Desistí de cultivar pessoas.
Resolví cultivar rosas.
Rosas dos mais diversos tamanhos, cores e intensidades e cheiros.
Cheiro de rosas espalhado pelo quintal, profusão de cores e sensações.
Os brotos rubros crescendo, os botões desenvolvendo dia a dia, as formigas carregando as pétalas pelo chão, as podas, irrigações e colheitas.
A expectativa de não saber qual é a próxima cor de uma roseira virgem.
Colho as rosas com a retina. Embelezo o grande vaso da minha mente com cada uma delas, eternizo-as pelas fotos e compartilho com todos a beleza de suas cores.
Dedico parte de meus dias a esta tarefa tão gratificante e edificante. O tempo passa sem a exata percepção dos minutos.
Dedico cada botão que desabrocha para alguém.
Desistí de cultivar pessoas.
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