quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Lagarta x Borboleta

Sempre somos e seremos uma metamorfose constante. Passamos nossa vida inteira em um processo de transformação intermitente. Passamos parte de nossa vida achando que estamos nos formando, aprendendo as coisas, adquirindo experiências para depois de um certo tempo quando nos consideramos prontos e formados, partimos para "viver e aproveitar a vida".
Ledo engano...
Nunca deixaremos de ser lagarta, nunca seremos perfeitas borboletas.
Quando nos fechamos em nossos casulos para o processo de metamorfose, quando achamos que estamos prontos, estáveis, sensatos, maduros, quando achamos que chegamos no ponto final de nosso ciclo e que estamos prontos para novos voos, a vida vem como uma avalanche e nos apresenta novas hipóteses, novas sensações, novas pessoas, novos caminhos, novas estradas e novos destinos.
Quando sabemos de nossas certezas, a vida vem e embaralha tudo. Quando achamos que temos o suficiente, que estamos saciados e satisfeitos, a vida nos dá inquietude e fome, quando achamos que temos todas as pessoas, a vida nos apresenta outras. Novas idéias, novos limites, novas ambições.
Quando nos vemos perfeitos, a vida nos ensina a errar. Quando erramos, experimentamos novos sabores, novas emoções. Outros limites.
E quando nossas asas começam a se formar, quando enfim, depois de uma longa jornada nos preparamos para sermos borboletas, voltamos do casulo como novas lagartas.
E vamos nos formando novamente, mudando conceitos, concepções, com novas dúvidas, novas necessidades. Mastigando novas folhas, folhas novas.
Temos a mesma forma porém não somos mais as mesmas pessoas. Batemos de encontro com nossas próprias virtudes, antigas virtudes. Ousando mais ou ousando menos, o certo é que mudamos, somos a metamorfose da mesma lagarta.
E, de repente nos deparamos com o nosso muro. Chegamos no nosso limite. O muro que nós mesmos contruímos com todas as nossas atitudes. Delimitamos nosso próprio terreno e dentro dele vivemos com o que temos.
O que tem do outro lado, se é melhor ou pior, se é doce ou amargo só saberemos se escalarmos, se passarmos por cima, se vislumbrarmos novas vontades, novas idéias. Se o jardim é mais florido, só saberemos se deixarmos definitivamente de sermos lagartas e nos transformarmos em divinas borboletas.
Para alçarmos novos voos, é preciso de asas, é preciso leveza, é preciso coragem para mudar. Para alcançar algo além é preciso perder o medo de altura, perder o medo de errar e deixar que o vento faça a sua parte.
Para tudo há um caminho, para tudo um novo sabor.
Voe borboletinha, voe. Voe por cima do muro e veja o que há além do seu jardim pois a vida, apesar de complexa, é uma só!!!
photo

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

domingo, 25 de novembro 2012

Este último domingo, dia 26 de novembro de 2012 apresentou uma grata surpresa já no seu fim. 
Nossa televisão que já é repleta de banalidades, vulgaridades e futilidades nos dias normais, no domigo parece que tudo se resume ao supra-sumo de todas as besteiras existentes.
E não é que de onde se menos esperava um vestígio de sensatez, de onde menos se esperava um pouco de lucidez, vieram as duas melhores constatações de que nem tudo ainda está perdido e que existe sim dentro de cada um ainda a moral preservada.
No Domingão do Faustão, no último quadro, um debate muito bom sobre os relacionamentos e as fragilidades que levam aos rompimentos desnecessários, às desistências perante os menores problemas. Falou-se muito sobre o ciclo, a busca eterna sobre a perfeição onde o imperfeito impera. Incurtiu-se a responsabilidade exatamente onde ela existe. Na falta de paciência, na insatisfação permanente e na facilidade propagada hoje em dia da busca pela felicidade inexistente no ser perfeito.
Então eu já satisfeito por achar algumas pessoas que concordam comigo, fui presenteado pelo programa Pânico na BAND que, surpreendentemente homenageou não um de seus integrantes mas sim a instituição família ao mostrar os depoimentos verdadeiros em favor de Márvio Lúcio (o Carioca) que acabara de se casar com a mãe de seus dois filhos mas também abriu seus microfones para um desabafo honesto, sincero e perfeito sobre o amor incondicional e a responsabilidade que tem o conjuge sobre o crescimento de seu parceiro.
Gente, inegável a razão das palavras do comediante. A responsabilidade sobre o crescimento de um é exatamente do outro. Os dois se completam. Os dois se sustentam. Só há razão quando há orgulho um pelo outro. Não é o seu crescimento que importa e sim o orgulho que o outro sente de seu crescimento e o apoio recebido. Foi emocionante e acrescentou muito ao final deste domingo onde passei o dia inteiro com minha sobrinha patinando pelo calçadão de nosso mais famoso balneário.
Infelizmente não pude contar com a presença de minhas filhas mas que foi um domingo excepcional, isto foi.

