Infelizmente nos últimos 6 meses não tive uma noite sequer de sono daqueles bem dormidos, tranquilos e renovadores de energia. Seja pelo calor, seja pela insônia, algumas vezes os pesadelos e tantas outras os pensamentos. Pensamentos recorrentes e pensamentos súbitos, incontroláveis.
Talvez a troca diária de hospedaria, camas diferentes, cheiros diferentes, ambientes desconhecidos tenham total influência nesta dificuldade de repouso mas acredito que sejam justamente os pensamentos os principais causadores destas noites intermináveis.
Tenho sido forte e determinado o tempo todo. Percebi faz tempo que não adiantava ficar participando de um jogo onde o resultado seria sempre o mesmo. Cansei das prorrogações e tirei meu time de campo.
Tentei jogar outros jogos, outros campos e outras regras. Jogos mais justos, jogos em igualdade de condições. Um contra um.
Não me lamento em momento nenhum. Está tudo ótimo. Cada vez melhor. As cicatrizes que trago são minhas medalhas, são a prova de que lutei bravamente. Com apenas as armas que eu tinha mas lutei. Não desisiti. Ganhei. E ganhei muito. Ganhei o direito de continuar vivendo. A maior glória de um soldado. A sua vida de volta após a guerra.
Hamurabi, monarca babilônico, entre os séculos XVIII e XVII antes de Cristo, criador do primeiro código penal escrito, dizia que o infrator deveria receber a pena nas mesmas proporções do mal causado por ele. O famoso "olho por olho, dente por dente" diz que se uma pessoa causar dano à vista de outra, a sua própria vista deve ser sacrificada. Além de criar o código, Hamurabi também criou a jurisprudência pois suas leis eram afixiadas por todo o seu território a fim de ser seguida de forma igual em todo o império babilônico.
Trinta e nove séculos depois, este código poderia ser aplicado, guardadas as devidas proporções, em diversas áreas de nossas vidas. Os pais mesmo costumam usar isto como forma de criar justiça entre os filhos até mesmo quando compram uma roupa ou um calçado para um e também para o outro.
Criado para incurtir medo e reflexão antes de cometer um ato, o código de Hamurabi carrega um senso de justiça seco, frio. Devolver para a pessoa a mesma proporcionalidade do que a pessoa propaga. Os católicos até usam uma vertente deste código quando dizem: "que Deus lhe dê em dobro tudo aquilo que me desejares". Ou seja, desejando o bem este deverá retornar em dobro assim como o mal também.
Hoje sei, após várias e várias experiências que este código é aplicado implicitamente no nosso dia a dia e a partir do momento que o adotamos, conseguimos ter muito mais controle sobre nossas próprias vidas.
Contrário a esta vertente, o pensamento de Jesus Cristo no sermão da montanha quando propaga que se alguém lhe bater na face, ofereça a outra, sempre se fez mais presente na minha vida.
Sempre me comportei e sempre agi desta forma porém hoje me sinto em cima do muro, hoje me vejo revendo meus conceitos pois percebo que quando a outra face é oferecida, geralmente é alvejada da mesma forma. E para quê? por quê?
Obviamente não sou contra os ensinamentos de Cristo porém há de se saber a hora exata de aplicar também o código de Hamurabi, há de se saber a hora exata de pagar na mesma moeda um mal causado sob pena de sempre e para todo o sempre vivermos uma vida sob a ascendência de outra.
Ora então que temos apenas uma única vida e uma única chance de vivê-la e de repente nos vemos vivendo não nossa mas sim a vida de outra pessoa. Isso não tem preço nem retrocesso. Ninguém tem o direito de represar a vida de outra pessoa a fim de matar a sua própria sede.
É chegada a hora de romper a represa, deixar a água seguir seu fluxo, normalmente, serenamente, livremente. É hora de deixar a água regar seus próprios frutos e não o jardim de quem plantou a vida toda só para sí!
