sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Errei

Errei. Hoje eu soube disso... E hoje eu constatei o tamanho do estrago do meu erro, hoje eu pude perceber o quanto ele prejudicou a mim e as pessoas que eu mais amo na história de minha vida. 
Não vou falar sobre meu erro e nem justificá-lo. Não vou compará-lo com os erros de ninguém e também não vou me calar sobre o assunto.
Errei e passei algum tempo errando, passei algum tempo errado, sabendo que estava errado. 
Ninguém erra sem saber, ninguém desconhece seu erro. Como disse em outro texto, somos os mais severos juízes de nós mesmos com um corpo de jurados complascente. Nós sabemos nos julgar mas temos o péssimo habito de nos absolvermos. É um senso de defesa, ou a vontade de sermos perfeitos ou mesmo o medo de perder. 
O orgulho nos impede na maioria das vezes de pedir perdão e a partir daí o mesmo só aumenta e vamos acumulando erros durante a vida. Recorrendo aos mesmos e cometendo novos vamos nos encolhendo, escondendo-nos das pessoas e até de nós mesmos. Vamos nos tornando introspectos, fechados para a vida deixando de aproveitar as oportunidades.
Vamos ressaltando os erros dos outros, apontando o dedo na cara, falando mais alto, sufocando não só a pessoa mas a nós mesmos imaginando que assim nosso monstro permanece adormecido.
Mas não, não é um monstro adormecido que habita dentro de nós. É como se fosse uma pequena bactéria, um vírus ou até mesmo uma célula cancerígena que aos poucos vai infectando outras e outras e mais outras até que se instala de uma tal forma que a cura nunca devolve o organismo perfeito como antes. Deixa sequelas.
A cada erro acumulado o mal se instala. O medo se instala. Nos tornamos pessoas manipuladoras em favor de nossos erros e de nossas mentiras.
Mas temos cura. Admitir é o primeiro sinal de domínio sobre ele. Consertar suas consequências é o principal remédio para eliminá-lo de nós e fazer de nós e de nossos próximos pessoas mais felizes.
Não há erro que não cause amargura nas pessoas. Não há erro que não cause rancor ou memórias ruins.
Não vou comparar meus erros com os de ninguém. Quero aceitar os erros dos outros com a certeza e a confiança que quem os cometeu não cometerá mais. Quero que as pessoas aceitem meus erros com a mesma certeza e confiança. 
Errei sim, sem saber que estava errado. Adiei decisões sim, sem ter relógio em meu pulso mas acreditem, acordei. Acreditem, Acordei!

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