http://tvg.globo.com/programas/domingao-do-faustao/O-Programa/noticia/2012/11/deborah-secco-incorpora-psicologa-e-solta-o-verbo-no-quadro-diva.html

http://www.youtube.com/watch?v=_-i3NCvkkjQ



domingo, 25 de novembro de 2012

Sinto-te

Queria ter podido cuidar de tí no tempo certo. Queria ter podido te pegar pelas mãos e te conduzir por caminhos diferentes, outros caminhos.
Queria poder te mostrar coisas mais concretas, coisas mais importantes e duradouras. Queria poder te mostrar outro futuro, um presente diferente do que tens hoje.
Não conheço-te mais, não conheço-te menos. Apenas sinto-te.
Sinto-te tanto pelo que foi passado, sinto-te tanto de como poderia ser teu futuro.
Tua presença sempre fora marcante apesar de curta. Teu sorriso, aliás, tua gargalhada ainda soa em meus ouvidos. Tuas palavras apressadas e confusas ainda se fazem ouvir aquí no fundo de minha memória.
Não conheço tua felicidade e nem sei de teus pesadelos. Não sei o que te aflige e nem o que te conforta. Ausentei-me no tempo errado, deixei-te no meio do mar revolto. Ondas altas, para todos os lados. Sabia que não te afogarias, que sairias do mar, molhada, exausta porém viva. Não sei a que preço. Não estive presente na hora que tú pagaste o preço. Várias e várias prestações, caras, difíceis de serem pagas mas pagaste.
Hoje vejo teu rosto, teu sorriso sempre presente. Não consigo saber se este sorriso é completo e nem posso afirmar que completo seria se tivesse eu feito minha parte, tivesse eu contribuído como deveria. Eu não podia lutar.
Não me culpo e nem tampouco me desculpo porém carrego isso comigo. E carregarei sempre.
Aos poucos as coisas vão se encaixando, vão tomando corpo e fazendo sentido. Se ficarão no teu e no meu passado apenas, não importa. O que realmente importa é voltar e poder falar-te tudo novamente. Falar agora do meu lado, do meu ponto de vista. Pratos limpos.
Ah.. quanta coisa poderia ser dita e não foi, quanta coisa poderia ser feita e não foi. Quanta coisa hoje poderia ser diferente. Não sei se melhor, não sei se pior.
Não aceito o tempo perdido, o momento certo. Que não tenha sido naquela tarde de domingo, que seja em outra daquí para frente. Que não tenha sido naquela noite de mãos dadas, outras virão. As coisas não acontecem ou deixam de acontecer sem algum motivo. Sempre há e sempre haverá algo mais,
Sinto-me responsável e não adianta falarem que não. sinto-me. sinto-te.
Mas sinto-te tanto que me confundo. Sinto-te tanto que me perco. Sinto-te tanto que procuro-te em qualquer pessoa que se apresente na minha vida.
Apenas vejo-te no quadro. Pendurada na parede. Aos olhos do mundo, tudo. Aos meus, passado, presente e futuro.


sábado, 24 de novembro de 2012

O amor e outros vícios

Dizem que o bêbado só mente quando diz que não está bêbado e que todo o resto é a mais pura verdade pois o efeito do álcool potencializa a coragem de dizer todas as verdades.
Então falemos sobre o efeito dos diversos vícios que acometem as pessoas do lado destas.
O vício da bebida, do álcool em geral, causa diversos efeitos, alguns imediatos e outros que vão sedimentando no organismo manifestando-se no futuro.
O grande problema é que o alcoolatra não enxerga estes danos e encara a bebida como sendo a solução para todos as suas aflições e angústias. É através da bebida que ele deixa de ver suas obrigações, justifica suas ausências, suas irresponsabilidades, suas atitudes. 
O álcool causa sensações de prazer, de euforia, de estabilidade, de força, coragem. O álcool justifica tudo.
Ele deixa o seu hospedeiro poderoso.
É preciso um longo período de abstinência, um processo gradativo de recuperação onde tudo deve ser cortado de uma forma imediata.
O viciado vai espernear, vai se deprimir, vai sofrer, vai se revoltar, não entenderá os motivos e se voltará contra tudo e contra todos ao seu redor. Fará de tudo para conseguir uma dose a mais que seja, perderá sua dignidade, seu amor próprio, o respeito e a vergonha. Insistindo na abstinência, perseverando, aos poucos os sentidos voltam à ordem e a razão vai lentamente se restabelecendo. com muita paciência e ajuda, o alcóolatra vai perdendo a sua dependência e vendo os malefícios daquele vício. Percebendo que aquela idolatria toda, aquela dependência absoluta era na verdade prejudicial, nociva para a sua saúde. 
A verdade começa a aparecer, as coisas começam a fazer sentido e de uma hora para outra a pessoa acorda e enxerga que tudo aquilo não passava de uma ilusão, que nada que o álcool proporcionava valia a honra e a dignidade que a pessoa abria mão para ter.
E isso funciona com o cigarro, com a maconha, com os psicotrópicos, com a cocaína, com o crack e tantas outras coisas mais. 
E isso funciona até mesmo para o amor. Aquele amor cego, doentio, unilateral. Aquele amor covarde e sem sentido. Aquele amor de doação, sem reciprocidade.
É o pior dos vícios pois nos faz perder todos os sentidos, nos faz ir de encontro com a incoerência, o irreal, o imaginário. Estaciona nossas vidas, acelera os corações, cria falas expectativas, abala todo o meio. Agride o futuro, as expectativas, a auto estima. Tira do viciado a vida aos poucos pois faz com que o tempo passe despercebido.
Uma relação de predatismo absoluto. De caça e caçador, inverte os papeis, é injusto e invisível. Sorrateiro...
E quando enfim, se vai, resta o recomeço!

o amor e outros vícios.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Espírito Santo

