domingo, 30 de setembro de 2012

Lixo eletrônico x Lixo Moral

Com o avanço da tecnologia e a descoberta de novas formas de reinventar o que já existe, a concorrência pelo mercado consumidor, as mídias que vendem nossas necessidades desnecessárias, nossos olhos e soberba que nos levam a consumir itens com uma avidez cada vez maior, o lixo eletrônico torna-se cada vez mais um problema mundial.
Onde foi descartado o excedente de LP's e fitas cassetes, cd's, toca fitas, toca discos, computadores, celulares, televisores, máquinas de lavar, geladeiras, fogões, fornos de microondas, enceradeiras elétricas, milhões e milhões de ítens que não servem mais para doações e caíram em desuso?
De quem é a responsabilidade de reparar os danos ecológicos causados por este consumo desenfreado?
Quais as políticas sócio-econômicas estão sendo adotadas pelos governos ao redor do mundo para ao menos minimizar as consequências deste consumo desenfreado?
Um paradoxo se estabelece pois os governos precisam aumentar o consumo, precisam estimular o comércio para gerar emprego e renda, arrecadação de impostos, estímulos fundamentais para a manutenção de toda e qualquer economia. 
Não há como negar um impasse, não há como negar que nações ao redor do mundo estão anos luz à frente nestas políticas de descarte de materiais não reaproveitáveis enquanto outras não fizeram absolutamente nada perante o problema.
E vemos filas e mais filas de consumidores ávidos por uma nova versão de um produto que não oferece absolutamente nada a mais que seu antecessor. 
E as mercadorias vão se acumulando nos lixões, pelas cidades, poluindo nossas nascentes, poluindo nossos mares, esgotando a capacidade de produção da natureza... Por conta da economia. Por conta do capitalismo e obtenção de resultados cada vez mais expressivos na realização dos lucros da empresa.
Pilhas, baterias, tubos, vidros, fios, plástico... tudo jogado fora, sem proveito, com desgaste natural do meio ambiente.
E quem pagará a conta disso tudo no futuro?
Nossos filhos e netos, com certeza....
E os relacionamentos descartados também da mesma forma?
Quem pagará por isso no futuro? quem pagará a conta por procurarmos cada vez mais a efemeridade da felicidade? Quem pagará pela fraqueza de não se conseguir sustentar uma família?
Nossos filhos e netos, com certeza.

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