O tempo que perdemos tentando conquistar uma pessoa que não se identifica conosco é maior do que o tempo que precisamos para conhecer diversas pessoas com as quais teremos afinidade.
As relações humanas são assim. Não estamos preparados para não sermos aceitos, não estamos preparados para não sermos admirados. Precisamos da aceitação e admiração das pessoas.
Precisamos entender que somos a somatória destes dois extremos. Nossas características não podem ser adaptativas de acordo com as preferencias das pessoas pois corremos o risco de perder a originalidade.
Cada pessoa possui sua individualidade e esta é composta justamente por suas qualidades e defeitos.
Mudar para agradar, mudar para obter a aceitação desta ou daquela pessoa específica é uma grande perda de tempo. Precisamos aprender a tratar algumas pessoas como ESTRELAS CADENTES.
Cada um possui um número médio de pessoas que orbitam sua vida. Desde a manhã do dia primeiro de janeiro até o última noite de 31 de dezembro, convivemos, conversamos, interagimos com um número de pessoas que pouco varia de ano para ano. Somos SOL da nossa vida e PLANETAS na vida de outras pessoas.
Nosso magnetismo atrai para nossa órbita, pessoas que nos seguem através desta loucura que é o universo individual. Da mesma forma, somos atraídos pelo magnetismo de pessoas que seguimos, orbitamos ao longo dos tempos.
Seria muito mais interessante ao contrário de tentar orbitar a vida de pessoas que não nos aceitam como somos, procurar pessoas que seriam planetas orbitando nosso sol.
Nesta relação tempo x espaço, fico com o tempo.
O espaço é infinito, o tempo é limitado. O espaço continua eterno, nosso tempo se acaba.
Sugiro aproveitar o tempo que temos da forma mais agradável que possa existir e tratar como estrelas cadentes aquelas pessoas que de alguma forma, devem apenas passar queimando rapidamente por nossa vida e que por fim, acabam sem luz na escuridão total do universo.
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
terça-feira, 16 de setembro de 2014
De que vale o amor?
Uma pessoa muito queria e especial escreveu uma frase em seu perfil em uma rede social com a seguinte frase: De que vale o amor?
Seguida a esta frase veio um emotion, uma carinha triste.
Ora, no mesmo instante percebí que ela estava tocada pelo lado de baixo do amor. Percebí que naquele momento a percepção dela acerca do amor estava sendo medida na parte de baixo da senóide.
O que é a representação gráfica do amor senão uma senóide, senão uma sucessão de altos e baixos medida nos eixos tempo e emoção?
A avaliação do amor varia à cada medição no eixo do tempo e a pessoa pesquisada.
Mas a pergunta original não é o que é o amor e sim: De que vale o amor!
Precisaríamos categorizar o amor. Amor de mãe, amor de irmão, amor de filho, amor de amigo ou o mais versado dos amores. o amor que fascina e machuca. o amor de um homem para uma mulher ou de uma mulher para o homem?
Remetendo ao emotion triste de minha amiga, ouso dizer que ela estava se referindo ao amor que cura e machuca. ao amor entre homem e mulher.
Para que serve este amor? Passei então a me perguntar justamente para tentar respondê-la e tirá-la do ponto onde ela está na senóide, que a meu ver, posicionada na descendente, junto à incredulidade.
Ora, o amor serve para isso mesmo!!! Para doer e curar. Para arder e aliviar. O amor serve para afirmação e aprendizado. O amor serve para testar limites, para nos posicionarmos em relação à tudo na vida. O amor serve para escravizar e libertar. O amor serve para sorrir e chorar. O amor serve para manter o equilíbrio.
O amor é homeostático ou ao menos deveria ser. Homeostase, o princípio do equilíbrio. O amor serve para equilibrar mesmo que na maior parte do tempo, pareçamos totais loucos desequilibrados, variando do êxtase à depressão em ciclos muito rápidos.
Todo amor é verdadeiro. Não existe amor falso. Absolutamente não existe. O que existe é a negação do amor quando ele está na fase baixa, naquela que faz doer.
Agora, o principal valor do amor, o que ele mais nos ensina, o que ele pode mais nos proporcionar de crescimento é justamente a doação.
A minha resposta para esta pessoa especial seria: O amor serve para sabermos que podemos sentir algo por alguém, manter este sentimento por um determinado período de tempo sem termos a necessidade de receber algo em troca. O amor serve para nos sentirmos plenos em relação a nós mesmos. O amor serve para nos ensinar, definitivamente, a conviver com todos os outros sentimentos simultaneamente, não importando se estamos no alto da senóide ou no ponto mais baixo desta.
O amor é doação!
Seguida a esta frase veio um emotion, uma carinha triste.
Ora, no mesmo instante percebí que ela estava tocada pelo lado de baixo do amor. Percebí que naquele momento a percepção dela acerca do amor estava sendo medida na parte de baixo da senóide.
O que é a representação gráfica do amor senão uma senóide, senão uma sucessão de altos e baixos medida nos eixos tempo e emoção?
A avaliação do amor varia à cada medição no eixo do tempo e a pessoa pesquisada.
Mas a pergunta original não é o que é o amor e sim: De que vale o amor!
Precisaríamos categorizar o amor. Amor de mãe, amor de irmão, amor de filho, amor de amigo ou o mais versado dos amores. o amor que fascina e machuca. o amor de um homem para uma mulher ou de uma mulher para o homem?
Remetendo ao emotion triste de minha amiga, ouso dizer que ela estava se referindo ao amor que cura e machuca. ao amor entre homem e mulher.
Para que serve este amor? Passei então a me perguntar justamente para tentar respondê-la e tirá-la do ponto onde ela está na senóide, que a meu ver, posicionada na descendente, junto à incredulidade.
Ora, o amor serve para isso mesmo!!! Para doer e curar. Para arder e aliviar. O amor serve para afirmação e aprendizado. O amor serve para testar limites, para nos posicionarmos em relação à tudo na vida. O amor serve para escravizar e libertar. O amor serve para sorrir e chorar. O amor serve para manter o equilíbrio.
O amor é homeostático ou ao menos deveria ser. Homeostase, o princípio do equilíbrio. O amor serve para equilibrar mesmo que na maior parte do tempo, pareçamos totais loucos desequilibrados, variando do êxtase à depressão em ciclos muito rápidos.
Todo amor é verdadeiro. Não existe amor falso. Absolutamente não existe. O que existe é a negação do amor quando ele está na fase baixa, naquela que faz doer.
Agora, o principal valor do amor, o que ele mais nos ensina, o que ele pode mais nos proporcionar de crescimento é justamente a doação.
A minha resposta para esta pessoa especial seria: O amor serve para sabermos que podemos sentir algo por alguém, manter este sentimento por um determinado período de tempo sem termos a necessidade de receber algo em troca. O amor serve para nos sentirmos plenos em relação a nós mesmos. O amor serve para nos ensinar, definitivamente, a conviver com todos os outros sentimentos simultaneamente, não importando se estamos no alto da senóide ou no ponto mais baixo desta.
O amor é doação!
sexta-feira, 16 de maio de 2014
Minha Filha, 15 anos!
Pais...
Pais... que coisa estranha somos nós!
Não digo pais no sentido de criadores... não estou incluindo mães... Estou falando pais de pai no plural mesmo.
Pais... que coisa estranha somos nós! Do nada deixamos de ser moleques para sermos pais.
De repente tudo aquilo que abominávamos passa a fazer parte do nosso dia a dia. Fraldas cheias, banheiras, carrinhos de bebê, vômitos, pomadas, papinhas, choros intermináveis na madrugada, dodóis, febres, médicos, creches, vacinas, parques, carrossel, bate bate, roda gigante, maternal, escola, roupas novas, sapatinhos, sapatos, salto alto.
Giz de cera, tinta guache, massinha, lápis de cor, caderno de desenho, caneta, batons, maquiagens e as cores vão mudando... E a tela vai mudando...
Bonecas, casinhas, panelinhas, amarelinhas, queimadas, voley, brincos, pulseiras, celulares, tablets... E os brinquedos vão mudando...
Desenhos animados, contos de fadas, histórias de príncipes e princesas, finais felizes, paixões, namoros, alegrias e tristezas, decepções, realizações e até aí... A atriz vai mudando!!!
E quando abrimos os olhos, quando nos damos conta, por mais que tenhamos feito, por mais que a intuição tenha nos conduzido, nós, pais, abrimos os olhos como se acordando de um sonho e percebemos que do zero aos 15, durou um segundo! Parece que dormimos além da conta, parece que tínhamos muita coisa ainda para fazer que não foi feito e alí, parada na sua frente, está uma pessoa no meio termo entre menina e mulher, sua filha, nossas filhas, com 15 anos.
Então ficamos no meio do caminho, em cima do muro da vida. Olhando para seus pais, olhando para nós mesmos e nossas filhas com 15 anos. Voltamos aos nossos 15 anos, subtraímos a idade de nossos pais e fazemos a comparação inevitável! Estamos no caminho certo? Estamos fazendo tudo direito? Somos iguais ou melhores que nossos pais? Aprendemos a lição? Reconhecemos a educação que nos foi dada? Somos gratos a eles por nos ter proporcionado condições de termos, em um segundo, uma filha de 15 anos? Pois até ontem, minha filha era um bebê. Acordei hoje e ela tem 15 anos!
Ora o que não é a vida senão uma sucessão de segundos sem fim, uma corrida desenfreada até a morte?
Então eu olho para dentro de mim e uma dúvida cai por terra. A prova da existência de Deus.
Está escancarado em nossa frente como sempre esteve. Nós é que nunca tivemos a capacidade de discernimento, de entendimento para ver que a vida eterna existe e sempre existiu a partir do momento em que viemos ao mundo através de nossos pais e viveremos eternamente na existência de nossos filhos, netos e daí, para sempre!
Então eu percebo que hoje, ao completar 15 anos, um dia como outro qualquer, um dia mais importante que outro qualquer, minha filha, ajude o seu pai aqui a ter a idade necessária para estar sempre ao seu lado, para estar sempre presente na sua vida.
Pais... que coisa estranha somos nós!
Não digo pais no sentido de criadores... não estou incluindo mães... Estou falando pais de pai no plural mesmo.
Pais... que coisa estranha somos nós! Do nada deixamos de ser moleques para sermos pais.
De repente tudo aquilo que abominávamos passa a fazer parte do nosso dia a dia. Fraldas cheias, banheiras, carrinhos de bebê, vômitos, pomadas, papinhas, choros intermináveis na madrugada, dodóis, febres, médicos, creches, vacinas, parques, carrossel, bate bate, roda gigante, maternal, escola, roupas novas, sapatinhos, sapatos, salto alto.
Giz de cera, tinta guache, massinha, lápis de cor, caderno de desenho, caneta, batons, maquiagens e as cores vão mudando... E a tela vai mudando...
Bonecas, casinhas, panelinhas, amarelinhas, queimadas, voley, brincos, pulseiras, celulares, tablets... E os brinquedos vão mudando...
Desenhos animados, contos de fadas, histórias de príncipes e princesas, finais felizes, paixões, namoros, alegrias e tristezas, decepções, realizações e até aí... A atriz vai mudando!!!
E quando abrimos os olhos, quando nos damos conta, por mais que tenhamos feito, por mais que a intuição tenha nos conduzido, nós, pais, abrimos os olhos como se acordando de um sonho e percebemos que do zero aos 15, durou um segundo! Parece que dormimos além da conta, parece que tínhamos muita coisa ainda para fazer que não foi feito e alí, parada na sua frente, está uma pessoa no meio termo entre menina e mulher, sua filha, nossas filhas, com 15 anos.
Então ficamos no meio do caminho, em cima do muro da vida. Olhando para seus pais, olhando para nós mesmos e nossas filhas com 15 anos. Voltamos aos nossos 15 anos, subtraímos a idade de nossos pais e fazemos a comparação inevitável! Estamos no caminho certo? Estamos fazendo tudo direito? Somos iguais ou melhores que nossos pais? Aprendemos a lição? Reconhecemos a educação que nos foi dada? Somos gratos a eles por nos ter proporcionado condições de termos, em um segundo, uma filha de 15 anos? Pois até ontem, minha filha era um bebê. Acordei hoje e ela tem 15 anos!
Ora o que não é a vida senão uma sucessão de segundos sem fim, uma corrida desenfreada até a morte?
Então eu olho para dentro de mim e uma dúvida cai por terra. A prova da existência de Deus.
Está escancarado em nossa frente como sempre esteve. Nós é que nunca tivemos a capacidade de discernimento, de entendimento para ver que a vida eterna existe e sempre existiu a partir do momento em que viemos ao mundo através de nossos pais e viveremos eternamente na existência de nossos filhos, netos e daí, para sempre!
Então eu percebo que hoje, ao completar 15 anos, um dia como outro qualquer, um dia mais importante que outro qualquer, minha filha, ajude o seu pai aqui a ter a idade necessária para estar sempre ao seu lado, para estar sempre presente na sua vida.
domingo, 11 de maio de 2014
A cura - tudo tem seu tempo
Tem que deixar doer mesmo... Tem que deixar a insônia lhe acompanhar por algumas noites, deixar que as lágrimas apareçam e que a falta de apetite leve em alguns dias os quilos que tentou perder ao longo do ano. Tem que ouvir aquela música especial infinitas vezes, rasgar e colar as fotos que registravam os momentos de alegria e os lugares especiais, tem que sentir o cheiro do perfume acelerar o seu coração. Tem que parar do nada algumas vezes no meio da rua, tem que sair correndo sem motivos. Tem que doer. Não se cura de amor de outra forma.
