sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Conversa difícil

O que dizer daquele momento em que você tem uma conversa difícil, daquelas que mudam a sua vida e a de muitas outras pessoas? Aquele tipo de conversa que em alguns momentos você, mesmo querendo falar, tem que se calar e ouvir e nos momentos em que você olha nos olhos do interlocutor pedindo uma palavra e só vem o silêncio?
Quantas vezes passamos por este tipo de situação e quanta
s vezes ainda vamos passar na vida? 
Difícil quando os pontos de vista apontam para caminhos diferentes e o tom de voz aumenta pois você quer fazer o seu interlocutor assimilar suas idéias e suas opiniões e vice e versa.
A vida da gente enverga em alguns momentos que as curvas são tão acutângulas dando a sensação que nosso carro vai capotar, vai passar reto e que vamos ao fim, fechar os olhos pela última vez e não mais acordar.
E é quando estas conversas são carregadas de rancores, ressentimentos, meas culpas, raivas e outros sentimentos depreciativos que a coisa piora. O acerto de contas. Quem errou mais e quem errou menos é o que menos importa. Não vemos isso mas o que realmente importa é o advir. É o que vem pela frente. O vazio, a solidão mesmo cercado de tanta gente. O estar em lugar nenhum o tempo todo.
Quanto tempo leva um amputado a se adaptar sem o seu membro perdido? Quanto tempo leva um cego, ou surdo ou mudo a se adaptar sem o sentido perdido? Quanto tempo leva um conjuge a viver sem o outro depois de tantos anos de vida matrimonial?
São perguntas únicas com respostas absolutamente imprevisíveis.
O tempo é relativo. A incerteza é absoluta.






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