Amo o meu trabalho. Amo o que faço profissionalmente agora. Não pela remuneração e nem tão pouco pela vocação. Vai muito além disso.
Amo meu trabalho pelo convívio com pessoas de diversas culturas e cidades diferentes, das diversas faixas etárias, sexo e condição social. Amo pela quantidade de pessoas simpáticas ou não que conheço no meu dia a dia, durante a minha semana, no mês inteiro. Estava com saudades disso.
Amo dar bom dia, boa tarde ou qualquer outro comprimento quando chego em um ambiente, conhecido ou não. A lagartinha disse que eu encho o ambiente com meu entusiasmo!!!
Gosto de falar a verdade para meus parceiros comerciais, preciso de falar a verdade para me estabelecer, para fortalecer as bases de confiança e cumplicidade que tenho com a grande maioria destas parcerias.
Cada dia em uma cidade diferente, um hotel diferente, uma academia diferente. Cada dia uma novidade, cada dia que não se repete jamais mesmo que seja na mesma cidade com as mesmas pessoas.
Cada dia uma aventura.
E o que mais me encanta nestas longas viagens são as paisagens que queimam minha retina. Cada uma mais linda que a outra. Eu fotografo todas em minha mente!!! Não sou egoísta e sempre que uma paisagem se vislumbra em minha mente, eu penso em alguma pessoa para compartilhar o que estou vendo, o lugar que estou passando, seja uma serra, seja uma ponte, uma cachoeira ou no litoral. Algum animal não doméstico, o cheiro de mato, da maresia. O nascer do sol, o por do sol. Tudo é muito lindo. As pessoas nas praças das cidades à noite, as casas abertas, iluminadas.
Eu tinha planos, vontades e desejos que não concretizei. Sempre ando por estas paisagens, sempre passo por estas situações solitário e não era o que eu queria, não sempre. Queria companhia, queria alguém para poder dividir este presente que meu emprego proporciona. É por isso que amo meu emprego.
Não conheço ninguém, absolutamente ninguém que me ache uma pessoa fechada, mal encarada ou aborrecida. Geralmente as pessoas se referem a mim como sendo hiperativo, dinâmico e alegre. Não estou falando sobre mim. estou falando sobre o que as pessoas falam sobre mim ao menos para mim.
Sou fechado e carrancudo para quem merece. São poucas as pessoas porém estas tem de mim absolutamente NADA. Posso contar em meus dedos da mão direita, OU da mão esquerda pessoas que não me merecem. Ou melhor, pessoas que mereçam de mim apenas minha ausência. Uma delas faleceu recentemente, então ainda sobrarão dedos em minhas mãos para novas vagas que pretendo não preencher. Aliás, sobram dois dedos ainda!!! Dedos que espero não preencher com pessoas vazias, fúteis e desprezíveis. 

Então meus amigos leitores, conheçam o Espírito Santo, seu povo, sua cultura, suas cidades e esta diversidade imensa. Não há nenhuma necessidade de sair daquí para sentir-se cidadão do mundo!!!

ah... mais uma dica... Façam isso acompanhados, curtam compartilhando!!!
Não tive esta sorte!!! alguns dedos não deixaram!





segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Efeito borboleta - Teoria do Caos.

Faz quase uma hora que o cursor pisca na tela em branco e eu não sei como começar a escrever a postagem de hoje. Não é que eu não tenha idéias ou nada a dizer. O problema é que não sei como começar. O start, o início é que me atrapalha neste momento.
Então coloco minhas mãos sobre o teclado e começo a digitar algumas letras, apago, começo novamente tentando dar um sentido às palavras que se formam. Sei que não sairá nada poético hoje pois estou exatamente em cima do muro. Estou exatamente aguardando uma situação para direcionar o que pretendo escrever, dar continuidade aos meus pensamentos.
Eu precisava que a tecnologia me ajudasse hoje, precisava de um scrap, de uma mensagem, de um torpedo, de um telefonema. Precisava de alguma manifestação apenas para me tranquilizar em todos os sentidos.
Decidido que continuarei eu estou mas não sei de que forma, não sei qual o rumo a tomar.
Apesar de todos os sinais serem de dificuldade e de uma longa jornada, não tenho medo e nem desânimo. Já estou acostumado, e muito, em não conseguir nada com facilidade. Sei que o prêmio é muito mais compensador do que eu tivera antes.
Aprendi muito sobre o efeito borboleta e a teoria do caos pois estas aplicações quando conhecidas agregam todos os sentidos que nos faltam no decorrer da vida. Aprendi que o bater das asas de uma simples borboleta realmente pode influenciar no surgimento de um furacão no outro lado do mundo.
A teoria do acaso, a teoria do caos sugere que todas as ações do passado implicam definitivas mudanças no  futuro de todo o universo. Cada um de nós interfere diretamente para o estado atual do meio. E que esta aplicação satisfaz todas as vertentes da ciência. Matemática, física, biologia, história, química. Todas interligadas pela teoria do caos.
Até mesmo no campo do subjetivo, no campo das hipóteses, na psicologia, nas relações humanas de modo geral.
Cada passo dado, cada atitude tomada, cada palavra dita e calada, todas elas em conjunto explicam, justificam e corroboram o exato instante que vivemos. Para tudo há uma explicação e um motivo válidos apesar da complexidade e infinidade das variáveis inseridas em todo o contexto. Tudo é interligado e assim estará para o futuro também.
O tempo que desprendo neste exato momento escrevendo este texto implicará tanto no meu futuro quanto no futuro de milhares de pessoas justamente por que estivesse eu em outro lugar, fazendo qualquer outra coisa, minhas interações seriam com outras pessoas, com outros meios, de outras formas.
Até mesmo o fado de deixar de interagir com alguém, modifica o futuro desta pessoa que modifica o futuro de tantas outras. Somos responsáveis por tantas mudanças e permanências que desenvolvemos um sistema de defesa que não nos permite termos conhecimento destas responsabilidades. Caso tivéssemos, não conseguiríamos viver.
Diversas vezes carregamos certas lembranças de coisas que fizemos no passado e que deixaram sequelas nas nossas vidas e nas vidas de outras pessoas. Geralmente coisas ruins. A este sentimento de culpa, damos o nome de remorso. Sempre tentamos justificar, encontrar desculpas, motivos e até mesmo apelamos para o inevitável. Matamos o remorso justificando que seria inevitável o fato, que teria acontecido com ou sem a nossa própria interferência. Mas lembramos deles, mesmo que não desejemos, lembramos até um dia que chega o acerto de contas. Os pratos limpos.
E eu realmente acredito que as consequências moldam as pessoas, modificam suas virtudes, alteram suas percepções e seus limites. Criam calos, barreiras, complexos, traumas, conflitos internos. Tiram sonos, incurtem lamentações, desânimos, auto piedade. Mas eu também tenho a certeza de que a essência não seja alterada, acredito que a alma limpa ainda está dentro da crosta que envolve as pessoas no decorrer dos anos.
Acredito no poder da água que limpa, purifica e nutre!