Não se cura um amor com outro amor. Não se cura o amor adiantando os ponteiros do relógio. Não se cura um amor com palavras, com conselhos, com festas, com reclusão, com remédios.
Amor se cura com o tempo. Amor se cura com a sucessão de segundos, com os constantes pores do sol, com as inúmeras fases da lua.
O amor é como uma grande construção! Olham vejam vocês se o amor não é como uma grande construção!
E para construir leva tempo, requer espaço, esforço, gastos.
E quando acaba, acaba rápido, implode, restam escombros.
Não se constroi outro amor em cima de escombros. Não são conselhos que removem os escombros, não é a mágica que vai limpar o terreno. É o tempo. É o trabalho. É o esforço.
Em tempos de facebook, twitter, instagram, não nos permitimos esperar. Não permitimos deixar o tempo passar e tudo voltar a ser como antes. Temos que estar sempre por cima, sempre alegres, sempre felizes, sempre melhores que os outros. Em temos de redes sociais temos que ser sempre os donos da razão, temos que mostrar para todos os conhecidos e principalmente para os desconhecidos que não há espaço para sofrimento, que a fila andou, que relacionamentos têm e devem ser perfeitos o tempo todo e que o direito de descartar pessoas acaba sendo nossa única arma contra justamente a dor da espera.
Está havendo um comprometimento com a mentira, com a falsa impressão que tudo está sempre bem, que ninguém sofre, que não dói nada, que é simples que tudo é efêmero.Uma mentira contada para sí mesmo.
Há tempo para tudo. Há tempo para construir um amor e consequentemente há tempo para que os vestígios deste amor desapareçam quando for inevitável. Tudo é cíclico e aquele que pula uma ou outra etapa está inevitavelmente caminhando para uma vida que no fim, será só de decepções.
Não se cura um amor com outro amor. Não se cura o amor adiantando os ponteiros do relógio. Não se cura um amor com palavras, com conselhos, com festas, com reclusão, com remédios.
Amor se cura com o tempo. Amor se cura com a sucessão de segundos, com os constantes pores do sol, com as inúmeras fases da lua.
O amor é como uma grande construção! Olham vejam vocês se o amor não é como uma grande construção!
E para construir leva tempo, requer espaço, esforço, gastos.
E quando acaba, acaba rápido, implode, restam escombros.
Não se constroi outro amor em cima de escombros. Não são conselhos que removem os escombros, não é a mágica que vai limpar o terreno. É o tempo. É o trabalho. É o esforço.
Em tempos de facebook, twitter, instagram, não nos permitimos esperar. Não permitimos deixar o tempo passar e tudo voltar a ser como antes. Temos que estar sempre por cima, sempre alegres, sempre felizes, sempre melhores que os outros. Em temos de redes sociais temos que ser sempre os donos da razão, temos que mostrar para todos os conhecidos e principalmente para os desconhecidos que não há espaço para sofrimento, que a fila andou, que relacionamentos têm e devem ser perfeitos o tempo todo e que o direito de descartar pessoas acaba sendo nossa única arma contra justamente a dor da espera.
Está havendo um comprometimento com a mentira, com a falsa impressão que tudo está sempre bem, que ninguém sofre, que não dói nada, que é simples que tudo é efêmero.Uma mentira contada para sí mesmo.
Há tempo para tudo. Há tempo para construir um amor e consequentemente há tempo para que os vestígios deste amor desapareçam quando for inevitável. Tudo é cíclico e aquele que pula uma ou outra etapa está inevitavelmente caminhando para uma vida que no fim, será só de decepções.
quinta-feira, 8 de maio de 2014
Perdão
Deixemos de ser hipócritas.... Dificilmente perdoar uma pessoa causa nela algum tipo de transformação ou sequer mesmo emoção.
O ato do perdão transforma infinitamente mais a quem o concede do que quem o recebe. É um esforço descomunal ultrapassar todas as mágoas, todo o prejuízo, todos os rancores e todo o tempo perdido para simplesmente perdoar uma pessoa que definitivamente não mudará em nada suas atitudes e seu caráter.
A grande maioria das pessoas diz que o ato de perdoar torna qualquer pessoa mais sábia, mais forte e mais sensata e eu não discordo disso. O problema é que só as benfeitorias são levadas em conta e a outra parte que modifica em quem perdoa não é analisada.
Quem perdoa é mais sábio, mais forte e mais sensato porém fica também muito mais suscetível às passividades, ao controle, ao comando daqueles que apenas se utilizam das pessoas para atingirem seus objetivos.
Acredito verdadeiramente no poder do perdão porém acho que ele deveria vir com muito amor próprio, com muita individualidade. Acredito verdadeiramente que o perdão deva vir com um fechar de portas, sem reticências ou exclamações. Acredito verdadeiramente que o perdão deva vir com um ponto final. Perdão e retrocesso não combinam. Perdoar e continuar da mesma forma é pedir para doer de novo, é pedir para machucar de novo, pedir para se magoar. Perder tempo.
Acredito verdadeiramente que o perdão deva servir para libertar a pessoa magoada porém o que acontece é o contrário. O perdão absolve o ofensor e oprime o afetado.
O perdão não trás alívio e sim a desconfiança, trás a vigilância constante, perpetua as dores e acentua as cicatrizes.
Então que o perdão seja uma chave!!! Ou melhor, que o perdão seja o ato de fechar algo, guardar no armário em uma caixa e, no meio do oceano, deixar deliberadamente a chave cair e descançar no mais profundo abissal. E que a chave e a caixa jamais se encontrem novamente.
Deixemos de ser hipócritas e politicamente corretos... O perdão não nos torna superiores a ninguém... O perdão não faz as coisas voltarem a ser como antes...Perdoar não trará borboletas para seu jardim, perdoar apenas manterá as lagartas por perto!
O ato do perdão transforma infinitamente mais a quem o concede do que quem o recebe. É um esforço descomunal ultrapassar todas as mágoas, todo o prejuízo, todos os rancores e todo o tempo perdido para simplesmente perdoar uma pessoa que definitivamente não mudará em nada suas atitudes e seu caráter.
A grande maioria das pessoas diz que o ato de perdoar torna qualquer pessoa mais sábia, mais forte e mais sensata e eu não discordo disso. O problema é que só as benfeitorias são levadas em conta e a outra parte que modifica em quem perdoa não é analisada.
Quem perdoa é mais sábio, mais forte e mais sensato porém fica também muito mais suscetível às passividades, ao controle, ao comando daqueles que apenas se utilizam das pessoas para atingirem seus objetivos.
Acredito verdadeiramente no poder do perdão porém acho que ele deveria vir com muito amor próprio, com muita individualidade. Acredito verdadeiramente que o perdão deva vir com um fechar de portas, sem reticências ou exclamações. Acredito verdadeiramente que o perdão deva vir com um ponto final. Perdão e retrocesso não combinam. Perdoar e continuar da mesma forma é pedir para doer de novo, é pedir para machucar de novo, pedir para se magoar. Perder tempo.
Acredito verdadeiramente que o perdão deva servir para libertar a pessoa magoada porém o que acontece é o contrário. O perdão absolve o ofensor e oprime o afetado.
O perdão não trás alívio e sim a desconfiança, trás a vigilância constante, perpetua as dores e acentua as cicatrizes.
Então que o perdão seja uma chave!!! Ou melhor, que o perdão seja o ato de fechar algo, guardar no armário em uma caixa e, no meio do oceano, deixar deliberadamente a chave cair e descançar no mais profundo abissal. E que a chave e a caixa jamais se encontrem novamente.
Deixemos de ser hipócritas e politicamente corretos... O perdão não nos torna superiores a ninguém... O perdão não faz as coisas voltarem a ser como antes...Perdoar não trará borboletas para seu jardim, perdoar apenas manterá as lagartas por perto!
segunda-feira, 14 de abril de 2014
Desculpas
Sabe, andei pensando e acho que lhe devo um pedido de desculpas. Um sincero e profundo pedido de desculpas.
Desculpas por não ter conseguido entrar em sintonia com o seu momento mágico, compartilhar de sua felicidade e de sua realização instantânea. Um milhão de desculpas por ter permanecido inalterado em minhas emoções enquanto todos ao seu redor comungavam de sua alegria.
Quero me desculpar com você por sempre pensar mais a frente, por sempre reger minhas ações analisando o que elas influenciarão no futuro a médio e longo prazo. Acredito realmente que o momento presente é o que importa mas é através dele que garantimos o próximo momento, a próxima felicidade, a próxima tristeza.
Quero me desculpar também por este sentimento, por esta coisa que eu sei bem quantificar e dominar ao ponto de recolher para dentro de mim e deixar tudo como está, sem interferir no meio.
Quero que entenda que tem que ser assim e que as coisas, todas, têm o seu tempo. O tempo do homem e o tempo de Deus. O tempo do homem varia de acordo com sua educação e com seus conceitos de moral e ética, varia de acordo com o bonsenso e com a dignidade de cada pessoa. O tempo do homem varia de acordo com a relação risco x recompensa, o tempo do homem varia de acordo com o respeito às circunstâcias.
Para Deus, não há tempo, para Deus é só vontade.
São poucas as decisões que podemos tomar durante um único dia porém o acúmulo delas interferem de forma decisiva em nossas vidas e nas vidas das pessoas que nos cercam. As que vivem e as que viverão por conta destas. A responsabilidade funciona indiferente das alegrias e dificuldades. As responsabilidades não respeitam sorrisos e lágrimas. As responsabilidades não devem ser
desconsideradas, longe disso, elas devem ser pensadas, repensadas, planejadas e todas as suas consequências medidas. Ninguém provou que viver é fácil.
O mais interessante nisto tudo é que os efeitos que este pedido de desculpas proporcionarão serão os mais variados ao longo do tempo. À medida que o tempo for passando, que a experiência for acumulando e a vida mostrar como deve ser vivida, os significados das entrelinhas farão mais sentido que as palavras aqui escritas. As memórias aflorarão e enfim, em um futuro distante, tudo isto será significativo mesmo que hoje, não valha nada.
Desculpas por não ter conseguido entrar em sintonia com o seu momento mágico, compartilhar de sua felicidade e de sua realização instantânea. Um milhão de desculpas por ter permanecido inalterado em minhas emoções enquanto todos ao seu redor comungavam de sua alegria.
Quero me desculpar com você por sempre pensar mais a frente, por sempre reger minhas ações analisando o que elas influenciarão no futuro a médio e longo prazo. Acredito realmente que o momento presente é o que importa mas é através dele que garantimos o próximo momento, a próxima felicidade, a próxima tristeza.
Quero me desculpar também por este sentimento, por esta coisa que eu sei bem quantificar e dominar ao ponto de recolher para dentro de mim e deixar tudo como está, sem interferir no meio.
Quero que entenda que tem que ser assim e que as coisas, todas, têm o seu tempo. O tempo do homem e o tempo de Deus. O tempo do homem varia de acordo com sua educação e com seus conceitos de moral e ética, varia de acordo com o bonsenso e com a dignidade de cada pessoa. O tempo do homem varia de acordo com a relação risco x recompensa, o tempo do homem varia de acordo com o respeito às circunstâcias.
Para Deus, não há tempo, para Deus é só vontade.
São poucas as decisões que podemos tomar durante um único dia porém o acúmulo delas interferem de forma decisiva em nossas vidas e nas vidas das pessoas que nos cercam. As que vivem e as que viverão por conta destas. A responsabilidade funciona indiferente das alegrias e dificuldades. As responsabilidades não respeitam sorrisos e lágrimas. As responsabilidades não devem ser
O mais interessante nisto tudo é que os efeitos que este pedido de desculpas proporcionarão serão os mais variados ao longo do tempo. À medida que o tempo for passando, que a experiência for acumulando e a vida mostrar como deve ser vivida, os significados das entrelinhas farão mais sentido que as palavras aqui escritas. As memórias aflorarão e enfim, em um futuro distante, tudo isto será significativo mesmo que hoje, não valha nada.
terça-feira, 1 de abril de 2014
tudo ou nada
Posso não ser aquele anjo do Senhor que conhece a palavra e a propaga para as almas carentes das coisas de Deus.
Posso não ser aquele religioso que anseia pelo paraíso com todos os seus anjos e harpas, que anseia pela eternidade em uma terra sem dores, sem sofrimentos, sem ódios ou fome.
Posso não ser aquela pessoa que comunga em uma religião, em uma doutrina, cercado de fiéis e irmãos em Cristo, cantando, participando de campanhas, catequizando, caindo de joelhos perante um poder maior.
Posso não ser aquela pessoa que conhece todos os hinos, todas as músicas, todas as parábolas, sermões, salmos e histórias Bíblicas.
Enfim, posso não ser nada disso e ainda surpreender.
Posso surpreender pela minha fé, pela minha conduta, pela minha prontidão, disposição e fidelidade.
Posso lhe surpreender e ser a pessoa com a qual você poderá descarregar as palavras mais difíceis e as lágrimas mais amargas de sua vida. Posso ser a pessoa que saberá receber seus dias mais escuros da mesma forma como recebe seus sorrisos mais radiantes.
Posso ser a pessoa, a única, que estenderá a mão independente dos atos e julgamentos.
Posso ser a pessoa que silenciará nos momentos de maior combate e a que trará a palavra mais confortante nos momentos de desesperador silêncio.
