Andamos em compasso, andamos os mesmos passos de algumas pessoas, alguns passos pesados, outros leves. Várias vezes carregamos pessoas no colo e outras somos carregado por elas. Nosso fardo pesa exatamente o quanto conseguimos carregar.
Quando o fardo é demasiadamente pesado, as coisas vão escorrendo pelo caminho, o tic fica cada vez mais distante do tac, o tempo parece parar ou até mesmo voar.
É preciso entender que na vida não pulamos obstáculos e sim os transpomos. Não encurtamos o caminho dos objetivos, não criamos atalhos pois os atalhos tornam os objetivos inalcançáveis ou no mínimo, os transformam em fumaça, em ilusão.
Não prendemos fumaça, não armazenamos ilusões. O tamanho do mundo que criamos em nossas mentes deve ser exatamente percorrível com os pés no chão e olhos no horizonte e não para o céu. O céu é infinito para os sonhos. Os sonhos devem ser edificados meio a meio. O que cresce para o alto deve fincar raízes do mesmo tamanho no chão. Só assim se vai longe definitivamente. Acordar de um sonho quando se dorme é muito menos desconfortável do que quando sonhamos acordados. A queda é dolorida, dolorosa.
Antônimos são homeostásicos, antônimos regulam nossas vidas e nos tiram do exagero. O sorriso e o choro, o amor e o ódio, o feliz e o triste, o cansado e o repousado, o feio e o belo, o muito e o pouco, o tudo e o nada devem existir ao mesmo tempo para que tenhamos uma vida real. Quem pula sempre no barco da facilidade, uma hora ou outra morrerá afogado em suas ganâncias, em suas insatisfações. É a vida!
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