É a vida que borbulha, que está sempre em processo de ebulição, de fervura. São as coisas que acontecem no nosso dia a dia, são os acúmulos de atos feitos e os que não tivemos oportunidade ou coragem de tomar. São as coisas da economia, da cultura mundial, os rítmos, as danças, as crenças, as crianças.
É o futuro do passado do pretérito do presente atuante, penetrante em nossos poros, nossas veias. A adrenalina corre, as incertezas vêm junto. turbilhão de sensações, de emoções, de raivas e alegrias, tristezas e felicidades.
Passo a passo, indo e vindo. Caminhando para frente, retrocedendo, analisando. Caminhando e cantando e seguindo a canção (Geraldo Vandré)! Solto a voz nas estradas, já não quero parar, meu caminho é de pedra, como posso sonhar (Milton Nascimento).
Ainda não mudei, ainda não me adaptei e acredito que isto não acontecerá apesar de todos dizerem ao contrário. A ferida aberta mostra que o tempo não foi suficiente para coagular o sangue que continua escorrendo... E como escorre...
A vida em ebulição, evapora, condensa e volta às origens, a água volta para a cumbuca. Pinga, pinga suor, pinga suor, cansa...
Cansa, recupera, revigora e a caminhada continua.
A bússula não tem o N. O polo magnético está por aí e os ponteiros giram freneticamente, sem rumo. Mas a caminhada é em frente, sempre em frente.
Frases soltas, desconexas afloram e preenchem a página branca do navegador. O retângulo onde escrevo vai tomando forma e as letras miúdas se fundem em palavras...
Reticências... Sempre fiz uso demasiado de reticências... Parece que tem sempre algo mais a se dizer... e será que tem mesmo?
Interrogações... Não as uso tanto quanto às reticências porém estas continuam perambulando em minha mente!!!
Exclamações!!! Lindas!!! Alegres!!! sinal de certezas...
Certezas??? Novas interrogações!!! Novas exclamações!!!
Academia todos os dias da semana, uma em cada cidade diferente... rostos desconhecidos, pessoas mudas, corpos sarados, outros nem tanto... dou risadas, risadas internas. Convívio oportunista. é só hoje, amanhã tem mais porém longe.
Cada uma com seus próprios problemas, cada uma com seus próprios dilemas. Cada uma com seu pote de felicidade e o outro de tristezas.
Olho para as pessoas e tento mensurar o seu nível de felicidade atual. Projeto quantas tristezas e alegrias estas pessoas ainda viverão. Quão é a certeza que elas carregam em suas vidas.
Eu aprendí que não há certezas absolutas e que tudo muda. Muda aos poucos e muda derepente. Muda sem aviso, muda em silêncio. O silêncio dos burros, o silêncio dos cegos que não querem ver. Aquele silêncio otimista de quem não quer perceber o tamanho da avalanche que se aproxima. Aquele silêncio que só quem vive consegue justificar.
Onde era para gritar, ecoa nada... Nada se fala, nada se ouve.
Que texto mais abstrato! que coisa mais sem sentido....
Mais reticências... quando pergunto... e onde há sentido em alguma coisa atualmente???
Mais interrogações. e PONTO FINAL.

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