Posso ser aquela pessoa que alimentará seu coração, que fará o sangue circular nas suas veias se algum dia as pessoas não mais acreditarem em você. Posso ser aquela pessoa que chegará primeiro com o entendimento e o perdão.
Posso ser forte como a rocha e suave como a seda. Posso ser o cão de guarda, fiel e companheiro.
Posso ser a lava do vulcão que esquentará seus dias mais frios da mesma forma que posso ser a brisa suave que refrescará seu corpo, bagunçará seus cabelos nos dias mais quentes.
Posso ser o que nunca estará longe, posso ser o confidente ideal, o cúmplice mais dedicado e o braço para suas noites de sono.
Posso ser a sua verdade mais difícil e complicada, posso ser o seu testemunho de fé. Posso ser o tudo e também posso ser o nada. E enfim você entenderá que realmente não cai uma folha de uma árvore se não for o propósito de Deus.
Posso não ser aquele religioso que anseia pelo paraíso com todos os seus anjos e harpas, que anseia pela eternidade em uma terra sem dores, sem sofrimentos, sem ódios ou fome.
Posso não ser aquela pessoa que comunga em uma religião, em uma doutrina, cercado de fiéis e irmãos em Cristo, cantando, participando de campanhas, catequizando, caindo de joelhos perante um poder maior.
Posso não ser aquela pessoa que conhece todos os hinos, todas as músicas, todas as parábolas, sermões, salmos e histórias Bíblicas.
Enfim, posso não ser nada disso e ainda surpreender.
Posso surpreender pela minha fé, pela minha conduta, pela minha prontidão, disposição e fidelidade.
Posso lhe surpreender e ser a pessoa com a qual você poderá descarregar as palavras mais difíceis e as lágrimas mais amargas de sua vida. Posso ser a pessoa que saberá receber seus dias mais escuros da mesma forma como recebe seus sorrisos mais radiantes.
Posso ser a pessoa, a única, que estenderá a mão independente dos atos e julgamentos.
Posso ser a pessoa que silenciará nos momentos de maior combate e a que trará a palavra mais confortante nos momentos de desesperador silêncio.
Posso ser aquela pessoa que alimentará seu coração, que fará o sangue circular nas suas veias se algum dia as pessoas não mais acreditarem em você. Posso ser aquela pessoa que chegará primeiro com o entendimento e o perdão.
Posso ser forte como a rocha e suave como a seda. Posso ser o cão de guarda, fiel e companheiro.
Posso ser o que nunca estará longe, posso ser o confidente ideal, o cúmplice mais dedicado e o braço para suas noites de sono.
Posso ser a sua verdade mais difícil e complicada, posso ser o seu testemunho de fé. Posso ser o tudo e também posso ser o nada. E enfim você entenderá que realmente não cai uma folha de uma árvore se não for o propósito de Deus.
domingo, 30 de março de 2014
Reticências
Onde está a moça das reticências e o que estará fazendo da sua vida?
O que a moça das reticências espera e de quem ela espera as palavras para completar suas frases, suas vontades, seus sonhos?
O que está fazendo a moça dos pontinhos neste momento? Em qual lugar ela está e onde seus pensamentos a levam?
As reticências são fantásticas pois expressam algo inacabado, expressam o mistério, o que está por vir. Elas são a essência do desejo, a vontade de continuar, os segredos que se revelarão.
As reticências são o contrário do ponto final, são a porta para a exclamação, a amiga íntima do ponto de interrogação. As reticências são o cronômetro da nossa língua pois marcam o tempo que a próxima palavra virá.
E ela virá?
De quem virá?
As reticências moldam os rostos, criam sorrisos e algumas vezes pesam os lábios com sua face de lamento, de choro. Elas acalmam e aceleram os corações.
As reticências às vezes confundem, outras explicam.
Onde estará a moça das reticências?
Moça das reticências, quantas vezes quis lhe dar exclamações!!!
Não espere tanto tempo por um ponto final de onde só vem interrogações...
O que a moça das reticências espera e de quem ela espera as palavras para completar suas frases, suas vontades, seus sonhos?
O que está fazendo a moça dos pontinhos neste momento? Em qual lugar ela está e onde seus pensamentos a levam?
As reticências são fantásticas pois expressam algo inacabado, expressam o mistério, o que está por vir. Elas são a essência do desejo, a vontade de continuar, os segredos que se revelarão.
As reticências são o contrário do ponto final, são a porta para a exclamação, a amiga íntima do ponto de interrogação. As reticências são o cronômetro da nossa língua pois marcam o tempo que a próxima palavra virá.
E ela virá?
De quem virá?
As reticências moldam os rostos, criam sorrisos e algumas vezes pesam os lábios com sua face de lamento, de choro. Elas acalmam e aceleram os corações.
As reticências às vezes confundem, outras explicam.
Onde estará a moça das reticências?
Moça das reticências, quantas vezes quis lhe dar exclamações!!!
Não espere tanto tempo por um ponto final de onde só vem interrogações...
quarta-feira, 26 de março de 2014
Não é pelo corpo
Ah... Deixa de ser boba e encare as coisas por um outro prisma, procure um outro ângulo menos previsível para enxergar ao seu redor. Não deveria ser assim tão comum, não deveria ser assim tão óbvio, tão corriqueiro. Olhe-se de fora para dentro e não como faz todos os dias, de dentro para fora. Não está no espelho a sua melhor face, a sua melhor pose.
Sabe, as pessoas são diferentes. Não são todas iguais. Não são todas que querem a mesma coisa sempre!!!
Se fosse assim, seria tudo tão entediante, seria tudo tão descolorido. O que seria das demais cores se fosse sempre ou o branco ou o preto? O que seriam das outras notas musicais se fossem só o dó e o sí? Quais são as certezas que mantemos dentro de nós até o fim?
Encarar a sí mesma como uma casca não é a melhor opção. Esquecer ou não reconhecer todo o seu conteúdo é depreciar o que tem de mais belo, é a prova da falta de confiança e conhecimento próprio. Encarar a sí mesma como outra qualquer definitivamente não é o que me atrai em você.
Dois de seus principais atributos são a sua história, de luta e de força, de responsabilidades prematuras, de vitórias e derrotas sem fim e as suas meias verdades.
Nesta história tudo aconteceu muito rápido, tudo passou em uma velocidade absurda e as decisões foram obrigatoriamente tomadas sem a chance de testar. Coragem e vontade de mudar, certeza de que a vida segue e que é preciso se libertar, crescer, amadurecer, viver. Gerar vida e tomar para sí aquelas responsabilidades que eram de outras pessoas.
Ah... não era para ser tudo neste tempo, não era para ser tudo de uma vez, com esta pressa toda.
Desacelerar, diminuir a velocidade e contemplar mais o que tem ao seu redor também faz parte da vida e traz para sí muitas outras verdades e até o resto das verdades incompletas.
Duas coisas só o tempo é capaz de trazer para nossa vida. Uma delas todos conhecem: A morte. A outra, todos acham que já tem. A verdade.
Amo esta forma como defende suas verdades, mesmo conhecendo apenas o que querem que conheça. Esta sua certeza, esta sua fidelidade nas suas verdades, esta forma como aposta todas as fichas em tudo o que acredita me fascina e incomoda. Incomoda pois não existe um lugar chamado verdade.
Moldamos a verdade de acordo com nossas conveniências e principalmente de acordo com nossos medos. A mesma verdade que nos dá força, nos prende e reprime.
A matemática é exata e perfeita. Depois do número oito vem o nove e depois o dez. Não se vai ao oitenta sem passar um por um todos os números.
E o que mais temos dentro de nós de belo a não ser nossas histórias e nossas verdades? Amar uma pessoa por conta de sua história, querer fazer parte dela, amar uma pessoa pelas suas verdades mesmo discordando delas, mesmo tendo outras verdades é um exercício que exclui qualquer corpo, qualquer casca que a pessoa esteja vestindo. Exclui o olhar, exclui o sorriso, exclui o modo displiscente de andar, exclui as formas, o cheiro, o toque da pele, o balançar dos cabelos.
O desejo de prover, de cuidar, orientar, participar, acompanhar, observar, contemplar e perpetuar vai muito além de uma simples casca, vai muito além de um simples corpo. Não era para acontecer.
Alimentar-se da simples presença, da simples existência é muito mais digno do que alimentar-se da posse.
Não, definitivamente, não é pelo corpo!
Sabe, as pessoas são diferentes. Não são todas iguais. Não são todas que querem a mesma coisa sempre!!!
Se fosse assim, seria tudo tão entediante, seria tudo tão descolorido. O que seria das demais cores se fosse sempre ou o branco ou o preto? O que seriam das outras notas musicais se fossem só o dó e o sí? Quais são as certezas que mantemos dentro de nós até o fim?
Encarar a sí mesma como uma casca não é a melhor opção. Esquecer ou não reconhecer todo o seu conteúdo é depreciar o que tem de mais belo, é a prova da falta de confiança e conhecimento próprio. Encarar a sí mesma como outra qualquer definitivamente não é o que me atrai em você.
Dois de seus principais atributos são a sua história, de luta e de força, de responsabilidades prematuras, de vitórias e derrotas sem fim e as suas meias verdades.
Nesta história tudo aconteceu muito rápido, tudo passou em uma velocidade absurda e as decisões foram obrigatoriamente tomadas sem a chance de testar. Coragem e vontade de mudar, certeza de que a vida segue e que é preciso se libertar, crescer, amadurecer, viver. Gerar vida e tomar para sí aquelas responsabilidades que eram de outras pessoas.
Ah... não era para ser tudo neste tempo, não era para ser tudo de uma vez, com esta pressa toda.
Desacelerar, diminuir a velocidade e contemplar mais o que tem ao seu redor também faz parte da vida e traz para sí muitas outras verdades e até o resto das verdades incompletas.
Duas coisas só o tempo é capaz de trazer para nossa vida. Uma delas todos conhecem: A morte. A outra, todos acham que já tem. A verdade.
Amo esta forma como defende suas verdades, mesmo conhecendo apenas o que querem que conheça. Esta sua certeza, esta sua fidelidade nas suas verdades, esta forma como aposta todas as fichas em tudo o que acredita me fascina e incomoda. Incomoda pois não existe um lugar chamado verdade.
Moldamos a verdade de acordo com nossas conveniências e principalmente de acordo com nossos medos. A mesma verdade que nos dá força, nos prende e reprime.
A matemática é exata e perfeita. Depois do número oito vem o nove e depois o dez. Não se vai ao oitenta sem passar um por um todos os números.
E o que mais temos dentro de nós de belo a não ser nossas histórias e nossas verdades? Amar uma pessoa por conta de sua história, querer fazer parte dela, amar uma pessoa pelas suas verdades mesmo discordando delas, mesmo tendo outras verdades é um exercício que exclui qualquer corpo, qualquer casca que a pessoa esteja vestindo. Exclui o olhar, exclui o sorriso, exclui o modo displiscente de andar, exclui as formas, o cheiro, o toque da pele, o balançar dos cabelos.
O desejo de prover, de cuidar, orientar, participar, acompanhar, observar, contemplar e perpetuar vai muito além de uma simples casca, vai muito além de um simples corpo. Não era para acontecer.
Alimentar-se da simples presença, da simples existência é muito mais digno do que alimentar-se da posse.
Não, definitivamente, não é pelo corpo!
sábado, 22 de março de 2014
sem título
Não gosto destas despedidas... Não gosto dos momentos em que cada um vai para o seu lado e segue sua vida.
Por mim eu ficaria mais um tempo, ia demorando um pouco mais a cada dia até que preencheria todas as suas vinte e quatro horas.
Se eu já gosto de sua proximidade, ainda mais da sua presença pois ela alegra a alma, o coração e os olhos.
Sua presença altera o tempo, confunde pensamentos, aguça curiosidade e faz minha cabeça trabalhar os três estágios do tempo em conjunto. Passado, presente e futuro. Não sei como mas estes estágios se fundem e se confundem. Misturam-se em minha cabeça, afligem minha alma enquanto meus olhos se encantam.
Não sei quais sinais eu emito quando estou sob a influência de sua presença. Já me peguei diversas vezes com um sorriso insistentemente idiota na cara... Já me peguei de boca aberta inconscientemente... Já me peguei até desviando o olhar, desesperadamente...
Não sei como as palavras chegam até seus ouvidos e são guardadas em sua alma. Não sei como você assimila e interpreta o que eu digo. A agonia desta incerteza me incomoda pois eu tenho a exata noção do tamanho das coisas que falo, das proporções que estas coisas podem tomar, das verdades escancaradas em todos os momentos. Existem várias verdades e algumas são conflitantes. Algumas verdades não coexistem, não habitam o mesmo espaço. Como provar que o B está certo se o A também está? Será que vale a verdade que chegou primeiro, a verdade mais fácil? Ou a maior verdade?
Não existe a maior verdade. a verdade é servida em tamanho único.
Não existe verdade maior ou menor mas existem escolhas. Escolhas definitivas.
Por mim eu ficaria mais um tempo, ia demorando um pouco mais a cada dia até que preencheria todas as suas vinte e quatro horas.
Se eu já gosto de sua proximidade, ainda mais da sua presença pois ela alegra a alma, o coração e os olhos.