domingo, 18 de novembro de 2012

Brinquedo quebrado

Não vou ficar aqui agora com a mania de colocar letras de músicas para expressar meus sentimentos pois fica tudo muito fácil, simples e de certa maneira, menos exclusivo.
Gosto de provocar o pensamento, exercitar a interpretação, aguçar os sentidos.
Apesar de parecer o contrário, todos os meus textos são diretos e objetivos, ao menos dentro de minhas intenções.
Converso diariamente com diversas pessoas, de várias faixas etárias, de vários lugares e vivendo cada uma delas uma fase de vida diferente. Agrego tudo, junto, misturo e faço de todas as experiências, as minhas experiências. Me envolvo, dedico meu tempo, jogo conversa fora (do modo mineiro de falar).
Nenhuma conversa é jogada fora. Todas elas são super interessantes e são o fermento de minha vida.
Passei de fase agora.... Não recebo mais conselhos. Não preciso mais deles (não neste momento). Passei também da fase do consolo (graças a Deus).
Estou agora na auto afirmação e não estou para brincadeiras. Se eu mexer na colméia estarei com minha roupa protetora, devidamente protegido mas eu vou buscar o meu mel. Ah! Disso eu não tenho dúvida alguma, eu vou buscar o meu mel.
Me aproximei de pessoas que me mostraram que tenho necessidade de me aproximar mais ainda de outras tantas. A conta matemática mais improvável de estar certa onde o menos um acrescenta mais vinte.
vou desenhar: 2 - 1 = 20!
E estes 20 serão 40 e dos 40 chegarei ao infinito. Não vai mais passar nada despercebido.
Vou contar um caso engraçado: Acho que dois leitores entenderão o que vou escrever e um deles vai morrer de rir e outro vai ficar pê da vida!!1
 
conheço uma criancinha que ganhou um presente. Bobinha ela...Ganhou um presente e começou a gritar para todos os coleguinhas ouvirem, comemorou, brincou, usou, abusou.
Então saiu de casa para brincar na rua com seu novo brinquedinho, juntou gente em volta pedindo para brincar também e o brinquedinho se quebrou!!! (risos).
 
voltou para dentro chorando sem poder brincar mais.... (muitos risos).
 
Fica triste não neném!!! Vai ganhar outro!!!! e outros!!!!

Jorge Vercillo

Monalisa

É incrível
Nada desvia o destino
Hoje tudo faz sentido
E ainda há tanto a aprender
E a vida tão generosa comigo
Veio de amigo a amigo
Me apresentar a você

Paralisa com seu olhar
Monalisa
Seu quase rir ilumina
Tudo ao redor minha vida
Ai de mim, me conduza
Junto a você ou me usa
Pro seu prazer, me fascina
Deusa com ar de menina

Não se prenda
A sentimentos antigos
Tudo que se foi vivido
Me preparou pra você
Não se ofenda
Com meus amores de antes
Todos tornaram-se ponte
Pra que eu chegasse a você

Paralisa com seu olhar
Monalisa
Seu quase rir ilumina
Tudo ao redor, minha vida
Ai de mim, me conduza
Junto a você ou me usa
Pro seu prazer, me fascina
Deusa com ar de menina

Paralisa com seu olhar
Monalisa
E ao quase rir ilumina
Tudo ao redor, minha vida
Ai de mim, me conduza
Junto a você ou me usa
Pro seu prazer, me fascina
Deusa com ar de menina

Me fascina
Deusa com ar de menina

O FEMINISMO MORREU

Ei você mulher, parabéns pela sua vitória, parabéns pelas conquistas, todas as conquistas almejadas por todos estes anos. Décadas e décadas de lutas, discriminações, abusos, desigualdades, condicionamentos e preconceitos. Estamos chegando no ápice do armistício. Da paz absoluta.
 
O FEMINISMO MORREU.
 
Ótimo, as mulheres venceram e os direitos iguais estão todos estabelecidos, estão todos sendo adaptados e adequados mesmo que lentamente, à rotina diária.
Os salários estão igualitários assim como as qualificações profissionais. Os direitos civis e penais também.
A mulher, merecidamente, arregaçou as mangas e foi à luta. Batalhou por uma vida melhor, por uma vida mais igual e conseguiu. A cabeça de comando do lar não é mais exclusivamente masculina e os preconceitos se foram, caíram, ruíram como realmente deveria ter acontecido.
A mulher ganhou para sí até mesmo uma lei para protegê-la.
Mas chegamos ao ponto que nem homem nem mulher precisam mais de proteção um contra o outro. Estamos todos jogando no mesmo time, atrás dos mesmos objetivos, com as mesmas responsabilidades.
E a sociedade agora sim está justa. Vamos então baixar as armas e não vamos mais contabilizar vítimas e nem acusar uns aos outros. Isto realmente veio para ficar.
 
