caetano Veloso!
Há sempre um motivo para um julgamento, há sempre uma função para o juiz e o jurado. Há sempre uma ascensão destes sobre o réu. Não sou jurista, não advoco porém há de se levar em consideração as prerrogativas dos cargos.
Acredito que não havia outra intenção nas palavras doces de Madre Teresa senão manifestar o seu desejo de que todas as pessoas fossem mais amorosas e menos acusativas, mais comunitárias e menos individualistas. Acredito que Madre Teresa gostaria que o mundo fosse mais contemplativo e solidário, mais condescendente, mais fraterno.
Os atos dos iguais são julgados o tempo todo. Muitas vezes pessoas mais velhas julgam as mais novas não por falta de amor e sim ao contrário. Incurtir pena muitas vezes pode ser a redenção de um ser. A pena educativa também advém de um julgamento. Acredito que em alguns casos, a dor do julgamento dói mais no juiz do que dói no réu.
Mães e pais julgam seus filhos não por não amá-los mas sim para provê-los de caminhos mais corretos. Conjuges que se amam se julgam para fortalecer os laços de união da família,
O que não podemos permitir é que pessoas usurpem o cargo de juízes para encobrir as suas incapacidades de amar.
Sexo e preguiça
Ora o que move nossa existência? Quais nossos principais desejos a serem realizados ao longo da vida? Por que trabalhamos tanto? Por que nos esforçamos anos e anos?
Se fizermos uma análise macro de todas as variáveis e todos os tipos de pessoas e situações, vamos observar que vivemos, trabalhamos, nos esforçamos por dois principais objetivos. O primeiro é o acúmulo de riquesas, de bens, sejam eles quais forem.
Trabalhamos objetivando o conforto, o bem estar, a preguiça merecedora. Trabalhamos para encurtar esforços, para ter um lugar melhor, uma casa mais ampla, com móveis melhores, eletrodomésticos mais avançados, conforto, sossego, paz e tranquilidade.
Trabalhamos e vamos crescendo em nossos cargos, em nossas empresas, em nossas carreiras, objetivando melhor status, um carro moderno atrás do outro, posições de mais destaque, renome, fama e sucesso.
Muito na moda hoje em dia, a palavra OSTENTAÇÃO é via de regra na existência de todos os seres humanos. E o que ela significa? Aliás, não importa o seu significado e sim a ação que a palavra expressa pois dela advém o motivo de nossa existência, ou melhor, um deles, ou ainda, o melhor deles.
Vivemos além do conforto, pelo sexo. Vivemos pela conquista. Vivemos pelo flerte, vivemos pela perpetuação da espécie, vivemos pelo acúmulo de parceiros sexuais, vivemos pelo prazer. Vivemos pela carne.
Ostentamos corpos, ostentamos bens, ostentamos conhecimento, ostentamos poder justamente com o objetivo de relações sexuais.
Os mais românticos dirão que buscam uma única alma gêmea, os mais práticos dirão que o prazer da conquista vale mais que uma relação duradoura porém o objetivo é sempre o mesmo. Relações sexuais.
A nossa independência, a nossa afirmação pessoal é justificada por estes dois itens. A segurança sexual e o sossego material, a preguiça. Nos esforçamos uma vida inteira justamente objetivando descançar quando justamente o corpo já não aguenta mais os esforços homéricos do dia a dia cada vez mais estafante e pesado.
Obviamente que vários aspectos foram desconsiderados nesta minha humilde dissertação tais como fatores sociais, econômicos, culturais e religiosos. Claro que cada grupo de pessoas age por modelos estabelecidos nos anos de convívio porém a base de tudo é isto mesmo. Desde o início da caminhada humana sobre a terra, descanço e sexo sempre foram nossos primeiros objetivos.
Admitindo isso como premissa, muita coisa se justifica...
Amamos o que desejamos com a mesma intensidade que amamos o que já temos?
Se fizermos uma análise macro de todas as variáveis e todos os tipos de pessoas e situações, vamos observar que vivemos, trabalhamos, nos esforçamos por dois principais objetivos. O primeiro é o acúmulo de riquesas, de bens, sejam eles quais forem.
Trabalhamos objetivando o conforto, o bem estar, a preguiça merecedora. Trabalhamos para encurtar esforços, para ter um lugar melhor, uma casa mais ampla, com móveis melhores, eletrodomésticos mais avançados, conforto, sossego, paz e tranquilidade.
Trabalhamos e vamos crescendo em nossos cargos, em nossas empresas, em nossas carreiras, objetivando melhor status, um carro moderno atrás do outro, posições de mais destaque, renome, fama e sucesso.
Muito na moda hoje em dia, a palavra OSTENTAÇÃO é via de regra na existência de todos os seres humanos. E o que ela significa? Aliás, não importa o seu significado e sim a ação que a palavra expressa pois dela advém o motivo de nossa existência, ou melhor, um deles, ou ainda, o melhor deles.
Vivemos além do conforto, pelo sexo. Vivemos pela conquista. Vivemos pelo flerte, vivemos pela perpetuação da espécie, vivemos pelo acúmulo de parceiros sexuais, vivemos pelo prazer. Vivemos pela carne.
Ostentamos corpos, ostentamos bens, ostentamos conhecimento, ostentamos poder justamente com o objetivo de relações sexuais.
Os mais românticos dirão que buscam uma única alma gêmea, os mais práticos dirão que o prazer da conquista vale mais que uma relação duradoura porém o objetivo é sempre o mesmo. Relações sexuais.
A nossa independência, a nossa afirmação pessoal é justificada por estes dois itens. A segurança sexual e o sossego material, a preguiça. Nos esforçamos uma vida inteira justamente objetivando descançar quando justamente o corpo já não aguenta mais os esforços homéricos do dia a dia cada vez mais estafante e pesado.
Obviamente que vários aspectos foram desconsiderados nesta minha humilde dissertação tais como fatores sociais, econômicos, culturais e religiosos. Claro que cada grupo de pessoas age por modelos estabelecidos nos anos de convívio porém a base de tudo é isto mesmo. Desde o início da caminhada humana sobre a terra, descanço e sexo sempre foram nossos primeiros objetivos.
Admitindo isso como premissa, muita coisa se justifica...
Amamos o que desejamos com a mesma intensidade que amamos o que já temos?
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