Sua presença altera o tempo, confunde pensamentos, aguça curiosidade e faz minha cabeça trabalhar os três estágios do tempo em conjunto. Passado, presente e futuro. Não sei como mas estes estágios se fundem e se confundem. Misturam-se em minha cabeça, afligem minha alma enquanto meus olhos se encantam.
Não sei quais sinais eu emito quando estou sob a influência de sua presença. Já me peguei diversas vezes com um sorriso insistentemente idiota na cara... Já me peguei de boca aberta inconscientemente... Já me peguei até desviando o olhar, desesperadamente...
Não sei como as palavras chegam até seus ouvidos e são guardadas em sua alma. Não sei como você assimila e interpreta o que eu digo. A agonia desta incerteza me incomoda pois eu tenho a exata noção do tamanho das coisas que falo, das proporções que estas coisas podem tomar, das verdades escancaradas em todos os momentos. Existem várias verdades e algumas são conflitantes. Algumas verdades não coexistem, não habitam o mesmo espaço. Como provar que o B está certo se o A também está? Será que vale a verdade que chegou primeiro, a verdade mais fácil? Ou a maior verdade?
Não existe a maior verdade. a verdade é servida em tamanho único.
Não existe verdade maior ou menor mas existem escolhas. Escolhas definitivas.
quarta-feira, 19 de março de 2014
que
que o estar supere o querer
que o ser supere o ter
que o ontem justifique o amanhã
que o passado esteja presente
que a realidade supere o medo
que o amor supere o segredo
que o sim seja companheiro do não
que o não seja companheiro do sim
que o talvez não exista
que o talvez leve consigo o nunca
que o nunca conjugue doer
que o sempre conjugue o amar
que a certeza esteja sempre certa
que os nossos espaços não conflitem
que nossas palavras rimem
que nosso sonho não tenha um fim.
que nosso sonho tenha um enfim!
que o ser supere o ter
que o ontem justifique o amanhã
que o passado esteja presente
que a realidade supere o medo
que o amor supere o segredo
que o sim seja companheiro do não
que o não seja companheiro do sim
que o talvez não exista
que o talvez leve consigo o nunca
que o nunca conjugue doer
que o sempre conjugue o amar
que a certeza esteja sempre certa
que os nossos espaços não conflitem
que nossas palavras rimem
que nosso sonho não tenha um fim.
que nosso sonho tenha um enfim!
Felicidade circunstancial
Você é feliz?
Quase a totalidade das pessoas respondem afirmativamente quando esta pergunta é feita diretamente.
Claro, existe um espaço entre a pergunta e a resposta que pode durar poucos segundos até mesmo alguns minutos.
E o que acontece neste espaço de tempo que o arguído demora a responder?
Atrevo-me a dizer que durante este tempo, a pessoa para qual a pergunta foi feita estabelece uma balança em suas memórias e vai colocando em cada lado suas perdas e suas realizações, esperando que no fim a matemática encarregue-se de pender a balança mais para o lado das realizações.
O estado de espírito da pessoa naquele momento também conta para a composição da resposta mas basicamente a maneira como as pessoas analizam a vida a fim de dizerem se são felizes ou não é muito parecida.
Como as pessoas são todas favoráveis às suas próprias felicidades, cada realização é supervalorizada e cada perda é tratada com um conformismo sem fim. Atribuímos culta às circunstâncias, àquela frase comum "não era para ser meu", aquela outra frase mais comum ainda "Deus sabe o que faz", "coisas melhores vêm para mim" e até mesmo descontamos importância ao que queríamos e não conseguimos.
Enfim, realizamos um certo esforço, ajeitamos as arestas aqui e alí para no fim, com um sorriso amarelo no canto da boca, admitirmos que sim, somos felizes sim. Pouquíssimas pessoas assumem a infelicidade.
Mas e esta felicidade que admitimos? esta felicidade que propagamos? Como podemos caracterizá-la? Será que podemos simplesmente chamar de felicidade a diferença positiva entre o que deu certo do que deu errado? Seria a nossa felicidade uma felicidade circunstancial? Será que somos felizes apenas por imaginarmos que poderíamos estar pior?
Vivemos competindo por felicidade? Temos mesmo a necessidade de parecermos mais felizes perante as pessoas que conosco convivem? Será que as circunstâncias valem mais para medir a felicidade do que as realizações? Será que sabemos realmente o que são as realizações e o que são as ilusões do dia a dia?
Vejo várias pessoas presas em um presente circunstancialmente feliz justamente pelo fato de em um passado tudo ter se perdido, tudo era dor, tudo era sofrimento. vejo pessoas que não escalam a felicidade e nem sequer esboçam uma reação perante a estagnação do caminhar.
Pessoas param em fases da vida, deixam de caminhar para observar a estrada se movendo junto com o tempo, cada vez mais veloz, cada vez mais implacável.
E a lua não é mais observada, e os bons dias são ditos com cada vez menos frequência, cada vez com a voz mais automática, cada vez com menos sorriso nos lábios. E as flores, as árvores, os animais, as crianças, as paisagens são coisas que ficam só na lembrança, cada vez mais no fundo do baú.
Pessoas se fecham dentro de casa, dentro de bares, igrejas, escritórios, dentro de sí mesmas e com medo de o passado voltar, colam uma etiqueta na testa: Minha vida é perfeita e feliz!
A felicidade circunstancial!
Quase a totalidade das pessoas respondem afirmativamente quando esta pergunta é feita diretamente.
Claro, existe um espaço entre a pergunta e a resposta que pode durar poucos segundos até mesmo alguns minutos.
E o que acontece neste espaço de tempo que o arguído demora a responder?
Atrevo-me a dizer que durante este tempo, a pessoa para qual a pergunta foi feita estabelece uma balança em suas memórias e vai colocando em cada lado suas perdas e suas realizações, esperando que no fim a matemática encarregue-se de pender a balança mais para o lado das realizações.
O estado de espírito da pessoa naquele momento também conta para a composição da resposta mas basicamente a maneira como as pessoas analizam a vida a fim de dizerem se são felizes ou não é muito parecida.
Como as pessoas são todas favoráveis às suas próprias felicidades, cada realização é supervalorizada e cada perda é tratada com um conformismo sem fim. Atribuímos culta às circunstâncias, àquela frase comum "não era para ser meu", aquela outra frase mais comum ainda "Deus sabe o que faz", "coisas melhores vêm para mim" e até mesmo descontamos importância ao que queríamos e não conseguimos.
Enfim, realizamos um certo esforço, ajeitamos as arestas aqui e alí para no fim, com um sorriso amarelo no canto da boca, admitirmos que sim, somos felizes sim. Pouquíssimas pessoas assumem a infelicidade.
Mas e esta felicidade que admitimos? esta felicidade que propagamos? Como podemos caracterizá-la? Será que podemos simplesmente chamar de felicidade a diferença positiva entre o que deu certo do que deu errado? Seria a nossa felicidade uma felicidade circunstancial? Será que somos felizes apenas por imaginarmos que poderíamos estar pior?
Vivemos competindo por felicidade? Temos mesmo a necessidade de parecermos mais felizes perante as pessoas que conosco convivem? Será que as circunstâncias valem mais para medir a felicidade do que as realizações? Será que sabemos realmente o que são as realizações e o que são as ilusões do dia a dia?
Vejo várias pessoas presas em um presente circunstancialmente feliz justamente pelo fato de em um passado tudo ter se perdido, tudo era dor, tudo era sofrimento. vejo pessoas que não escalam a felicidade e nem sequer esboçam uma reação perante a estagnação do caminhar.
Pessoas param em fases da vida, deixam de caminhar para observar a estrada se movendo junto com o tempo, cada vez mais veloz, cada vez mais implacável.
E a lua não é mais observada, e os bons dias são ditos com cada vez menos frequência, cada vez com a voz mais automática, cada vez com menos sorriso nos lábios. E as flores, as árvores, os animais, as crianças, as paisagens são coisas que ficam só na lembrança, cada vez mais no fundo do baú.
Pessoas se fecham dentro de casa, dentro de bares, igrejas, escritórios, dentro de sí mesmas e com medo de o passado voltar, colam uma etiqueta na testa: Minha vida é perfeita e feliz!
A felicidade circunstancial!
segunda-feira, 17 de março de 2014
Ao pó voltarei
Esta casca que todos veem e com a qual eu transporto meus sentimentos, minhas considerações, minhas vontades, minhas idéias e meus sonhos um dia vai se acabar e voltarei ao pó de onde me originei.
Mas meus sentimentos, minhas considerações, vontades, idéias e sonhos não me acompanharão a este vértice. Minhas palavras lançadas ecoarão pela eternidade. Minhas palavras escritas permanecerão ao longo dos anos. Minhas atitudes terão modelado um sem número de pessoas pois é assim com todos. E assim será comigo.
Quem olha para minha casca sem ver minha alma, sem ler meus pensamentos, encontrará sempre um ambiente receptivo, amigável, confortável e bem disposto. Quem olhar para minha casca tem uma probabilidade de encontrar um sorriso em 95% das vezes. Quem precisa de mim aumenta suas chances para 100% de ter minha disposição. Basta merecer. Nem sou tão criterioso para escolher pessoas, nem sou tão fechado que não permita a aproximação. Sou envergonhado e faço de minha desenvoltura uma arma para lutar contra a vergonha de interagir com as pessoas.
Sou forjado sob o efeito da necessidade, da obrigatoriedade de interagir com os semelhantes. Falo bem, escrevo bem, concateno bem minhas idéias e tenho certa facilidade de me fazer entender e ser aceito no meio em que estou inserido.
Aprendí que pessoas não contém manuais de instruções. ninguém vem com legenda ou tecla sap.... precisamos meter a cara e decifrar as pessoas que estão nos rodeando. Não existe um momento ideal para isto ou aquilo. os momentos não dependem de nós.
Aliás, diante dos eventos da vida, nada depende de nós. Algumas pessoas entram em nossas vidas e saem delas sem qualquer efeito enquanto outras duram um segundo que vale por uma eternindade e outras pessoas que realmente se eternizam.
Os momentos são únicos e a forma como os tratamos acarretam um sem número de enredos diferentes. Um labirinto se forma após cada decisão que tomamos.
Quem olha para a minha casca não mede a minha solidão, não sabe o quanto cabe de vazio dentro de mim. Quem mede a minha solidão percebe que dela fiz amizade e a carrego como companheira pelas estradas por onde vou. Quem mede minha solidão sabe que agora a volta para casa é mais subjetiva do que prática. Volto sempre para mim, para meu conhecimento, para o meu amar.
Não pratico mais o meu amor. Pratico agora o meu amar!
Quem pratica o amor é mais egoísta, individualista, submisso e inseguro.
Quem pratica o amar é mais feliz, realizado, coletivo, seguro e centrado. Eu me amo e faço deste amor uma ponte para ser o que cada um quer que seu seja.
Quem olha para minha casca só vê o meu amor.
Quero que a partir de agora não olhem para minha casca. Olhem para minha alma, com os meus olhos. Quero que olhem para dentro de mim e vejam o meu amar.
Mas meus sentimentos, minhas considerações, vontades, idéias e sonhos não me acompanharão a este vértice. Minhas palavras lançadas ecoarão pela eternidade. Minhas palavras escritas permanecerão ao longo dos anos. Minhas atitudes terão modelado um sem número de pessoas pois é assim com todos. E assim será comigo.
Quem olha para minha casca sem ver minha alma, sem ler meus pensamentos, encontrará sempre um ambiente receptivo, amigável, confortável e bem disposto. Quem olhar para minha casca tem uma probabilidade de encontrar um sorriso em 95% das vezes. Quem precisa de mim aumenta suas chances para 100% de ter minha disposição. Basta merecer. Nem sou tão criterioso para escolher pessoas, nem sou tão fechado que não permita a aproximação. Sou envergonhado e faço de minha desenvoltura uma arma para lutar contra a vergonha de interagir com as pessoas.
Sou forjado sob o efeito da necessidade, da obrigatoriedade de interagir com os semelhantes. Falo bem, escrevo bem, concateno bem minhas idéias e tenho certa facilidade de me fazer entender e ser aceito no meio em que estou inserido.
Aprendí que pessoas não contém manuais de instruções. ninguém vem com legenda ou tecla sap.... precisamos meter a cara e decifrar as pessoas que estão nos rodeando. Não existe um momento ideal para isto ou aquilo. os momentos não dependem de nós.
Aliás, diante dos eventos da vida, nada depende de nós. Algumas pessoas entram em nossas vidas e saem delas sem qualquer efeito enquanto outras duram um segundo que vale por uma eternindade e outras pessoas que realmente se eternizam.
Os momentos são únicos e a forma como os tratamos acarretam um sem número de enredos diferentes. Um labirinto se forma após cada decisão que tomamos.
Quem olha para a minha casca não mede a minha solidão, não sabe o quanto cabe de vazio dentro de mim. Quem mede a minha solidão percebe que dela fiz amizade e a carrego como companheira pelas estradas por onde vou. Quem mede minha solidão sabe que agora a volta para casa é mais subjetiva do que prática. Volto sempre para mim, para meu conhecimento, para o meu amar.
Não pratico mais o meu amor. Pratico agora o meu amar!
Quem pratica o amor é mais egoísta, individualista, submisso e inseguro.
Quem pratica o amar é mais feliz, realizado, coletivo, seguro e centrado. Eu me amo e faço deste amor uma ponte para ser o que cada um quer que seu seja.
Quem olha para minha casca só vê o meu amor.