Ei você mulher, moderna, com todos os seus cremes anti rugas, bases, gloses, batons, bsses, rímel, perfumes e tinturas para cabelo. Você mulher com todas as suas modas, bolsas, sapatos baixos, saltos altos, bijouterias, jóias e acessórios. Você mulher que vai à luta, que não se submete, que decide e escolhe. você mulher que não tem medo de errar, de recomeçar, que se aventura e dispensa.
Ei você mulher que não depende de ninguém, que paga as suas contas, que divide às despesas na mesa do bar, que bebe e que fuma, que fica bêbada e de ressaca no dia seguinte, que usa contraceptivos, contabiliza bocas depois da festa.
Ei você mulher... Não reclame!!!
 
Ei você mulher, não sinta falta da proteção, do cavalheirismo e das poesias que não mais serão escritas. Não reclame da objetividade, do uso momentâneo, dos casamentos desfeitos e dos homens todos iguais.
Não sinta falta de ter a preferência, de viver um amor longo e duradouro, não sinta inveja dos amores dos seus avós.
 
Ei você mulher... os exemplos irão acabar, as histórias deixarão de serem escritas e tudo não passará de hipóteses de realidade no futuro.
 
O feminismo morreu e esta morte está levando consigo todo o cavalheirismo com ela.
 
Ei você mulher, jovem, adolescente que está começando a vida agora, vai um conselho meu. Não tenha medo de ser diferente, não tenha vergonha de ser delicada, meiga, carinhosa, fiel e dedicada.
Seja inteligente, bem sucessedida, independente mas seja mulher. Faça a diferença e encante o homem não por ser fácil e livre. Encante o homem justamente por ser diferente, por ser igual as mulheres foram no passado.



Semente de tudo

Ei você, sementinha, fica triste não. Não precisa se preocupar pois a dor é inevitável porém necessária para a germinação. Quando se nasce, sempre é preciso romper alguma barreira mesmo, cortar alguns vínculos, deixar a zona de conforto.
Mas tudo vale pela vida que surge, pelo crescimento que se coloca à sua frente, pela longa estrada a percorrer.
Ei você, sementinha, não fique com medo não. Estabeleça suas raízes e vá crescendo para o solo para que possa sustentar o caule, nutrir suas folhas e desabrochar sua flor.
Ei você, sementinha, não fique preocupada. O solo é firme, tem todos os nutrientes que você precisa, é grande, pode espalhar suas folhas secas, pode armar a sua sombra. Pode florir o jardim.
Ei você, sementinha, suas flores não serão colhidas, não servirão como enfeite em uma jarra sobre a mesa de ninguém. Suas flores cumprirão o ciclo no lugar certo, na planta, no jardim. Suas flores não serão levadas para contemplação de ninguém, não servirão para agradar ninguém. Elas ficaram com você.
Ei você sementinha, semente de tudo!!!

Zé Geraldo

Eu sou o atalho de todas as grandes estradas
por onde passei
Das vilas pequenas cidades por onde andei
Herança de casos passados, migalhas do pão consumido

Eu sou a metade de tudo que você tem sido
Nas ruas num sol de dezembro
eu sou o farol e a contra mão

Da flor que carregas no peito
Simples botão
Sou parte maior desse germe
que prolifera e contamina
Querendo construir morada em você menina
Doce menina, doce menina
Eu sou uma parte do pó
Que compõe a estrada de terra
Você é água cristalina lá no pé da serra
Retalhos de noites vividas
num albergue, pensão ou motel
mostrando caminho seguro
Um jeito de céu
Eu sou uma parte da noite
que entra no dia no alvorecer
Você é a semente de tudo
Eu vivo a partir de você
Eu sou uma parte da noite
que entra no dia no alvorecer
Você é a semente de tudo
Eu vivo a partir de você
La la
Nas ruas....
la la ra la ra la ra la ra la ra la ra la la ra la ra la ra la
ra la ra la

 

sábado, 17 de novembro de 2012

Castelo

Ei, tudo bem? Seja bem vinda minha princesa. Entre, sente-se. Aceita um café? Ou uma água? Que tal um refrigerante diet e um sanduiche natural? Aqui continua tudo como era antes. Claro que alguma coisa mudou, aliás, diversas coisas mudaram, pessoas surgiram, assim como rugas. Pessoas sumiram, assim como os cabelos.
O que quero lhe dizer é que a essência é a mesma, que a pessoa também é. Esta não pudou nada e tem um desejo filha da puta de acertar, uma vontade enorme de ser feliz e uma disposição incrível para fazer tudo ficar bem..
O que quero lhe dizer é que seja bem vinda, estabeleça-se, acomode-se. Faça do meu lugar, o seu lugar. Faz tempo que lhe espero, faz muito tempo! Aliás, nem sabia se você iria aparecer e esta visita me deixou muito feliz.
Tentarei fazer com que esta visita seja duradoura, que demore o tempo de uma vida para acabar. Vou tentar fazer com que esta visita demore o mesmo tempo que esperei você bater na porta. Vou tentar fazer durar o mesmo tempo que as palavras demoraram para serem ditas.
Vou pedir que não tenha medo da casa, que se acostume com seus cômodos, com suas paredes. Ah, tem um ressalto no corredor, tome cuidado para não tropeçar. Mas sei que você se acostuma fácil. Nâo é grande coisa mas é bonitinha. Pode ser um castelo. Aliás, pode ser o seu castelo! Dragão já tem um aquí!
Eu farei o possível para que se sinta bem, se sinta segura. Dormir de mãos dadas, deitar no colo e fazer carinho nos seus pés. Olhar no seus olhos e perceber as bochechas enrrubescerem de vergonha. Ouvir sua voz acelerada, afobada e tentar entender o que diz. Parece que a vida passa muito rápido na sua frente.
Calma, tranquilidade. Paz e sossego. Sem complicações e sem problemas. Acertando os passos, marcando o compasso, vamos dançar a mesma música novamente.
Gonzaguinha diz em uma de suas músicas: " E então eu cantaria   A noite inteira   Como já cantei, cantarei   As coisas todas que já tive Tenho e sei, um dia terei...A fé no que virá   E a alegria de poder
Olhar prá trás E ver que voltaria com você De novo, viver   Nesse imenso salão...Ao som desse bolero Vida, vamo nós E não estamos sós Veja meu bem   A orquestra nos espera Por favor! Mais uma vez, recomeçar"
Sinto falta das lembranças de coisas que nunca tivemos. Sinto falta!
 

