Existe um ponto de fusão em todos os metais e o mais conhecido de nós é o ferro que trabalhado transforma-se em aço.
E o ponto de fusão do amor? Existe? E transforma-se em algo?
E se o amor fosse um metal que se fundisse à determinada temperatura?
Então experimentando o ponto de fusão do amor, cria-se uma crosta, uma casca dura, ressecada, fosca, fria. Não reflete luz e não emite calor. Opaca, sem vida, sem sentido.
O amor quando praticado é exotérmico, entra em combustão, queima, altas chamas, transmite calor, aquece, conforta. Deixe de praticar o amor e então o inverso acontece. Ele torna-se endotérmico, perde calor, resfria, encolhe e cria a casca, a crosta. Enruga, vai aos poucos perdendo a luz, e com a luz, até mesmo o filme do passado já não brilha na tela nem mesmo das mais remotas lembranças. Perde-se por morte quem mesmo ainda vive por aí.

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