Quero que a partir de agora não olhem para minha casca. Olhem para minha alma, com os meus olhos. Quero que olhem para dentro de mim e vejam o meu amar.
sábado, 15 de março de 2014
A borboleta que não saiu do casulo - ou - Eterna crisálida
O que nos separa das coisas que queremos?
Quão distante estamos de nossos objetivos ou de nossos desejos?
O que nos impede de realizarmos nossas vontades?
Analisando a situação, podemos identificar várias escalas de medidas que justificam a distância entre nós e o nosso desejo. A escala mais comum é a distância física que pode ser resolvida em uma caminhada, uma viagem, uma pedalada, um vôo. Basta disposição! Não podemos deixar que metros ou quilômetros nos separem de nossos desejos.
Outra escala é a monetária. As vezes reais, dólares ou euros nos separam de nossos sonhos. Impossibilitam a realização de desejos, a aquisição de coisas que gostaríamos de ter e somos obrigados a deixar de lado por conta do poder aquisitivo.
Isto se resolve com trabalho e determinação. (sempre é bom ressaltar que não faz bem sonhar sonhos impossíveis). Não podemos deixar que cifras nos separem de nossos desejos.
As variáveis distância física e recursos financeiros são as mais simples. São as mais fáceis.
As variáveis subjetivas é que são as mais complicadas. Moral, costume, preconceito, medo, compromissos, opiniões alheias dentre outras não dependem apenas de nós. Dependem do meio em que estamos inseridos, dependem de fatores passados, dependem de terceiros, de família, de relacionamentos, enfim!!! Cansa!
Agora, uma destas escalas se sobressai em relação a atingirmos um objetivo. O tempo. Esta é uma variável que se mede em contagem regressiva. É a variável que, mesmo sem fazermos nada ou, mesmo nos esforçando ao máximo para derrubar as demais, sempre nos distancia do que queremos. O tempo não é infinito. Não o nosso tempo, não as nossas oportunidades.
O tempo é sempre medido em dobro quando relacionado a algo que queremos. Um segundo se passa e outro se perde quando não fazemos algo. Quando acordamos, já se foi, já passou, já está tão distante que o espaço é impercorrível, o dinheiro insuficiente e as variáveis subjetivas nem importam mais pois não há mais vida. Não há mais energia. O sonho se foi.
É como aquela borboleta que decidiu deixar de ser lagarta. Tão determinada, entrou em fase de crisálida*, ficou dentro de seu casulo esperando o momento certo para voar. De tão certa que seria bela, de tão convicta que alcançaria distantes jardins, esperou, esperou, esperou. Sempre o momento mais ideal, sempre a hora certa. E esperou, esperou, esperou! teve medo, no casulo ficou... Esperou, esperou e esperou. E jamais, mesmo bela, voou!
Não sejamos eternas crisálidas. Há um tempo de metamorfose, há um tempo para nos transformarmos mas também há o tempo de sair e buscar novos voos. Se estamos completos, se estamos preparados, apenas quebrando o casulo saberemos!
Muitas vezes nosso futuro está no passado.
* Envolta no casulo, e em ''estágio de repouso''.
Quão distante estamos de nossos objetivos ou de nossos desejos?
O que nos impede de realizarmos nossas vontades?
Analisando a situação, podemos identificar várias escalas de medidas que justificam a distância entre nós e o nosso desejo. A escala mais comum é a distância física que pode ser resolvida em uma caminhada, uma viagem, uma pedalada, um vôo. Basta disposição! Não podemos deixar que metros ou quilômetros nos separem de nossos desejos.
Outra escala é a monetária. As vezes reais, dólares ou euros nos separam de nossos sonhos. Impossibilitam a realização de desejos, a aquisição de coisas que gostaríamos de ter e somos obrigados a deixar de lado por conta do poder aquisitivo.
Isto se resolve com trabalho e determinação. (sempre é bom ressaltar que não faz bem sonhar sonhos impossíveis). Não podemos deixar que cifras nos separem de nossos desejos.
As variáveis distância física e recursos financeiros são as mais simples. São as mais fáceis.
As variáveis subjetivas é que são as mais complicadas. Moral, costume, preconceito, medo, compromissos, opiniões alheias dentre outras não dependem apenas de nós. Dependem do meio em que estamos inseridos, dependem de fatores passados, dependem de terceiros, de família, de relacionamentos, enfim!!! Cansa!
Agora, uma destas escalas se sobressai em relação a atingirmos um objetivo. O tempo. Esta é uma variável que se mede em contagem regressiva. É a variável que, mesmo sem fazermos nada ou, mesmo nos esforçando ao máximo para derrubar as demais, sempre nos distancia do que queremos. O tempo não é infinito. Não o nosso tempo, não as nossas oportunidades.
O tempo é sempre medido em dobro quando relacionado a algo que queremos. Um segundo se passa e outro se perde quando não fazemos algo. Quando acordamos, já se foi, já passou, já está tão distante que o espaço é impercorrível, o dinheiro insuficiente e as variáveis subjetivas nem importam mais pois não há mais vida. Não há mais energia. O sonho se foi.
É como aquela borboleta que decidiu deixar de ser lagarta. Tão determinada, entrou em fase de crisálida*, ficou dentro de seu casulo esperando o momento certo para voar. De tão certa que seria bela, de tão convicta que alcançaria distantes jardins, esperou, esperou, esperou. Sempre o momento mais ideal, sempre a hora certa. E esperou, esperou, esperou! teve medo, no casulo ficou... Esperou, esperou e esperou. E jamais, mesmo bela, voou!
Não sejamos eternas crisálidas. Há um tempo de metamorfose, há um tempo para nos transformarmos mas também há o tempo de sair e buscar novos voos. Se estamos completos, se estamos preparados, apenas quebrando o casulo saberemos!
Muitas vezes nosso futuro está no passado.
* Envolta no casulo, e em ''estágio de repouso''.
quinta-feira, 13 de março de 2014
Olhos fechados
São os olhos fechados que me trazem as suas melhores imagens pois já está gravado em minha retina o seu semblante com todas as suas variações. Parece que já conheço cada expressão que se multiplica efusivamente em seu rosto, alegria, raiva, tristeza, dor, vergonha, curiosidade, prazer, medo e pecado.
E nesta escuridão gostosa proporcionada pelos meus olhos fechados, neste mundo que eu crio e que é meu reino, onde eu escolho a cada instante o seu melhor semblante, vou pavimentando caminhos, construindo castelos, saboreando todos os sonhos que me permito sonhar e dentro de cada um deles um espaço especial para você. Já não consigo sonhar se não for desta forma. É inevitável.
E a escuridão tráz muito além de seu semblante. O seu caminhar lento, despercebido e despretencioso, o balanço de seus cabelos soltos, esvoaçantes e irriquietos acompanhando seus passos, descompassando os meus.
A sua boca emite palavras que eu não entendo por que não ouço. Ou se ouço, não gravo por que me perco em meio aos seus lábios quando se movem. Amo o formato e o movimento de sua boca confusa, muitas vezes vermelha, tantas outras rosa. Ouço suas palavras com os olhos e isto já me basta, me encanta.
Procuro não pintar nenhuma figura além das que eu conheço para não me perder em outras imagens não capturadas. Atenho-me à realidade para que o desejo não ultrapasse a razão pondo em risco os meus planos.
E é alí, no mundo que existe atrás de minhas pálpebras que eu caminho de mãos dadas com você. Onde eu me sento na grama de um parque no fim da tarde esperando anoitecer acariciando seus cabelos por horas sem fim.
Hebert Viana - Paralamas do sucesso
Olhos fechados
Pra te encontrar
Não estou ao seu lado
Mas posso sonhar
Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá
Não sei bem certo
Se é só ilusão
Se é você já perto
Se é intuição
Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá
Longe daqui
Longe de tudo
Meus sonhos vão te buscar
Volta pra mim
Vem pro meu mundo
Eu sempre vou te esperar
Não sei bem certo
Se é só ilusão
Se é você já perto
Se é intuição
Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá
E nesta escuridão gostosa proporcionada pelos meus olhos fechados, neste mundo que eu crio e que é meu reino, onde eu escolho a cada instante o seu melhor semblante, vou pavimentando caminhos, construindo castelos, saboreando todos os sonhos que me permito sonhar e dentro de cada um deles um espaço especial para você. Já não consigo sonhar se não for desta forma. É inevitável.
E a escuridão tráz muito além de seu semblante. O seu caminhar lento, despercebido e despretencioso, o balanço de seus cabelos soltos, esvoaçantes e irriquietos acompanhando seus passos, descompassando os meus.
A sua boca emite palavras que eu não entendo por que não ouço. Ou se ouço, não gravo por que me perco em meio aos seus lábios quando se movem. Amo o formato e o movimento de sua boca confusa, muitas vezes vermelha, tantas outras rosa. Ouço suas palavras com os olhos e isto já me basta, me encanta.
Procuro não pintar nenhuma figura além das que eu conheço para não me perder em outras imagens não capturadas. Atenho-me à realidade para que o desejo não ultrapasse a razão pondo em risco os meus planos.
E é alí, no mundo que existe atrás de minhas pálpebras que eu caminho de mãos dadas com você. Onde eu me sento na grama de um parque no fim da tarde esperando anoitecer acariciando seus cabelos por horas sem fim.
Hebert Viana - Paralamas do sucesso
Olhos fechados
Pra te encontrar
Não estou ao seu lado
Mas posso sonhar
Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá
Não sei bem certo
Se é só ilusão
Se é você já perto
Se é intuição
Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá
Longe daqui
Longe de tudo
Meus sonhos vão te buscar
Volta pra mim
Vem pro meu mundo
Eu sempre vou te esperar
Não sei bem certo
Se é só ilusão
Se é você já perto
Se é intuição
Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá
terça-feira, 11 de março de 2014
Ela
Ele não imaginava que isso fosse acontecer novamente. Aliás, ele nem se lembrava de como isso era no passado pois já fazia um bom tempo desde a última vez. Apenas uma leve sensação de que algo estava mudando definitivamente. Um calafrio percorreu seu corpo como sinal de pressentimento.
O primeiro sinal desta mudança era a desconexão do tempo.
As horas perderam a igualdade entre sí; Algumas pareceiam durar mais e outras passavam como se fossem segundos ou até mesmo menos que um segundo, um único instante. Alguns dias pareciam não ter fim enquanto outros emendavam o raiar do sol com o anoitecer.
Uma confusão mental estabeleceu-se em sua cabeça. Por que isto estava acontecendo com o tempo? Por que as horas não eram medidas iguais? Quem estava alterando o seu relógio?
E sem perceber o seu espaço físico também sofreu alterações e as sensações de prazer e desconforto deixaram de ser estabelecidas conforme calor, frio, sono, dor, amplitude, fome e saciedade. As mais aprazíveis manhãs de domingo já não eram garantia de felicidade da mesma forma que uma tempestade fria tinha seus encantos. Ele via-se sem fome diante de um banquete enquanto palavras ou até mesmo um simples sorriso ou um olhar o alimentavam por dias.
Definitivamente algo estava acontecendo. Claro que algo estava acontecendo. Estava evidente mas os sentidos não o deixavam concatenar e identificar que todas estas mudanças estavam diretamente ligadas a um só motivo.
E foi assim meio que com medo, meio que com encanto que ele foi se adaptando a estas mudanças, deixando que as horas tivessem o tempo que quisessem ter, deixando que seus sentidos se manifestassem da forma como quisessem, incomodando em um momendo, fazendo cócegas em outro.
Aquele Déjà vu cada vez mais constante alterado apenas em seu personagem principal o fazia imaginar com frequência o mesmo rosto, o fazia ouvir sempre a mesma voz e então a razão bate-lhe avassaladoramente a face despertando-o da letargia que o atingira faz anos.E uma voz inconsciente ensurdece seus ouvidos gritando dentro dele. É ELA!!! Acorda! Aconteceu de novo! Mexa-se!
E só então ele percebeu que por mais que lutara contra, por mais forte que parecera estar, por mais certeza que tivera que tudo estava sob controle e que não deixaria se levar novamente pelas sutilezas das pessoas, encontrava-se preso neste labirinto tão comum.
E foi aí que ele, depois de libertar-se do passado, passou a ter pressa pelo futuro. Uma pressa saudável, sonhadora, com planos e bases. Um futuro que já não tinha tantas expectativas mostrou-se, revelou-se verdadeiro e amplo.
Então seria isto o amor? Foi a pergunta que ele mesmo se fez. E a pergunta trouxe uma resposta inesperada. O amor é diferente. O amor não se repete. O amor é sempre novo. Mais forte. Mais maduro, mais sensato e mais desafiador. O amor é mais verdadeiro e independente.
Simples assim, tudo passou a fazer sentido, desde a loucura das horas até a inconstância dos dias, pois cada coisa estava ligada a uma só pessoa. Ela.
O primeiro sinal desta mudança era a desconexão do tempo.
As horas perderam a igualdade entre sí; Algumas pareceiam durar mais e outras passavam como se fossem segundos ou até mesmo menos que um segundo, um único instante. Alguns dias pareciam não ter fim enquanto outros emendavam o raiar do sol com o anoitecer.
Uma confusão mental estabeleceu-se em sua cabeça. Por que isto estava acontecendo com o tempo? Por que as horas não eram medidas iguais? Quem estava alterando o seu relógio?