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Homenagem



Não gosto de plagiar mas esta foi inevitável!!!

Jorge e Mateus

"Meu coraçao é regador de flor
Te regando amor cê vai me amar
Meu coraçao é regador de amor
Te regando flor cê vai me amar"

para ela!


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

5000

Não divulguei e nem comemorei meus 4000 acessos ao blog. Mas agora estamos nos aproximando dos cinco mil acessos e tudo o que se iniciou para exercitar e aliviar meus pensamentos tão intensos, tornou-se motivo de orgulho para mim.
Se há a repetição, se existe a revisita é sinal de que de uma forma ou de outra o que escrevo é interessante para um razoável número de pessoas e que estas pessoas não são exclusivamente pertencentes ao meu círculo social.
Tenho visitantes de vários Estados brasileiros e de muitos países ao redor do mundo.
Tenho controle sobre estes acessos e fico realmente encantado quando vejo que as visitas dos estangeiros se repetem nas mesmas cidades. Isto significa que a mesma pessoa na Noruega, na Alemanha, nos Estados Unicos, em Portugal, na Rússia e mesmo na Coréia do Sul me acompanha dia a dia. Acessam meu blog na esperança de ler o que escrevo. 
Obviamente falta interatividade e a relação com meus leitores é mais passiva do que eu gostaria que fosse.
Gostaria de receber comentários, sugestões, críticas, enfim, gostaria dos conceitos.
Saber se o layout está agradável, se os textos estão de acordo com a paciência, grandes ou pequenos demais, se as cores estão boas etc.
comecei isto absolutamente leigo e sem qualquer pretensão de ser profissional. Desconheço códigos html, java, ccs ou qualquer outra linguagem de programação. Não conheço sobre pixels e design. 
Então comecei isto aqui apenas com a vontade. E muita vontade.
E é uma vontade que cresce a cada dia. Tenho ainda muitas idéias e muitas outras surgirão. A vida continua ebulindo e tenho absoluta certeza que o blog hoje está muito mais leve que antes. A leitura está mais contemplativa, menos rancorosa, apesar de eu ainda carregar o rancor dentro de mim.
Aprendí que não vale a pena alimentá-lo e aprendí a substituir os espaços que ficaram vazios por outras expectativas, outras memórias.
Aprendí nestes 3 meses que o que me atrapalhava eram as memórias recentes. e que outras melhores estavam guardadas. 
Então estes cinco mil acessos são muito importantes pois várias pessoas já devem ter percebido esta mudança, esta metamorfose que estou passando. 
O mundo é realmente redondo, girando. E eu conhecendo cada vez mais pessoas ao seu redor!


Problemas


A gente muda, deixa de escutar certas musicas sim, as roupas saem de moda mas voltam, deixamos de falar com pessoas e nos aproximamos de novo.

As mudanças realmente fazem parte da vida. Mas aposto que nunca deixaremos de gostar daquela música antiga quando ela de repente toca e nos pega de surpresa.
Então, a essência permanece. A essência deriva para o essencial, o necessário. 
Acredite, coisas do passado sem serem resolvidas, uma hora ou outra voltam. Independem do tempo. Elas voltam sim para encontrarem novamente o seu curso de solução. Crescemos na mesma proporção dos problemas. Estes também evoluem.
Adquirimos certos conceitos, estabelecemos certos limites e várias e várias limitações. Condicionamos nossas incapacidades e demandamos dos demais para nos provarem ao contrário. Estamos sempre em um jogo de auto afirmação.
Metade das coisas que fazemos nos trazem satisfação pessoal e a outra metade apenas para provarmos aos outros nossas capacidades, coragem e força de vontade.
Dependemos disso, do respeito e da admiração dos nossos semelhantes e este é um caminho de mão dupla.
Estas condicionais, estes limites que estabelecemos nos privam de momentos, de emoções, de realizaçoes, de situações que gostaríamos de termos vivido. 
Daí o tempo passa, as linhas dos limites avançam ou recuam, as pessoas vão e voltam, assim como as roupas, a moda e as músicas.
Então nossos conceitos e nossas percepções também se alteram e os problemas se resolvem com outras estratégias. O que era proibido passa a ser aceito e várias coisas são guardadas nas gavetas. Nas físicas e nas mentais.
E pensando assim, em guardar coisas, só guardamos o que queremos voltar a usar. guardamos aquilo que queremos relembrar, aquilo que em algum momento foi importante e nos proporcionou felicidade.
E como tudo que não foi resolvido ou se pendenciou acaba emergindo novamente, temos a vantagem de conhecermos novas armas e ferramentas para resolver. Temos novos conceitos, perdemos grande parte do medo até por que já estamos mais próximos do fim da vida e acabamos com aquela sensação de que ou é agora ou tudo se perderá novamente.
Todos temos sonhos, os sonhos evoluem e criam raízes dentro de nós. Começamos a criar uma história imaginária, viajamos em seus capítulos, damos risadas internas e só conseguimos construir coisas boas nestes pensamentos.
E então chegamos no impasse. Mudamos tanto ao ponto de deixarmos os sonhos com Orfeu ou vamos à luta para realizá-los? 
Qual a nossa disposição para enfrentar os problemas sem olhar para o tamanho dos mesmos? Costumo dizer que os problemas são resolvidos com grandes sonhos, grandes estratégias, calma e perseverança. 
Aprendí que temos que fazer as coisas primeiro para nós, dentro dos conceitos de moral e ética que não firam nossos queridos, devemos pensar primeiro no individualismo para podermos ter forças para nos darmos aos outros.
Aprendí que quando se tem pouco e ainda sim resolve-se dar o que tem, perde-se tudo. Perde-se a força e perde-se o tempo.
Aprendí que a sociedade deve ser simbiótica, deve ser vivida em comunhão, em compartilhamento. 
Deve-se compartilhar principalmente sentimentos, estes são imprescindíveis, essenciais para um bom relacionamento.
A simbiose é a melhor arma contra a ingratidão e os sentimentos, a dedicação dividida igualitariamente eterniza qualquer relacionamento, seja amoroso, seja fraterno ou familiar.
Então, resumindo tudo isso, não importa o tamanho do problema e nem o momento em que este se põe diante de sua caminhada, nem tão pouco o quanto mudamos. O que importa é a realização dos sonhos, mesmo aqueles mais antigos, aqueles mais improváveis.
E é isto que vou fazer agora!