O tempo é cíclico, progressivo e imbatível. A humanidade conseguiu ao longo de sua história controlar o fogo, armazenar a água, dominar os animais, manejar os vegetais, prever furacões e terremotos, combater pragas e doenças, encurtar caminhos, forjar elementos químicos, produzir ferramentas, prolongar a vida, ir ao espaço, visitar novos mundos, globalizar informações porém nada até hoje chegou perto ao controle do tempo.
O tempo é desenfreado. Não sofre aceleração nem tampouco a ação do atrito. Sereno, constante e normal. O tempo é a mais intensa concepção do simples. Um segudo após o outro e mais nada.
Não se retém, não se armazena, não se interrompe e nem se gasta o tempo. Difícil para nós, primatas, supremos, convivermos com esta falta de controle.
Andamos apressados, planejando o que fazer com o nosso tempo, otimizando cada hora dos nossos dias de forma a termos condições, no futuro, se ele vier, não fazermos mais nada!!! É um paradoxo igual ao das crianças que nunca descobriram se, durante uma chuva, molha-se menos correndo ou andando normalmente. Ora, sabemos que molha-se e é inevitável.
Assim é o tempo. Inevitável!
Há sim uma única forma de reter o tempo. Na memória. Nesta caixinha de surpresas que carregamos em nossas cabeças conseguimos, querendo e algumas vezes sem querer, reter segundos, horas e até mesmo dias inteiros durante nossa vida inteira.
Muita coisa se perde no caminho, muita coisa deixamos guardada e não mexemos nem para espanar o pó que se acumula inevitavelmente e quando enfim resolvemos buscar em uma gaveta lá no fundo, uma memória qualquer, nunca olhamos para ela da mesma forma como ela ocorreu.
Sempre quando buscamos uma memória, sempre quando buscamos uma recordação do passado, olhamos para ela sob o prisma de experiências acumuladas neste tempo decorrido. Com o passar dos anos nos tornamos mais críticos, mais analíticos, menos suscetíveis às emoções.
Claro, carregamos muito saudosismo porém, junto dele, carregamos também o conformismo de que o tempo não volta e o que foi, nunca deixará de ter sido. Não há ciência para isto. Ainda!
"Hoje o tempo voa amor, e escorre pelas mãos, mesmo sem se sentir! E não há tempo que volte amor, vamos viver tudo que há para viver, vamos nos permitir!" Lulu Santos
Generalidade é o princípio do abrangente, da visão do todo, da massificação, da adequação do objeto para uso comum, seja este objeto físico ou abstrato, seja a palavra ou mesmo "a coisa".
O que é genérico é comum, aplicável a todos.
Em outro texto já sinalizei a idéia de que os sentimentos e os relacionamentos são genéricos pois são comuns entre todas as pessoas. Todas as situações vividas por um indivíduo ou um grupo de indivíduos já foram sentidas e vivenciadas milhares e milhares de vezes através dos tempos. Guardadas as devidas proporções, não existe o novo modo de se relacionar. Não existem variáveis que determinem o modo correto, não existem manuais de intruções para a montagem de um relacionamento perfeito, seja entre irmãos, pais e filhos, casais, patrões e empregados. Não existem estudos de casos individualizados para tratar uma crise de relação e nem as histórias de amor são contadas mais de uma vez sem serem repetidas. Não foram apenas Romeu e Julieta que morreram por amor nem tampouco a Cinderela a única a viver seu eterno amor ao lado do príncipe encantado.
Todos carregam dentro de sí um pouco de cada personagem, um pouco de cada tragédia e final feliz. Não existe um número infinito de tipos de relacionamentos nem de modos inusitados de tratá-los. No fim, resta mesmo o fim, o ponto final.
Talvez seja por isso que os livros, as músicas, os filmes e outras tantas expressões artísticas sejam ao longo do tempo exaltadas por todas as pessoas no mundo. Identificação. Apenas isso. Identificação.