E sem perceber o seu espaço físico também sofreu alterações e as sensações de prazer e desconforto deixaram de ser estabelecidas conforme calor, frio, sono, dor, amplitude, fome e saciedade. As mais aprazíveis manhãs de domingo já não eram garantia de felicidade da mesma forma que uma tempestade fria tinha seus encantos. Ele via-se sem fome diante de um banquete enquanto palavras ou até mesmo um simples sorriso ou um olhar o alimentavam por dias.
Definitivamente algo estava acontecendo. Claro que algo estava acontecendo. Estava evidente mas os sentidos não o deixavam concatenar e identificar que todas estas mudanças estavam diretamente ligadas a um só motivo.
E foi assim meio que com medo, meio que com encanto que ele foi se adaptando a estas mudanças, deixando que as horas tivessem o tempo que quisessem ter, deixando que seus sentidos se manifestassem da forma como quisessem, incomodando em um momendo, fazendo cócegas em outro.
Aquele Déjà vu cada vez mais constante alterado apenas em seu personagem principal o fazia imaginar com frequência o mesmo rosto, o fazia ouvir sempre a mesma voz e então a razão bate-lhe avassaladoramente a face despertando-o da letargia que o atingira faz anos.E uma voz inconsciente ensurdece seus ouvidos gritando dentro dele. É ELA!!! Acorda! Aconteceu de novo! Mexa-se!
E só então ele percebeu que por mais que lutara contra, por mais forte que parecera estar, por mais certeza que tivera que tudo estava sob controle e que não deixaria se levar novamente pelas sutilezas das pessoas, encontrava-se preso neste labirinto tão comum.
E foi aí que ele, depois de libertar-se do passado, passou a ter pressa pelo futuro. Uma pressa saudável, sonhadora, com planos e bases. Um futuro que já não tinha tantas expectativas mostrou-se, revelou-se verdadeiro e amplo.
Então seria isto o amor? Foi a pergunta que ele mesmo se fez. E a pergunta trouxe uma resposta inesperada. O amor é diferente. O amor não se repete. O amor é sempre novo. Mais forte. Mais maduro, mais sensato e mais desafiador. O amor é mais verdadeiro e independente.
Simples assim, tudo passou a fazer sentido, desde a loucura das horas até a inconstância dos dias, pois cada coisa estava ligada a uma só pessoa. Ela.
domingo, 9 de março de 2014
Deus
Existem vários Deuses justamente por existirem vários povos e várias culturas. Existem vários Deuses por que antes a distância entre os povos era grande e quase intransponível. Existem vários Deuses por que não havia antes a globalização.
Existem várias formas de cultuar o mesmo Deus pois existem vários interesses, existem várias formas de adoração por que existem pessoas dispostas a submissão. Existem várias igrejas por que existem várias interpretações da mesma escrita, existem conveniências sobre estas interpretações.
Segundo a Palavra, não há uma folha que caia de uma árvore senão pela Sua vontade.
Então por que as pessoas ao direcionarem suas preces geralmente o fazem para pedir algo? Por que as pessoas pedem para Deus parar algo ou Deus começar algo ao invés de pedir entendimento? Por que as pessoas não entram pelas portas abertas pelo seu Deus de olhos fechados e corações abertos? Por que pessoas adoram tanto a sua existencia e relutam tanto diante de Suas vontades?
Por que pessoas submetem suas vontades dentro de templos, igrejas, santuários aos pseudos emissários da Palavra uma vez que esta está escrita e é acessível para todos?
Por que não direto a Ele e sim um atalho?
Ao longo da história vimos diversas conversões, diversas vidas sendo salvas, pessoas sendo arrebatadas e historias sendo reescritas em nome do Senhor. Ao longo da história vimos diversas carnificinas, diversos suicícios em massa, diversas opressões e domínios de nações inteiras pela mesma força! A fé.
Precisamos da fé, precisamos de nos submeter ao desconhecido, precisamos ter regras e limites para além da vida caso contrário a própria vida não teria sentido, não teria limites, não teria moral. Não fossem os limites da fé e o temor ao desconhecido, a vida não valeria absolutamente nada.
O que difere a fé é justamente os que detêm a Palavra, os que a propagam, os que a divulgam. O que difere a fé é a força com que o adepto é arrebatado pelo seu Pastor, Padre, Diácono, Monge, Presbítero dentre tantos outros cargos e nomeclaturas.
Este texto não é para discutir a existência Deste ou de outro Deus. Este texto não é para discutir a existência após a morte e nem delimitar as fronteiras entre o céu e o inferno, entre o fim e a eternidade.
Este texto é apenas para colocar um ponto de vista que eu tenho.
Não peça para Deus tirar da sua vida aquilo que Ele mesmo colocou. Peça apenas para que Ele lhe dê paciência, força e entendimento pelo que virá a frente. Por menos sentido que faça, por mais estranho que pareça, por mais improvável, existe um propósito para todas as Suas ações. O ferro é forjado no fogo e na força.
Em todas as religioões, em todas as doutrinas, somos filhos de Deus. E, sendo filhos Dele, não há nenhum laço superior, não há um representante para levar nossos desejos, nossos agradecimentos e nossas súplicas a Ele senão nós mesmos.

Existem várias formas de cultuar o mesmo Deus pois existem vários interesses, existem várias formas de adoração por que existem pessoas dispostas a submissão. Existem várias igrejas por que existem várias interpretações da mesma escrita, existem conveniências sobre estas interpretações.
Segundo a Palavra, não há uma folha que caia de uma árvore senão pela Sua vontade.
Então por que as pessoas ao direcionarem suas preces geralmente o fazem para pedir algo? Por que as pessoas pedem para Deus parar algo ou Deus começar algo ao invés de pedir entendimento? Por que as pessoas não entram pelas portas abertas pelo seu Deus de olhos fechados e corações abertos? Por que pessoas adoram tanto a sua existencia e relutam tanto diante de Suas vontades?
Por que pessoas submetem suas vontades dentro de templos, igrejas, santuários aos pseudos emissários da Palavra uma vez que esta está escrita e é acessível para todos?
Por que não direto a Ele e sim um atalho?
Ao longo da história vimos diversas conversões, diversas vidas sendo salvas, pessoas sendo arrebatadas e historias sendo reescritas em nome do Senhor. Ao longo da história vimos diversas carnificinas, diversos suicícios em massa, diversas opressões e domínios de nações inteiras pela mesma força! A fé.
Precisamos da fé, precisamos de nos submeter ao desconhecido, precisamos ter regras e limites para além da vida caso contrário a própria vida não teria sentido, não teria limites, não teria moral. Não fossem os limites da fé e o temor ao desconhecido, a vida não valeria absolutamente nada.
O que difere a fé é justamente os que detêm a Palavra, os que a propagam, os que a divulgam. O que difere a fé é a força com que o adepto é arrebatado pelo seu Pastor, Padre, Diácono, Monge, Presbítero dentre tantos outros cargos e nomeclaturas.
Este texto não é para discutir a existência Deste ou de outro Deus. Este texto não é para discutir a existência após a morte e nem delimitar as fronteiras entre o céu e o inferno, entre o fim e a eternidade.
Este texto é apenas para colocar um ponto de vista que eu tenho.
Não peça para Deus tirar da sua vida aquilo que Ele mesmo colocou. Peça apenas para que Ele lhe dê paciência, força e entendimento pelo que virá a frente. Por menos sentido que faça, por mais estranho que pareça, por mais improvável, existe um propósito para todas as Suas ações. O ferro é forjado no fogo e na força.
Em todas as religioões, em todas as doutrinas, somos filhos de Deus. E, sendo filhos Dele, não há nenhum laço superior, não há um representante para levar nossos desejos, nossos agradecimentos e nossas súplicas a Ele senão nós mesmos.
quarta-feira, 5 de março de 2014
Madre Teresa
Madre Teresa de Calcutá muito sabiamente disse certa vez: "quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las".
Acredito na força das palavras proferidas por esta grande figura da humanidade que com sua bondade e força infinitas dedicou uma vida para cuidar de tantas outras porém arrisco a dizer que se talvez o verbo julgar nesta frase fosse trocado para o verbo condenar, o sentido seria mais objetivo.
Faço uma adaptação desta frase então para: quem condena as pessoas não tem tempo para amá-las.
Mesmo assim, mesmo com esta mudança, a frase ainda seria interpretativa. Olhamos o contexto apenas sob o prisma do réu e não do juiz, não dos jurados.
Haverá sempre pois sempre houve, dois lados de uma mesma história. Haverá sempre o avesso do avesso, do avesso - parafraseando Caetano Veloso!
Há sempre um motivo para um julgamento, há sempre uma função para o juiz e o jurado. Há sempre uma ascensão destes sobre o réu. Não sou jurista, não advoco porém há de se levar em consideração as prerrogativas dos cargos.
Acredito que não havia outra intenção nas palavras doces de Madre Teresa senão manifestar o seu desejo de que todas as pessoas fossem mais amorosas e menos acusativas, mais comunitárias e menos individualistas. Acredito que Madre Teresa gostaria que o mundo fosse mais contemplativo e solidário, mais condescendente, mais fraterno.
Os atos dos iguais são julgados o tempo todo. Muitas vezes pessoas mais velhas julgam as mais novas não por falta de amor e sim ao contrário. Incurtir pena muitas vezes pode ser a redenção de um ser. A pena educativa também advém de um julgamento. Acredito que em alguns casos, a dor do julgamento dói mais no juiz do que dói no réu.
Mães e pais julgam seus filhos não por não amá-los mas sim para provê-los de caminhos mais corretos. Conjuges que se amam se julgam para fortalecer os laços de união da família,
O que não podemos permitir é que pessoas usurpem o cargo de juízes para encobrir as suas incapacidades de amar.
Acredito na força das palavras proferidas por esta grande figura da humanidade que com sua bondade e força infinitas dedicou uma vida para cuidar de tantas outras porém arrisco a dizer que se talvez o verbo julgar nesta frase fosse trocado para o verbo condenar, o sentido seria mais objetivo.
Faço uma adaptação desta frase então para: quem condena as pessoas não tem tempo para amá-las.
Mesmo assim, mesmo com esta mudança, a frase ainda seria interpretativa. Olhamos o contexto apenas sob o prisma do réu e não do juiz, não dos jurados.
Haverá sempre pois sempre houve, dois lados de uma mesma história. Haverá sempre o avesso do avesso, do avesso - parafraseando Caetano Veloso!
Há sempre um motivo para um julgamento, há sempre uma função para o juiz e o jurado. Há sempre uma ascensão destes sobre o réu. Não sou jurista, não advoco porém há de se levar em consideração as prerrogativas dos cargos.
Acredito que não havia outra intenção nas palavras doces de Madre Teresa senão manifestar o seu desejo de que todas as pessoas fossem mais amorosas e menos acusativas, mais comunitárias e menos individualistas. Acredito que Madre Teresa gostaria que o mundo fosse mais contemplativo e solidário, mais condescendente, mais fraterno.
Os atos dos iguais são julgados o tempo todo. Muitas vezes pessoas mais velhas julgam as mais novas não por falta de amor e sim ao contrário. Incurtir pena muitas vezes pode ser a redenção de um ser. A pena educativa também advém de um julgamento. Acredito que em alguns casos, a dor do julgamento dói mais no juiz do que dói no réu.
Mães e pais julgam seus filhos não por não amá-los mas sim para provê-los de caminhos mais corretos. Conjuges que se amam se julgam para fortalecer os laços de união da família,
O que não podemos permitir é que pessoas usurpem o cargo de juízes para encobrir as suas incapacidades de amar.
Sexo e preguiça
Ora o que move nossa existência? Quais nossos principais desejos a serem realizados ao longo da vida? Por que trabalhamos tanto? Por que nos esforçamos anos e anos?
Se fizermos uma análise macro de todas as variáveis e todos os tipos de pessoas e situações, vamos observar que vivemos, trabalhamos, nos esforçamos por dois principais objetivos. O primeiro é o acúmulo de riquesas, de bens, sejam eles quais forem.
Trabalhamos objetivando o conforto, o bem estar, a preguiça merecedora. Trabalhamos para encurtar esforços, para ter um lugar melhor, uma casa mais ampla, com móveis melhores, eletrodomésticos mais avançados, conforto, sossego, paz e tranquilidade.
Trabalhamos e vamos crescendo em nossos cargos, em nossas empresas, em nossas carreiras, objetivando melhor status, um carro moderno atrás do outro, posições de mais destaque, renome, fama e sucesso.
Muito na moda hoje em dia, a palavra OSTENTAÇÃO é via de regra na existência de todos os seres humanos. E o que ela significa? Aliás, não importa o seu significado e sim a ação que a palavra expressa pois dela advém o motivo de nossa existência, ou melhor, um deles, ou ainda, o melhor deles.
Vivemos além do conforto, pelo sexo. Vivemos pela conquista. Vivemos pelo flerte, vivemos pela perpetuação da espécie, vivemos pelo acúmulo de parceiros sexuais, vivemos pelo prazer. Vivemos pela carne.
Ostentamos corpos, ostentamos bens, ostentamos conhecimento, ostentamos poder justamente com o objetivo de relações sexuais.
Os mais românticos dirão que buscam uma única alma gêmea, os mais práticos dirão que o prazer da conquista vale mais que uma relação duradoura porém o objetivo é sempre o mesmo. Relações sexuais.
A nossa independência, a nossa afirmação pessoal é justificada por estes dois itens. A segurança sexual e o sossego material, a preguiça. Nos esforçamos uma vida inteira justamente objetivando descançar quando justamente o corpo já não aguenta mais os esforços homéricos do dia a dia cada vez mais estafante e pesado.