!


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Erva Daninha 3

Ervas daninhas sempre existiram e sempre existirão. Não há como evitar a sua presença. Precisamos aprender a conviver com elas. Não podemos e nem temos o direito de sermos seletivos ao ponto de excluir alguma espécie de nosso meio.
Podemos e devemos sim selecionar aquelas especiais, aquelas que de alguma forma nos trazem prazer, nos fazem melhores dia a dia.
Como animais que somos, excluindo toda a complexidade que nosso cérebro proporciona e nos faz predominantes em relação às outras espécies, afirmo que vivemos pelo prazer. Fazemos as coisas, experimentamos e repetimos quando gostamos. E este processo de repetição só acontece por que há o prazer evidenciado. Não se repete nada por livre e espontânea vontade se este ato não causou satisfação.
Sendo assim, fica muito fácil explicar o início do vício. Seja ele qual for, causa prazer.
Encontramos pessoas viciadas nas mais diversas coisas, atitudes, situações. E são sempre coisas que provocam imenso prazer, independentemente dos danos físicos causados.
Colocamos o prazer antes do mal. Sempre.
Veja um viciado em drogas por exemplo. Mesmo um fumante de cigarros comuns. É nocivo, é danoso para a saúde física e mental porém as substâncias contidas nestas drogas causam prazer e por isso viciam.
O que causa prazer, vicia. E nesta equação, volto a citar o que escreví no início do texto. Vivemos pelo prazer. Somos viciados no prazer.
Então, como identificar a linha limítrofe entre o auge e a decadência da moral pessoal? Como saber até onde podemos chegar com nosso vício, com nosso prazer antes da derrocada final?
Não é um processo fácil e na maioria das vezes o vício vence o corpo, o vício vence o homem.
Aqueles afortunados que não passam dessa linha podem achar que eu estou super dimensionando o problema porém aqueles que foram além, aqueles que colocaram ao menos um pé depois deste limite sabem que o processo de desintoxicação é extremamente árduo, sofrido, penoso e doloroso.
Ter que abrir mão do prazer pela saúde física e mental é como nascer de novo, com todas as dores e sofrimentos. Uma nova descoberta, um novo ser.
Terapias, clínicas, famíliares, amigos, religião, remédios, auto conhecimento, domínio, controle, força de vontade, perseverança. Muitas e muitas vezes isto sucumbe ao prazer. Ao vício. Toda a ajuda é válida, porém não é garantia de sucesso.
E eu que tenho meus vícios e deles estou me livrando posso garantir que realmente o processo de desintoxicação é mesmo extremamente doloroso pois a primeira atitude é ter que reconhecer que o que você mais ama lhe faz mal, lhe destrói.
A segunda atitude é aprender que você consegue sim viver sem o princípio ativo do seu vício pois todos os viciados acreditam que só estão vivos por conta dele. Todo viciado acredita que não há vida sem o vício que lhe consome.
Tomadas estas duas decisões, começam a aparecer os primeiros sinais de lucidez, os primeiros raios de sol após um eclipse que parecia ser eterno.
Então, seguindo o curso natural da vida que se recicla, estes primeiros raios de sol trazem consigo a percepção que este vício não era assim tão fundamental e que seus danos eram maiores do que imaginávamos.
E aí, neste exato momento, estamos preparados para conviver com todas as ervas daninhas pois como sabemos, apesar de todos os malefícios que elas causam, seu ciclo de vida é muito curto. A seleção natural das espécies acaba agindo e, quando elas não tiverem nada mais para destruir, entram em processo de auto fagocitose. elas mesmo se destroem!!!
então começamos a perceber que ervas daninhas são necessárias para levar aquilo que pensávamos ser absolutamente essencial para nossa vida.

Abaixo segue uma letra de música do Paulo Ricardo que fizera sucesso nos anos 80 mas é perfeitamente aplicável nesta situação:


Agora Eu Sei

RPM

Ha muito tempo
Eu ouvi dizer
Que um homem
Vinha pra nos mostrar
Que todo mundo é bom,
E que ninguém é tão ruim
O tempo voa e agora eu sei
Que só quiseram me enganar
Tem gente boa que me fez sofrer,
Tem gente boa que me faz chorar
Agora eu sei, e posso te contar
Não acredite se ouvir também,
Que alguém te ama e sem você não consegue viver.
Quem vive mente mesmo sem querer
E fere o outro, não pelo prazer
Mas pela evidente razão ... sobreviver.
Não é possível mais ignorar
Que quem me ama me faz mal demais
Mas ainda é cedo pra saber
Se isso é ruim
Ou se é muito bom
O tempo voa e agora eu sei
Que só quiseram me enganar
Tem gente boa que me fez sofrer,
Tem gente boa que me faz chorar
Quem ve seu rosto
Só pensa no bem,
Que você pode fazer
A quem tiver a chance de te possuir
Mal sabe ele como e triste ter amor demais,
Sem nada receber
Que possa compensar
O que isso traz de dor
O que isso traz de dor.