Esta é a prova de que podemos sim generalizar os sentimentos pois, qualquer pessoa, em algum momento de sua vida, identificou-se com uma expressão de arte musical ou literária. Qualquer pessoa em algum momento identificou-se com o vilão ou com o herói de uma história, qualquer pessoa viu-se cantando uma música que parece ter sido feita baseada na história de sua vida.
Somos todos vítimas de relacionamentos cíclicos, em número determinado em suas variáveis e aprendemos por exemplos e situações, aprendemos por atitudes e consequências.
E sim, qualquer artista literário tem, no universo inteiro, passado e presente, ferramentas para escrever com correção, com exatidão, todas as generalidades do amor.
Inclusive eu.
Tentar olhar além para ver o passado! E não conseguir! Alguém já passou por esta situação alguma vez? Quem já passou sabe do que estou falando e talvez tenha sentido uma confusão, uma mistura de sensações inexplicáveis e profundas.
Existe um ponto de fusão em todos os metais e o mais conhecido de nós é o ferro que trabalhado transforma-se em aço.
E o ponto de fusão do amor? Existe? E transforma-se em algo?
E se o amor fosse um metal que se fundisse à determinada temperatura?
Então experimentando o ponto de fusão do amor, cria-se uma crosta, uma casca dura, ressecada, fosca, fria. Não reflete luz e não emite calor. Opaca, sem vida, sem sentido.
O amor quando praticado é exotérmico, entra em combustão, queima, altas chamas, transmite calor, aquece, conforta. Deixe de praticar o amor e então o inverso acontece. Ele torna-se endotérmico, perde calor, resfria, encolhe e cria a casca, a crosta. Enruga, vai aos poucos perdendo a luz, e com a luz, até mesmo o filme do passado já não brilha na tela nem mesmo das mais remotas lembranças. Perde-se por morte quem mesmo ainda vive por aí.
Quando entramos em uma loja de departamentos para comprar qualquer tipo de produto, nos deparamos com uma enormidade de opções de marcas e modelos do mesmo ítem que pretendemos. Os fatores que nos levam a escolher entre um especificamente são geralmente as informações que temos de outros consumidores, o nome da marca, o preço e até mesmo a afinidade que aquele produto nos despertou. Geralmente imaginamos aquele objeto já acomodado em seu lugar ou mesmo a roupa que experimentamos. Temos várias opções de escolha e fazemos uso deste direito de escolher.
E em relação ao sentimento? E em relação ao amor? Podemos escolher quem amar? Existem formas de tipificar o amor, de classificar o amor em categorias? Talvez sim, talvez não. O que com certeza não dá para fazer é escolher quem amamos. Amamos pelo simples fato de amar mesmo.
E se fôssemos classificar, categorizar o amor, como o faríamos?
Amor fraternal, Amor platônico, Amor Edipiano, Amor carnal, Amor contemplativo, Amor recíproco, Amor singelo, Amor complicado e tantos outros tipos de amor que poderemos descrever e até mesmo dissertar sobre cada um deles.
O fato é que todos os tipos podem ser eternos e/ou efêmeros, intensos ou mornos. Ressalto mais uma vez que não há como escolher o tipo de amor que sentiremos por determinada pessoa. Apenas sentimos.
Então, existe um tipo de amor, daqueles que pegam, daqueles que contaminam, daqueles que nos cegam e nos emudecem.
O Amor bandido.
Este tipo de amor é sentido por aquelas pessoas que perdem a sua auto-estima, por aquelas pessoas que se deixam controlar, por aquelas pessoas que vão aos poucos diminuindo sua própria importância, por aquelas pessoas que vão aos poucos criando uma dependência inexplicável em relação ao ser amado.
É aquele tipo de amor que independente do que a outra pessoa faça, independente das atitudes, independente da reciprocidade, independente de qualquer outro tipo de fato, de circunstância, momento, existe cada vez mais forte dentro de quem sente.
O amor que sufoca, que causa alucinações, pensamentos negativos, incertezas, desconfianças, insônias; o amor que caminha para o fundo, para a escuridão.