Obviamente que vários aspectos foram desconsiderados nesta minha humilde dissertação tais como fatores sociais, econômicos, culturais e religiosos. Claro que cada grupo de pessoas age por modelos estabelecidos nos anos de convívio porém a base de tudo é isto mesmo. Desde o início da caminhada humana sobre a terra, descanço e sexo sempre foram nossos primeiros objetivos.
Admitindo isso como premissa, muita coisa se justifica...
Amamos o que desejamos com a mesma intensidade que amamos o que já temos?
Se fizermos uma análise macro de todas as variáveis e todos os tipos de pessoas e situações, vamos observar que vivemos, trabalhamos, nos esforçamos por dois principais objetivos. O primeiro é o acúmulo de riquesas, de bens, sejam eles quais forem.
Trabalhamos objetivando o conforto, o bem estar, a preguiça merecedora. Trabalhamos para encurtar esforços, para ter um lugar melhor, uma casa mais ampla, com móveis melhores, eletrodomésticos mais avançados, conforto, sossego, paz e tranquilidade.
Trabalhamos e vamos crescendo em nossos cargos, em nossas empresas, em nossas carreiras, objetivando melhor status, um carro moderno atrás do outro, posições de mais destaque, renome, fama e sucesso.
Muito na moda hoje em dia, a palavra OSTENTAÇÃO é via de regra na existência de todos os seres humanos. E o que ela significa? Aliás, não importa o seu significado e sim a ação que a palavra expressa pois dela advém o motivo de nossa existência, ou melhor, um deles, ou ainda, o melhor deles.
Vivemos além do conforto, pelo sexo. Vivemos pela conquista. Vivemos pelo flerte, vivemos pela perpetuação da espécie, vivemos pelo acúmulo de parceiros sexuais, vivemos pelo prazer. Vivemos pela carne.
Ostentamos corpos, ostentamos bens, ostentamos conhecimento, ostentamos poder justamente com o objetivo de relações sexuais.
Os mais românticos dirão que buscam uma única alma gêmea, os mais práticos dirão que o prazer da conquista vale mais que uma relação duradoura porém o objetivo é sempre o mesmo. Relações sexuais.
A nossa independência, a nossa afirmação pessoal é justificada por estes dois itens. A segurança sexual e o sossego material, a preguiça. Nos esforçamos uma vida inteira justamente objetivando descançar quando justamente o corpo já não aguenta mais os esforços homéricos do dia a dia cada vez mais estafante e pesado.
Obviamente que vários aspectos foram desconsiderados nesta minha humilde dissertação tais como fatores sociais, econômicos, culturais e religiosos. Claro que cada grupo de pessoas age por modelos estabelecidos nos anos de convívio porém a base de tudo é isto mesmo. Desde o início da caminhada humana sobre a terra, descanço e sexo sempre foram nossos primeiros objetivos.
Admitindo isso como premissa, muita coisa se justifica...
Amamos o que desejamos com a mesma intensidade que amamos o que já temos?
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Sexo dos anjos
Incrível mas pela primeira vez desde que eu criei este blog me sinto preso e censurado. Pela primeira vez depois de mais de trezentos textos expondo minhas idéias e meus pensamentos, não posso escrever o que realmente quero e sinto. Nem mesmo nos momentos mais difíceis quando o vida em ebulição passava por um processo judicial eu me sentí assim, sem condições de expressar meus sentimentos.
Me contenho e reprimo minhas palavras não por vergonha ou egoísmo pois sempre compartilhei aqui todas as minhas emoções e sempre fui verdadeiro em minhas colocações mas desta vez o gosto é diferente.
Existe o senso de responsabilidade e a certeza de que de certa forma colocaria em risco alguém que nunca faria mal. Alguém que nasceu a tão pouco tempo em minha vida mas já tem dela um grande pedaço de tempo.
A nossa vida é assim mesmo. Pessoas nascem e morrem dentro dela continuamente. E como eu comemoro este recente nascimento, como eu gosto dele! Como me faz bem.
Acredito que existe um propósito nisto tudo da mesma forma que acredito que duas verdades, mesmo que conflitantes, possam coexistir. Ninguém sabe ao certo o que é certo. Ninguém saberá dizer o sabor do doce senão sorvendo.
A quem interessa o bem se este não for para todos? E o que é o bem nesta história absurda?
Não há o verdadeiro bem ou o bem falso.
Como na música de Vanessa da Matta "há um desencontro, veja por este ponto, há tantas pessoas especiais".
That's it There's no way. It's over, good luck - É só isso, não tem mais jeito, acabou, boa sorte!
E nada será como antes, e algo realmente muda dentro de nós todos os dias. Novos desejos, novas vontades, novos sentimentos e novas dúvidas. E novos medos, e novas satisfações, novas insatisfações e novas certezas. E as coisas mudam, e as coisas se transformam em outras coisas e as certezas caem por terra, escorrem como água de chuva, lavando, levando todas as nossas convicções.
Porém eu tenho minhas convicções, e as imutáveis a água da chuva não leva. Uma destas convicções é que não se brinca com o sentimento alheio. Não se escreve apenas o primeiro capítulo de um livro se não for para chegar ao fim. A partir do momento em que eu começo a primeira frase, do primeiro parágrafo, eu vou até o epílogo, até o "e viveram felizes para semrpe", mesmo que na eternidade me reste apenas ouvir o som de harpas tocadas por anjos sem sexo.
Não há mudança sem dor, não há crescimento sem troca de pele e os dedos apontados para meu rosto, e as palavras proferidas pelas pessoas a respeito de minha conduta moral e ética jamais farão de mim uma pessoa diferente do que sou.
Durmo o sono dos justos pois nada quero além do que eu posso.
Vida nova começa em qualquer lugar, em qualquer tempo. Basta querer.
Me contenho e reprimo minhas palavras não por vergonha ou egoísmo pois sempre compartilhei aqui todas as minhas emoções e sempre fui verdadeiro em minhas colocações mas desta vez o gosto é diferente.
Existe o senso de responsabilidade e a certeza de que de certa forma colocaria em risco alguém que nunca faria mal. Alguém que nasceu a tão pouco tempo em minha vida mas já tem dela um grande pedaço de tempo.
A nossa vida é assim mesmo. Pessoas nascem e morrem dentro dela continuamente. E como eu comemoro este recente nascimento, como eu gosto dele! Como me faz bem.
Acredito que existe um propósito nisto tudo da mesma forma que acredito que duas verdades, mesmo que conflitantes, possam coexistir. Ninguém sabe ao certo o que é certo. Ninguém saberá dizer o sabor do doce senão sorvendo.
A quem interessa o bem se este não for para todos? E o que é o bem nesta história absurda?
Não há o verdadeiro bem ou o bem falso.
Como na música de Vanessa da Matta "há um desencontro, veja por este ponto, há tantas pessoas especiais".
That's it There's no way. It's over, good luck - É só isso, não tem mais jeito, acabou, boa sorte!
E nada será como antes, e algo realmente muda dentro de nós todos os dias. Novos desejos, novas vontades, novos sentimentos e novas dúvidas. E novos medos, e novas satisfações, novas insatisfações e novas certezas. E as coisas mudam, e as coisas se transformam em outras coisas e as certezas caem por terra, escorrem como água de chuva, lavando, levando todas as nossas convicções.
Porém eu tenho minhas convicções, e as imutáveis a água da chuva não leva. Uma destas convicções é que não se brinca com o sentimento alheio. Não se escreve apenas o primeiro capítulo de um livro se não for para chegar ao fim. A partir do momento em que eu começo a primeira frase, do primeiro parágrafo, eu vou até o epílogo, até o "e viveram felizes para semrpe", mesmo que na eternidade me reste apenas ouvir o som de harpas tocadas por anjos sem sexo.
Não há mudança sem dor, não há crescimento sem troca de pele e os dedos apontados para meu rosto, e as palavras proferidas pelas pessoas a respeito de minha conduta moral e ética jamais farão de mim uma pessoa diferente do que sou.
Durmo o sono dos justos pois nada quero além do que eu posso.
Vida nova começa em qualquer lugar, em qualquer tempo. Basta querer.
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Presente
Quanto vale o tempo? Quanto custa um segundo? Qual o preço de um dia, semana, mês ou ano?
Costumo dizer que o melhor presente que alguém pode receber de outra pessoa é justamente o tempo. Costumo dizer que o tempo dado, o tempo dedicado não tem preço, não há como mensurar ou sequer retribuir esta variável que é progressiva e irrecuperável.
Precisamos saber receber e valorizar este presente quando o ganhamos pois não há nada mais original, não há nada mais ímpar do que um segundo de outra pessoa. Um presente que não se repete. Um presente que não tem volta.
Costumo dizer também que o tempo recebido é viciante. Costumo dizer que quem recebe e não sabe fazer bom uso, geralmente quer sempre mais e agradece menos. Costumo dizer que quem recebe muito o tempo de outra pessoa acaba considerando ser uma obrigação e toda a magia se desfaz.
Muitas vezes as pessoas que dedicam seu tempoa outras, perdem a noção dos dias, dos meses e dos anos, muitas vezes as pessoas que doam seu tempo para outras não vêem suas vidas passando e quando enfim, buscam este tempo para sí percebem o peso da idade, carregam o amargo de uma vida não vivida em sua plenitude. O tempo perdido não aceita o pronome reflexivo SE. O passado não comporta o pronome reflexivo SE.
O futuro é avassalador. O futuro cobra o tempo mal investido, o futuro em relação ao tempo, é implacável pois traz consigo uma infinita capacidade de acumular remorsos e frustrações, o futuro inevitavelmente nos mostra que o passado é imutável e nos dá, como castigo, as chaves para abrir todas as portas que não existem mais.
Mas enfim, a irrecuperabilidade do tempo é compensada com a capacidade de darmos a nós mesmos novas portas, com novas chaves. Nos dá a possibilidade de acreditar em um novo recomeço, uma nova vida, uma nova situação. Obviamente que atrás destas portas sempre haverá o medo, sempre haverá o receio do desconhecido porém não devemos deixar morrer jamais os segundos que nos restam antes de vivermos-los todos com o sabor e o prazer de uma vida feliz. Não devemos jamais deixar de acreditar em pessoas, principalmente naquelas que como eu, disperdiçaram seu tempo em outras vazias.
Haverá sempre uma nova porta que você poderá entrar, fincar suas raízes, permanecer e compartilhar de verdade, com qualidade, o tempo infinito.
Costumo dizer que o melhor presente que alguém pode receber de outra pessoa é justamente o tempo. Costumo dizer que o tempo dado, o tempo dedicado não tem preço, não há como mensurar ou sequer retribuir esta variável que é progressiva e irrecuperável.
Precisamos saber receber e valorizar este presente quando o ganhamos pois não há nada mais original, não há nada mais ímpar do que um segundo de outra pessoa. Um presente que não se repete. Um presente que não tem volta.
Costumo dizer também que o tempo recebido é viciante. Costumo dizer que quem recebe e não sabe fazer bom uso, geralmente quer sempre mais e agradece menos. Costumo dizer que quem recebe muito o tempo de outra pessoa acaba considerando ser uma obrigação e toda a magia se desfaz.
Muitas vezes as pessoas que dedicam seu tempoa outras, perdem a noção dos dias, dos meses e dos anos, muitas vezes as pessoas que doam seu tempo para outras não vêem suas vidas passando e quando enfim, buscam este tempo para sí percebem o peso da idade, carregam o amargo de uma vida não vivida em sua plenitude. O tempo perdido não aceita o pronome reflexivo SE. O passado não comporta o pronome reflexivo SE.
O futuro é avassalador. O futuro cobra o tempo mal investido, o futuro em relação ao tempo, é implacável pois traz consigo uma infinita capacidade de acumular remorsos e frustrações, o futuro inevitavelmente nos mostra que o passado é imutável e nos dá, como castigo, as chaves para abrir todas as portas que não existem mais.
Mas enfim, a irrecuperabilidade do tempo é compensada com a capacidade de darmos a nós mesmos novas portas, com novas chaves. Nos dá a possibilidade de acreditar em um novo recomeço, uma nova vida, uma nova situação. Obviamente que atrás destas portas sempre haverá o medo, sempre haverá o receio do desconhecido porém não devemos deixar morrer jamais os segundos que nos restam antes de vivermos-los todos com o sabor e o prazer de uma vida feliz. Não devemos jamais deixar de acreditar em pessoas, principalmente naquelas que como eu, disperdiçaram seu tempo em outras vazias.
Haverá sempre uma nova porta que você poderá entrar, fincar suas raízes, permanecer e compartilhar de verdade, com qualidade, o tempo infinito.
Sal ou açúcar
Não é necessário trabalhar na área de saúde para saber que o excesso de sal faz mal para a saúde tanto quanto o excesso de açúcar.
Apesar de "teoricamente opostas", estas substâncias são prejudiciais na mesma proporção, tanto para a hipertensão quanto para o diabetes quando consumidas em grande quantidade e por longos períodos. Elas matam lentamente. Ambas!
O problema está justamente no excesso. Não nas substâncias.
E não é só o sal e o açúcar mas qualquer substância ou situação quando em excesso, causa algum mal, algum dano ao organismo, ao corpo ou a mente do homem em geral.
Até mesmo o ar que respiramos, principalmente ele, o que nos mantém vivos, é o que nos faz morrer lentamente. O oxigênio nos mata aos poucos sem percebermos.