terça-feira, 13 de novembro de 2012

Represa, correnteza

Uma imagem agora vem em minha mente...
Em uma ladeira, em um dia de chuva, a água escorrendo entre o meio fio e o asfalto.
Uma criança de uns 10 anos aproximadamente, brincando na rua...
Ela vai basicamente brincar de duas maneiras....
ou ela vai colocar coisas para a correnteza levar, como se fosse um barco, um navio ou até mesmo um nadador, ou vai brincar de colocar seu pé, impedindo a água de escorrer, criando uma represa...
É inevitável e a criança vai se divertir de qualquer forma pois neste momento ela estará exercitando seus pensamentos, estará viajando em mundos imaginários, em fantásticas correntezas, enormes e perigosas represas...E ele é o gigante, quem controla, quem tem o poder de destruir tudo apenas levantando o seu pé.... Cidades inteiras dependem de sua benevolência....
Que linda a imaginação de uma criança brincando na chuva....
E as pessoas são assim... elas dividem-se basicamente nestes dois grupos...
Aquelas que não interferem no curso das coisas, deixando com que elas aconteçam como devem acontecer, contemplando, pacientemente, os resultados do que vierem.
Estas pessoas apresentam o perfil mais calmo, mais conservador, são pessoas mais pacientes porém mais conformadas com o que a vida lhes apresenta.
Geralmente são pessoas mais pensativas, reflexivas e relutantes a grandes e repentinas mudanças. São mais estáveis e sabem lidar melhor com seus sentimentos, guardando para sí o direito de agir na hora que acharem mais conveniente, sem aceitar a interferência de terceiros.
As crianças que cresceram brincando de represa serão adultos mais empreendedores, menos receosos das consequências de seus atos, aprendem com mais rapidez a levantar depois da queda e algumas vezes até mesmo perdem o medo de cair. Vivem instáveis, com ou sem sucesso, não desistem e não se apegam definitivamente a nada. Ousadas e corajosas, se destacam em várias modalidades onde assumir o risco é fator fundamental para o sucesso.
São pessoas disputadas, admiradas porém causam um certo medo de aproximação.
E quem sou eu, e quem é você, meu amigo leitor?
Brincamos na correnteza ou represamos a água????
A gripe nao importa. O importante é brincar na chuva!!!!
E o futuro destas, crianças? ah... deixa o futuro pra lá!! vamos brincar!!!

Porta aberta!!!

Então estava eu quieto no meu canto, vivendo minha quieta vida, sem maiores expectativas ou ilusões. Estacionado, do tipo isopor flutuando no mar, balançando apenas coforme as ondas, indo para onde me levassem.
Então, dentro de minha cabeça passavam apenas pensamentos idos, coisas que fizera e deixara de fazer com todas aquelas condicionais do SE.
Não lamento as coisas que fiz porém lamento muito algumas oportunidades que não tive, alguns momentos que não conseguí aproveitar, algumas pessoas que deixei irem embora.
As oportunidades que tive no passado só fiquei sabendo no presente. Não olhei ao redor nos momentos mais importantes e por uma série de fatores tais como medo, insegurança, moral e outros mais, deixei de tomar atitudes que teriam direcionado minha vida para um rumo bem diferente do que é hoje.
Então aquelas frases de efeito começam novamente a fazer sentido e eu começo a perceber que tudo acontece mesmo na hora que tem que acontecer. Não há mesmo outra forma e devo aprender a banir definitivamente o SE da minha vida. Pensando bem, não deve mesmo existir o SE pois ele expressa apenas o passado imutável ou o futuro inexistente.
Só há um caminho e este caminho leva a vários outros, sem "Ses", sem volta, sem retorno. A porta que se fechou atrás não se abre mais porém o que ficou para trás, o que ficou trancado na porta que se fechou pode estar novamente em outra porta mais à frente, diferente, melhor ou pior....
A vida coloca no nosso futuro todas as opções que deixamos no passado e podemos escolher novamente.
Então hoje me vejo novamente abrindo uma porta que me levará a um belo momento que viví. Sei que o que tem do outro lado está mudado, está diferente, também já caminhou até aqui por outros caminhos e outras portas. Acredito que tenha mantido a mesma essência do passado, acredito que tenha carregado os mesmos sonhos, desejos e ambições que eu via antes. Sei de toda a dificuldade, sei que a estrada foi longa até aqui e que será mais ainda daqui para frente se as portas se abrirem juntas.
Sei que o caminho na minha frente será uma subida íngrime, difícil, aguda. Se eu conseguir chegar no topo, estarei cansado, suado, com arranhões e feridas das lutas que terei que enfrentar mas o que importa é que eu realmente acredito que a visão que terei do horizonte à minha frente será tão linda, tão deslumbrante que terá valido a pena cada gota de suor, cada cicatriz que surgir no meu corpo.
Pois é... o sentimento que tenho agora é de que eu estou no jogo novamente, na batalha, que estou na pista, na caça... Sei lá como se diz hoje em dia. Acho que o tempo é: Na pista para negócio!!
Não sei qual será o resultado mas a sensação é tão gostosa, a adrenalina correndo novamente pelo corpo, o coração novamente acelerado, a expectativa e o inusitado me fazem sentir vivo novamente.
Aviso!!! Eu vou abrir a porta!!!
E a vida em ebulição mostra que realmente HÁ UM TEMPO CERTO PARA CADA DECISÃO!