quarta-feira, 5 de março de 2014

Madre Teresa

Madre Teresa de Calcutá muito sabiamente disse certa vez: "quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las".
Acredito na força das palavras proferidas por esta grande figura da humanidade que com sua bondade e força infinitas dedicou uma vida para cuidar de tantas outras porém arrisco a dizer que  se talvez o verbo julgar nesta frase fosse trocado para o verbo condenar, o sentido seria mais objetivo.
Faço uma adaptação desta frase então para: quem condena as pessoas não tem tempo para amá-las.
Mesmo assim, mesmo com esta mudança, a frase ainda seria interpretativa. Olhamos o contexto apenas sob o prisma do réu e não do juiz, não dos jurados.
Haverá sempre pois sempre houve, dois lados de uma mesma história. Haverá sempre o avesso do avesso, do avesso - parafraseando Caetano Veloso!
Há sempre um motivo para um julgamento, há sempre uma função para o juiz e o jurado. Há sempre uma ascensão destes sobre o réu. Não sou jurista, não advoco porém há de se levar em consideração as prerrogativas dos cargos.
Acredito que não havia outra intenção nas palavras doces de Madre Teresa senão manifestar o seu desejo de que todas as pessoas fossem mais amorosas e menos acusativas, mais comunitárias e menos individualistas. Acredito que Madre Teresa gostaria que o mundo fosse mais contemplativo e solidário, mais condescendente, mais fraterno.
Os atos dos iguais são julgados o tempo todo. Muitas vezes pessoas mais velhas julgam as mais novas não por falta de amor e sim ao contrário. Incurtir pena muitas vezes pode ser a redenção de um ser. A pena educativa também advém de um julgamento. Acredito que em alguns casos, a dor do julgamento dói mais no juiz do que dói no réu.
Mães e pais julgam seus filhos não por não amá-los mas sim para provê-los de caminhos mais corretos. Conjuges que se amam se julgam para fortalecer os laços de união da família,
O que não podemos permitir é que pessoas usurpem o cargo de juízes para encobrir as suas incapacidades de amar.


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