É ele que, ao ser quebrado em suas funções de respiração celular liberta os radicais livres que aleatoriamente vagam por nossos corpos sem rumo, quebrando nossa cadeia de DNA que aos poucos perde seu poder de regeneração causando o envelhecimento do corpo.
O que nos mata é o que nos faz viver.
É preciso então aprender a viver no equilibrio constante, é preciso saber dosar todas as situações, todos os costumes, todas as possibilidades. Uma prova disso está em nós mesmos, nos nossos sentidos básicos, tato, audição, olfato e paladar e visão. A hipersensibilidade de qualquer um deles afeta nossa normalidade. Luz demais queima nossas retinas tanto quanto a escuridão total a degenera.
Sensatez, equilíbrio em todos os sentidos, cuidados e limites. São condições gerais para uma boa e duradoura vida, com qualidade e grandes sobressaltos.
Apesar de "teoricamente opostas", estas substâncias são prejudiciais na mesma proporção, tanto para a hipertensão quanto para o diabetes quando consumidas em grande quantidade e por longos períodos. Elas matam lentamente. Ambas!
O problema está justamente no excesso. Não nas substâncias.
E não é só o sal e o açúcar mas qualquer substância ou situação quando em excesso, causa algum mal, algum dano ao organismo, ao corpo ou a mente do homem em geral.
Até mesmo o ar que respiramos, principalmente ele, o que nos mantém vivos, é o que nos faz morrer lentamente. O oxigênio nos mata aos poucos sem percebermos.
É ele que, ao ser quebrado em suas funções de respiração celular liberta os radicais livres que aleatoriamente vagam por nossos corpos sem rumo, quebrando nossa cadeia de DNA que aos poucos perde seu poder de regeneração causando o envelhecimento do corpo.
O que nos mata é o que nos faz viver.
É preciso então aprender a viver no equilibrio constante, é preciso saber dosar todas as situações, todos os costumes, todas as possibilidades. Uma prova disso está em nós mesmos, nos nossos sentidos básicos, tato, audição, olfato e paladar e visão. A hipersensibilidade de qualquer um deles afeta nossa normalidade. Luz demais queima nossas retinas tanto quanto a escuridão total a degenera.
Sensatez, equilíbrio em todos os sentidos, cuidados e limites. São condições gerais para uma boa e duradoura vida, com qualidade e grandes sobressaltos.
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
8 ou 80
Gente nova na minha vida. Isto é muito bom. Isto é satisfatório.
Novas conversas, novas idéias, mais miscigenação, mais misturas. Muito mais homeostase.
Já citei aqui outras vezes e nunca é demais repetir. Deixamos um pouco de nós em cada pessoa com a qual interagimos. Levamos um pouco também desta pessoa conosco.
"Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas"
Jamais voltamos a ser como antes após a convivência.. certos ou errados, nos transformamos em uma pessoa diferente.
E como é gostosa esta transformação. Como é gratificante ser o vetor da mudança na vida de alguém ao mesmo tempo que mudamos junto. Como é bom discutir conceitos, idéias, opiniões, experiências. Como é bom ser ouvido e saber ouvir. Como é bom ser tão diferente e tão igual ao mesmo tempo.
E a conversa vai, e a conversa vem e a conversa chega no conceito de verdade.
A verdade
E a gente percebe que a verdade não é impar. E a gente percebe que a verdade é multifacetada.
E vamos tirando a conclusão de que a verdade não é eterna. A verdade varia de acordo com o tempo, com o local, com os modos, usos, costumes e interesses. E percebemos que a verdade é mutante. E que as verdades vão se sucedendo, vão se reciclando, tornando-se enganos, evoluindo para mentiras e dando lugar a novas verdades que se tornarão enganos e depois novas mentiras.
E vamos justificando nossas antigas verdades culpando a inexperiência, a imaturidade, a ingenuidade, o excesso de confiança e o poder de convencimento das pessoas.
E vamos trocando de verdades, trocando de pessoas, trocando de roupa, de conceitos e opiniões. Vamos trocando os dias, vamos transfornando hojes em ontens.. Sóis em Luas.. interminavelmente.
E vamos tirando prazeres e desprazeres, sabores e dissabores de nossas verdades, de nossas mentiras. Do que aceitamos e do que repugnamos. E passamos a aceitar coisas dantes inaceitáveis. E vamos esquecendo coisas que dantes eram imprescindíveis. E vamos plantando novas vidas nas mesmas terras que sepultamos nossos lixos, nossas mentiras.
Então percebemos o quanto é bom aceitarmos nossas verdades sabendo que outras pessoas delas desconfiam!
Misericórdia aos que vivem do 8.. misericórdia aos que vivem do 80... A vida tem que ser vivida no meu tempo, na minha idade.. a Vida tem que ser vivida na média.. A vida tem que ser vivida aos 44! Nem 8 nem 80!!!
Novas conversas, novas idéias, mais miscigenação, mais misturas. Muito mais homeostase.
Já citei aqui outras vezes e nunca é demais repetir. Deixamos um pouco de nós em cada pessoa com a qual interagimos. Levamos um pouco também desta pessoa conosco.
"Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas"
Jamais voltamos a ser como antes após a convivência.. certos ou errados, nos transformamos em uma pessoa diferente.
E como é gostosa esta transformação. Como é gratificante ser o vetor da mudança na vida de alguém ao mesmo tempo que mudamos junto. Como é bom discutir conceitos, idéias, opiniões, experiências. Como é bom ser ouvido e saber ouvir. Como é bom ser tão diferente e tão igual ao mesmo tempo.
E a conversa vai, e a conversa vem e a conversa chega no conceito de verdade.
A verdade
E a gente percebe que a verdade não é impar. E a gente percebe que a verdade é multifacetada.
E vamos tirando a conclusão de que a verdade não é eterna. A verdade varia de acordo com o tempo, com o local, com os modos, usos, costumes e interesses. E percebemos que a verdade é mutante. E que as verdades vão se sucedendo, vão se reciclando, tornando-se enganos, evoluindo para mentiras e dando lugar a novas verdades que se tornarão enganos e depois novas mentiras.
E vamos justificando nossas antigas verdades culpando a inexperiência, a imaturidade, a ingenuidade, o excesso de confiança e o poder de convencimento das pessoas.
E vamos trocando de verdades, trocando de pessoas, trocando de roupa, de conceitos e opiniões. Vamos trocando os dias, vamos transfornando hojes em ontens.. Sóis em Luas.. interminavelmente.
E vamos tirando prazeres e desprazeres, sabores e dissabores de nossas verdades, de nossas mentiras. Do que aceitamos e do que repugnamos. E passamos a aceitar coisas dantes inaceitáveis. E vamos esquecendo coisas que dantes eram imprescindíveis. E vamos plantando novas vidas nas mesmas terras que sepultamos nossos lixos, nossas mentiras.
Então percebemos o quanto é bom aceitarmos nossas verdades sabendo que outras pessoas delas desconfiam!
Misericórdia aos que vivem do 8.. misericórdia aos que vivem do 80... A vida tem que ser vivida no meu tempo, na minha idade.. a Vida tem que ser vivida na média.. A vida tem que ser vivida aos 44! Nem 8 nem 80!!!
domingo, 12 de janeiro de 2014
Oportunidade
Acordei diferente nesta manhã de domingo.
Clima ameno, estou sem muita disposição para grandes deslocamentos. Queria mesmo é ficar dentro de casa, quieto.
Os últimos meses foram de ebulição constante e meus sentimentos foram todos revirados, várias opções de futuro foram pensadas porém não foi da forma como eu queria.
Percebí que as pessoas querem mudar, percebí que as pessoas precisam de mudanças mas percebí também que elas querem isso de fora para dentro e não de dentro para fora. Necessitam de mudanças para que suas vidas dêem prosseguimento porém não dispõem de coragem para gastar energia. E com isso o tempo vai passando, e com isto a vida vai avançando sem que nada de melhor aconteça. As pessoas vão se conformando em viver apenas um dia de cada vez.
Não sei se por medo, não sei se por preguiça ou até mesmo por falta de auto estima as pessoas sabem de tudo o que precisam fazer para melhorar suas próprias vidas mas não dão o passo para frente. Elas esperam que o futuro as venha resgatar neste presente sem sentido.
O pior de tudo é que hoje quando eu acordei, me ví nesta mesma situação, me identifiquei com estas pessoas e pude perceber que naõ quero ser assim, não quero ser mais um. Preciso eu dar o meu passo para a frente, preciso eu ir de encontro ao meu futuro e não ficar sentado esperando que ele me resgate. O futuro não volta no tempo e não muda o passado. O futuro é consequência deste.
Ai eu pude entender que preciso de mais tempo. Mas não o meu tempo. Preciso do tempo das pessoas para mim, preciso receber o tempo das pessoas ao invés de comprometer o meu com elas.
Ai eu pude entender que o tempo é uma troca entre pessoas pois se apenas dermos o nosso sem receber de volta vamos nos tornando invisíveis, vamos nos tornando objeto quando deveríamos ser sujeito. Não temos que ser objetos, não podemos ser apenas ferramentas na vida das pessoas.
Então acordei hoje com a sensação que o presente nos entorpece, o presente vai aos poucos pesando nossos pés, anestesiando nosso ímpeto, tornando-nos cada vez mais conformados com o que temos, com o pouco que temos, com o quase nada.
Entendi por que as pessoas não gastam energia para mudar, entendi por que as pessoas apenas vivem, ou melhor, sobrevivem. Um dia aquí, outro dia ali, apenas um pouquinho de cada vez.
Isto é por que pessoas medíocres buscam desculpas para sí mesmas.
Esperei até um segundo a mais da data estabelecida. Sem que ninguém pedisse eu me recolhi e aguardei pois nada além me restava fazer. E quando então o relógio anunciou o novo dia pude perceber que quem quer arruma um motivo e quem não quer inventa uma desculpa.
Na vida acumulamos dias vividos da mesma forma que perdemos anos esperando por alguém que faça diferente. Alguém que faça a diferença! É importante saber que as atitudes vêm. O problema é que nem sempre das pessoas que esperamos
ps.: Medíocre significa estar na média entre dois termos de comparação: entre o bom e o mau, entre o pequeno e o grande, etc. É um termo derivado de mediano, médio. No entanto, a generalização do termo adquiriu conotação negativa, muitas vezes empregada como insulto.
Clima ameno, estou sem muita disposição para grandes deslocamentos. Queria mesmo é ficar dentro de casa, quieto.
Os últimos meses foram de ebulição constante e meus sentimentos foram todos revirados, várias opções de futuro foram pensadas porém não foi da forma como eu queria.
Percebí que as pessoas querem mudar, percebí que as pessoas precisam de mudanças mas percebí também que elas querem isso de fora para dentro e não de dentro para fora. Necessitam de mudanças para que suas vidas dêem prosseguimento porém não dispõem de coragem para gastar energia. E com isso o tempo vai passando, e com isto a vida vai avançando sem que nada de melhor aconteça. As pessoas vão se conformando em viver apenas um dia de cada vez.
Não sei se por medo, não sei se por preguiça ou até mesmo por falta de auto estima as pessoas sabem de tudo o que precisam fazer para melhorar suas próprias vidas mas não dão o passo para frente. Elas esperam que o futuro as venha resgatar neste presente sem sentido.
O pior de tudo é que hoje quando eu acordei, me ví nesta mesma situação, me identifiquei com estas pessoas e pude perceber que naõ quero ser assim, não quero ser mais um. Preciso eu dar o meu passo para a frente, preciso eu ir de encontro ao meu futuro e não ficar sentado esperando que ele me resgate. O futuro não volta no tempo e não muda o passado. O futuro é consequência deste.
Ai eu pude entender que preciso de mais tempo. Mas não o meu tempo. Preciso do tempo das pessoas para mim, preciso receber o tempo das pessoas ao invés de comprometer o meu com elas.
Ai eu pude entender que o tempo é uma troca entre pessoas pois se apenas dermos o nosso sem receber de volta vamos nos tornando invisíveis, vamos nos tornando objeto quando deveríamos ser sujeito. Não temos que ser objetos, não podemos ser apenas ferramentas na vida das pessoas.
Então acordei hoje com a sensação que o presente nos entorpece, o presente vai aos poucos pesando nossos pés, anestesiando nosso ímpeto, tornando-nos cada vez mais conformados com o que temos, com o pouco que temos, com o quase nada.
Entendi por que as pessoas não gastam energia para mudar, entendi por que as pessoas apenas vivem, ou melhor, sobrevivem. Um dia aquí, outro dia ali, apenas um pouquinho de cada vez.
Isto é por que pessoas medíocres buscam desculpas para sí mesmas.
Esperei até um segundo a mais da data estabelecida. Sem que ninguém pedisse eu me recolhi e aguardei pois nada além me restava fazer. E quando então o relógio anunciou o novo dia pude perceber que quem quer arruma um motivo e quem não quer inventa uma desculpa.
Na vida acumulamos dias vividos da mesma forma que perdemos anos esperando por alguém que faça diferente. Alguém que faça a diferença! É importante saber que as atitudes vêm. O problema é que nem sempre das pessoas que esperamos
ps.: Medíocre significa estar na média entre dois termos de comparação: entre o bom e o mau, entre o pequeno e o grande, etc. É um termo derivado de mediano, médio. No entanto, a generalização do termo adquiriu conotação negativa, muitas vezes empregada como insulto.

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