O que é meu, absolutamente meu, exclusivamente meu?
O que pertence a mim e a mais ninguém?
Meu nome, registro geral, cpf. Meu número no título de eleitor, minha carteira de trabalho. São exclusivos.
Meus pensamentos. Minhas idéias, opiniões e conceitos. São meus e não sofrem influência de ninguém.
As minhas filhas, como pai, são minhas, são obras perfeitas que ninguém poderá imitar ou se apossar. São minhas e exclusivas. Não haverão outras iguais. em suas virtudes. Em profusão do amor. Pode-se tentar, pode-se esforçar, pode-se fazer de tudo que estas não são copiáveis.
O passado e tudo o que viví, os melhores anos, as descobertas, os ensinamentos, o desenvolvimento, os progressos.... Nada disso pertencerá a outra pessoa. São coisas absolutamente minhas, próprias, concretas ou abstratas. Todas são exclusivamente minhas.
50 anos se passarão, 70 que sejam, nada disso se comparará aos que viví. Todos aqueles momentos foram só meus. Os melhores momentos, a juventude, o crescimento.
Não há metáfora que possa expressar o que estou querendo transmitir e também escrever diretamente soaria como galhofa, deboche, provocação ou desdém.
O que me vem à cabeça agora é o seguinte:
Um bolo, um belo e delicioso bolo.
Comê-lo é um prazer porém não comparável ao seu processo de criação. A mistura dos ingredientes, a dose certa do sabor, o tempo de preparo da massa, o assar, o cheiro do crescimento, do calor agindo sobre o fermento, aquele aroma se espalhando pelo ambiente...
Lamber as colheres, as panelas, lambuzar-se pelo rosto, pelo corpo todo, não tem preço....
Rechear, confeitar, embelezar...
Colocar na vitrine, com muito glacê!!! O cliente chega, olha, deseja, abre a carteira, tira o dinheiro, paga, leva para casa, comemora, come, repete.... às vezes está uma delícia, às vezes dá dor de barriga!!!
Mas, preparar o bolo, não tem preço!!!
Meu passado é como um bolo!!! Um belo e delicioso bolo!!!
Melhor... Meu passado é todo o processo de preparação de um belo e delicioso bolo!!!
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