segunda-feira, 17 de março de 2014

Ao pó voltarei

Esta casca que todos veem e com a qual eu transporto meus sentimentos, minhas considerações, minhas vontades, minhas idéias e meus sonhos um dia vai se acabar e voltarei ao pó de onde me originei.
Mas meus sentimentos, minhas considerações, vontades, idéias e sonhos não me acompanharão a este vértice. Minhas palavras lançadas ecoarão pela eternidade. Minhas palavras escritas permanecerão ao longo dos anos. Minhas atitudes terão modelado um sem número de pessoas pois é assim com todos. E assim será comigo.
Quem olha para minha casca sem ver minha alma, sem ler meus pensamentos, encontrará sempre um ambiente receptivo, amigável, confortável e bem disposto. Quem olhar para minha casca tem uma probabilidade de encontrar um sorriso em 95% das vezes. Quem precisa de mim aumenta suas chances para 100% de ter minha disposição. Basta merecer. Nem sou tão criterioso para escolher pessoas, nem sou tão fechado que não permita a aproximação. Sou envergonhado e faço de minha desenvoltura uma arma para lutar contra a vergonha de interagir com as pessoas.
Sou forjado sob o efeito da necessidade, da obrigatoriedade de interagir com os semelhantes. Falo bem, escrevo bem, concateno bem minhas idéias e tenho certa facilidade de me fazer entender e ser aceito no meio em que estou inserido.
Aprendí que pessoas não contém manuais de instruções. ninguém vem com legenda ou tecla sap.... precisamos meter a cara e decifrar as pessoas que estão nos rodeando. Não existe um momento ideal para isto ou aquilo. os momentos não dependem de nós.
Aliás, diante dos eventos da vida, nada depende de nós. Algumas pessoas entram em nossas vidas e saem delas sem qualquer efeito enquanto outras duram um segundo que vale por uma eternindade e outras pessoas que realmente se eternizam. 
Os momentos são únicos e a forma como os tratamos acarretam um sem número de enredos diferentes. Um labirinto se forma após cada decisão que tomamos.
Quem olha para a minha casca não mede a minha solidão, não sabe o quanto cabe de vazio dentro de mim. Quem mede a minha solidão percebe que dela fiz amizade e a carrego como companheira pelas estradas por onde vou. Quem mede minha solidão sabe que agora a volta para casa é mais subjetiva do que prática. Volto sempre para mim, para meu conhecimento, para o meu amar.
Não pratico mais o meu amor. Pratico agora o meu amar!
Quem pratica o amor é mais egoísta, individualista, submisso e inseguro. 
Quem pratica o amar é mais feliz, realizado, coletivo, seguro e centrado. Eu me amo e faço deste amor uma ponte para ser o que cada um quer que seu seja.
Quem olha para minha casca só vê o meu amor. 
Quero que a partir de agora não olhem para minha casca. Olhem para minha alma, com os meus olhos. Quero que olhem para dentro de mim e vejam o meu amar. 




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