As pessoas ultimamente andam perdendo o senso de hierarquia e ascensão familiar.
Não é raro identificar em vários grupos de pessoas, unidas por algum vínculo seja pessoal ou profissional, uma cumplicidade desmedida e sem sentido.
Pessoas levam e trazem informações umas sobre as outras sem sequer avaliar se as fontes estão condizentes com a verdade. Existe um disse me disse, uma conversa paralela, uma confiança desconfiada dentro destes círculos.
Geralmente estas conversas não tem início, meio ou fim. Elas brotam das maldades veladas que carregamos dentro de nós. Quem faz, faz pelo prazer, faz pela emoção de ter um certo domínio de propagar o caráter ou a falta de caráter das pessoas envolvidas.
Indecentemente estas conversas não são de mão única. A mesma pessoa que divulga a informação, também a usa no caminho contrário para conquistar a confiança das duas partes.
Na maior parte do nosso dia convivemos com estas pessoas e as colocamos na frente das que realmente importam.
Laços familiares muitas vezes são desfeitos devido a estas conversas.
Metaforicamente, é muito mais fácil demolir um prédio de 20 andares do que construí-lo.
Pessoas preferem destruir a forma opiniões. É muito mais fácil propagar a discórdia do que o entendimento.
E estas conversas vão contaminando cada vez mais pessoas, geralmente começam com um trio. Quem quer a informação, quem busca a informação e a pessoa de quem se quer a informação. Daí uma quarta é envolvida, uma quinta, uma sexta e os times estão formados, e as equipes começam a competir.
Terminado o jogo, os times se desfazem e os que eram adversários, na próxima conversa podem estar jogando no mesmo time, como aquelas partidas de futebol que jogamos na rua usando chinelos como as traves do gol.
E a fofoca está instalada. E as pessoas começam a não se suportar em silêncio e as pessoas começam a se enfrentar e o que antes era uma consideração, o que era um respeito, uma admiração, passa a se tornar uma antipatia.
Admiro a coragem de algumas pessoas que reúnem forças para começar tudo de novo, construir um prédio novo de 20 andares pois colocou o seu abaixo. Melhor gastar construindo do que reformando. O que está velho não serve mais.
O que não entendo é que estas mesmas pessoas tenham dificuldades para resolver coisas simples, que dependem só delas.
E no fim, acaba sempre da mesma forma. As pessoas de fora, as que não tem vínculo nenhum, compromisso nenhum com nossas vidas acabam tendo suas palavras e considerações mais bem avaliadas do que as que sempre estiveram ao lado, apoiando e ajudando o tempo todo.
Bem mais interessante é a consideração que estas pessoas tenham a nosso respeito do que aceitar o que a família pensa. Afinal, ninguém deve satisfações a ninguém mesmo!!

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