O Amor Bandido não precisa de duas pessoas para existir. Aliás, o amor bandido é de um lado a mais pura expressão de dependência e do outro, apenas um afago no ego. Um total desequilíbrio, um constante jogo de perseguição onde o objetivo é tão somente uma retribuição que nunca vem.
O amor bandido é a mais pura expressão do perdão pelo ato imperdoável.
O amor bandido é como dois imãs de polos iguais insistindo em se tocar.
Então que nós acordemos antes que o sonho se acabe para podermos continuar sonhando.
Então que nós sigamos os bons exemplos antes que estes deixem de existir.
Então que tenhamos compromissos com nossos semelhantes e respeito pelos nossos mais experientes.
Então que nós não deixemos que os valores se percam perante futilidades, inutilidades.
Então que nós acreditemos ainda no amor.
Então que nós entendamos que reciprocidade é fundamental.
Então que nós saibamos que reciprocidade é irmã gêmea da gratidão.
Então que eliminemos de nossas vidas o egoísmo e a ingratidão.
Então que a música se faça presente, aquela que foi no passado e que será no futuro.
Então que as lembranças só nos acalentem e não nos pertubem.
Então que a consciência seja soberana e tranquila e que o travesseiro conforte nossa cabeça durante o sono.
Então que o sono não seja interrompido senão pelo raiar do sol.
Então que as famílias sejam colocadas em primeiro lugar.
Então que não haja sequer outro competidor a não ser a família.
Então que a família não seja parte de um jogo.
Então que a família seja o único objetivo.
Então que saibamos lidar com as diferenças e dificuldades.
Então que entendamos as fases ruins como saboreamos as boas.
Então que haja a união.
Então que assim haja a paz.
Então que a vida valha a pena.
As coisas de um modo geral andam meio invertidas atualmente.
Os pais transferem para as escolas a obrigação da educação de seus filhos.
As escolas já não mais formam jovens desenvolvendo suas vocações e sim orientando para o mercado mais rentável.
As faculdades não formam mais cabeças pensantes e sim profissionais repetitivos, presos a teses e teorias do passado.
Os ideais políticos, os sensos de moral e ética, a atitude e a rebeldia contra o sistema já não existem mais. Não há mais razão para lutar a não ser contra o dia a dia, contra o próximo, contra o vizinho, contra o amigo e contra o irmão.
A luta armada não reúne mais nos subsolos das cidades, nos porões dos edifícios, no campo ou em qualquer outro lugar os grupos movidos por ideais revolucionários. Não há mais o que revolucionar. A luta armada agora é com diplomas, com cursos, pós, mestrados e doutorados. A luta agora é por um lugar maior ao sol.
Caminhando e cantando e seguindo a canção, não somos mais todos iguais, de braços dados. Somos inimigos profissionais, somos pessoas isoladas dentro de nossos pertences cada vez mais supérfulos, cada vez menos duradouros. Para sobrevivermos, precisamos ser cada vez mais diferenciados dentre tantos iguais.
Na década de 1940 a expectativa de vida do homem brasileiro era de 44 anos. Hoje chega a 76, quase 77 anos. Ganhamos 32 anos de vida para continuar aprendendo, continuar tentando ser mais que os iguais e trabalhar mais e acumular mais bens para no futuro, não conseguirmos descansar.
O avanço da medicina, o desenvolvimento urbano, o saneamento, o desaparecimento de pragas e doenças contribuíram para cada vez mais nos escondermos dentro de nossas casas, em frente a computadores e televisores. Contribuíram para cada vez mais sermos mais calados, mais introspectos.
Tenho hoje 43 anos. Quase na idade média de vida do homem dos anos de 1940. Estou pensando que talvez eu me considere morto para a sociedade a partir de 2014 e aproveite meus outros tantos anos de sobrevida de uma forma menos burocrática, mais leve, mais livre.
