A erva daninha se instala no jardim, na plantação. E ela se instala despercebidamente, sorrateiramente, quase que de forma invisível.
No começo um matinho insignificante no cantinho mais afastado, onde menos se observa. E vai criando e aprofundando suas raízes, debaixo da terra, espalhando suas ramificações e circundando cada vez mais uma área maior do terreno.
Seu corpo continua lá, tímido, pequeno e frágil, estático, praticamente inofensivo, despretensioso. Crescendo por baixo da terra em um emaranhado de fios, de pequenos filamentos, pequenos e grandes, tirando do solo os nutrientes necessários para o sucesso de sua estratégia.
E o jardineiro descuidado não se percebe do perigo, não dá a devida atenção e se acostuma com aquela pequena erva daninha em seu domínio, convive com ela, olha para ela e não a vê crescendo. Não se importa. Acredita ter domínio sobre o problema.
E de repente, em um momento de seca, onde o solo se enfraquece, onde as plantas mais necessitam de cuidados, aquela erva daninha que já toma conta de todo o subsolo, resolve aparecer em toda a sua magnitude e explode em caules e folhas. Mostra a sua verdadeira face e controle sobre todo o terreno.
E tudo aquilo que era antes aceitável, torna-se incontrolável e nosso jardim já não mais nos pertence.
Ou fazemos uso de fortes venenos, fortes pesticidas ou nos entregamos de vez àquelas plantas que nada acrescentam nem de sustento nem de beleza.
Assim são as pessoas que interferem nos relacionamentos familiares.
Aproveitam-se de um descuido do jardineiro, se instalam e acabam dominando a vida, destruindo o jardim, a horta. Destroem famílias.
São pessoas oportunistas que se aproveitam das fraquezas e incertezas, pessoas que vão crescendo na ilusão e promessas sem sentido.
E no solo que não é bem cuidado, fica fácil observar o resultado de toda esta destruição.
Fique Feliz.

E não é que tem muita erva daninha achando que é jardineiro??!!!!!!
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