Chega de competir, chega de acumular pois desta vida nada levarei, deixarei apenas palavras e atitudes.
Hoje a tarde, sentado na areia da praia contemplando a paisagem, observei um pássaro que lutava em voar contra o vento, praticamente sem conseguir deslocamento no espaço, batia suas asas insistentemente.
Batí no ombro de minha filha mais nova e mostrei a ela aquela luta contra o vento de um pássaro tão pequeno e após alguns minutos admirando a peleja, ela me perguntou por que o pássaro não virava e usava o vento a seu favor para conseguir se deslocar.
Expliquei a ela que justamente por bater as asas contra o vento, o pássaro iria fortalecer sua musculatura para poder cada vez mais conseguir chegar em lugares mais distantes. Expliquei a ela que é através desta pequena manobra que ele conseguia ser forte, ser um destaque entre os demais de sua espécie e até mesmo contra seus predadores.
Não pude deixar de fazer uma analogia em relação às pessoas e seus modos de vida. Não pude deixar de lembrar, de buscar na memória as pessoas que eu conhecia que são justamente como este pássaro que voa contra o vento, fortalecendo suas asas. Não pude deixar de lembrar de pessoas que se fortalecem a cada batalha, que se destacam a cada luta que a vida lhes apresenta. Foi inevitável lembrar de pessoas que lutam, que têm seus ideais e dele não se desviam, que se cansam porém se tornam cada dia mais fortes.
Quem olha de fora, pode imaginar, assim como minha filha, que o mais correto seria abandonar a luta e mudar de direção, quem olha de fora pode criticar, achar que a luta é perda de tempo, que é até uma limitação intelectual.
Então, pensando assim, não pude deixar de puxar pela minha memória as pessoas folha. Pessoas folha, aquelas que vão com o vento, que estão sempre na direção de onde o vento leva, flutuando em movimentos aleatórios, na velocidade que o vento proporciona. Pessoas que são absolutamente oportunistas e que jamais imaginam onde suas vidas terminarão pois neste exato momento, sorvem da facilidade das forças alheias.
Algumas pessoas são como pássaros voando contra o vento, outras pessoas são as folhas que o vento leva para onde quiser.
E quando você menos perceber, e quando você parar para olhar ao lado, verá que eu realmente me mudei para aquele mundo que você criou para mim. Aquele mundo em que você não está nele.
E você perceberá que todos os seus esforços para que eu fosse para este mundo foram recompensados e que aqui não terá restado mais nada de mim.
E eu terei me adaptado neste novo mundo, e eu terei criado raízes, terei mobilhado com novos sonhos, edificado novas residências, criado meus novos caminhos, com novas pessoas, novos hábitos e novas felicidades.
E o que talvez você não saiba é que este mundo é um universo paralelo, não há comunicação com o mundo atual. Talvez o que você não saiba é que estes mundos sequer tangenciam, sequer são opostos pelo vértice. Não há um ponto sequer em comum. Não há um canal de interatividade, não há conectividade. São eternos paralelos.
E há de chegar o dia em que eu não estarei mais ao lado, não estarei mais ao alcance das vistas, não estarei mais audível. E há de chegar o dia em que eu serei uma remota lembrança e que ao buscar as sinapses neuroniais, estas trarão apenas imagens distorcidas, sons abafados, cheiros indecifráveis e sentimentos confusos.
E há de chegar o dia em que o tempo será colocado na balança, o dia em que o tempo será visto da forma crua, concreta, pesada que ele merece. E há de chegar o dia em que a percepção de que o tempo não volta provocará um profundo penar e uma estranha loucura de querer retroceder pelo caminho que não é físico. O caminho é temporal.
E há de chegar o momento em que perceberemos que existem duas variáveis quando se percorre caminhos. Existem as variáveis espaço e tempo. A primeira, conseguimos reverter, a segunda, apenas dobrar. Algumas vezes não temos pernas para voltar mas na maioria delas, não temos mesmo é o tempo. Implacável.