Aceitar as responsabilidades provenientes de um relacionamento é a pedra fundamental para sua perpetuação.
Cada par de um casal pode e deve manter sua individualidade desde que esta individualidade não fira o princípio básico da segurança do seu parceiro.
Não existe o ciumento obsessivo nato. Ninguém nasce defeituoso assim e o progresso do ciúmes sadio até este nível advém das atitudes de seu companheiro. Cabe ao companheiro estabelecer os limites da segurança de seu par. Cabe a ele provir a auto estima de seu par ao ponto de o ciúme obsessivo não encontrar nutrientes para florescer.
O mesmo ocorre com a insegurança em relação ao relacionamento. A mesma fórmula se aplica pois depende de seu oposto e muita conversa para que este problema não corroa a relação.
Não é fácil ceder aos ciúmes e à insegurança de seu companheiro e para que isto não seja preciso é imprescindível que se identifique desde o início os primeiros indicios destes problemas. Quanto antes isto acontecer, menor será o esforço e o prejuízo para ambos.
Mas, se por algum fator estes indícios não forem percebidos no início e os problemas se tornem maiores, mesmo assim ainda há uma forma de reverter a situação porém com um maior esforço, com muita paciência.
Deve-se conscientemente abrir mão de um pouco da liberdade conquistada, descer ao nível de seu companheiro para reerguê-lo ao ponto de que ele passe a encontrar motivos para acreditar na relação novamente.
Uma pessoa insegura e ciumenta tem os seus motivos para ser e o seu semblante muda. A desconfiança toma conta e tudo vira motivo, e todos os atos se tornam base para um enredo de filme de suspense. A loucura toma conta da cabeça do inseguro e do ciumento e os fantasmas tomam conta de sua vida noite e dia.
Suas palavras tornam-se ásperas, sua fisionomia torna-se carrancuda e sua socialização torna-se difícil pois em tudo ele vê um motivo para estar sendo deixado de lado, sendo desvalorizado, sendo diminuido.
As comparações com as demais pessoas começam a ser inevitáveis e sempre com peso desproporcional.
E a partir disso a parte afetada vai cada vez mais tornando-se insuportável. E onde havia uma grande possibilidade de amor, torna-se sofrimento.
Cada parte do casal tem suas responsabilidades, suas culpas e cada parte deve expor à outra a situação pois no amor não se divide só alegrias. Divide-se problemas para encontrar juntos a solução.
Doar-se é fundamental, completar-se é consequência.
Abrir mão de projetos, adiar projetos para evidenciar os do parceiro é a mesma coisa que construir uma casa com bases sólidas onde se leva tempo para construir o segundo andar mas quando se constrói, pode-se ter certeza que é indestrutível.
Em muitas ocasiões uma das partes pode estar insegura em relação aos seus sentimentos ou mesmo até achar que o sentimento se foi, que não é capaz de retribuir nas mesmas proporções o seu parceiro.
Neste caso o exercício da memória é fundamental. Resgatar momentos vividos, dificuldades financeiras, emocionais, relembrar as festas, as comemorações, as realizações e conquistas, pensar no que se tinha e no esforço que se desprendeu para conseguir, visualizar em seu parceiro os melhores sorrisos, os momentos de maior carinho e compreensão, abrir os braços para o amor que se está recebendo sem no momento pensar em retribuir. O amor sempre volta, volta aos poucos.
Aliás, o amor nunca se foi. O amor prega peças e se esconde. Se esconde em individualismos, se esconde em projetos profissionais, se esconde atrás de pessoas, de opiniões. Mas ele está lá... esperando para ser encontrado novamente.
vou sugerir um exercício de memória.... voltemos ao passado. voltemos à infância e as brincadeiras de criança. Em especial ao pique-se-esconde.
coloque uma pessoa contanto o pegador e outras dez se escondendo.
conte até 50.....29, 30, T1, T2, T3.. 49, 50 e lá vou eu!!!!!
Então, aos poucos o pegador vai encontrando uma pessoa, duas pessoas, três pessoas até que encontra nove das dez pessoas escondidas.
Falta apenas uma. mas esta uma esconde-se tão bem mas tão bem que o pique vai se demorando a acabar, e vai-se tornando monótono, e a pessoa alí, escondida, aproveitando o seu momento de perfeição, sua camuflagem perfeita até que, as nove pessoas se cansam de esperar, o pegador desiste e todos vão brincar de outra coisa e aquela pessoa que se escondeu tão bem, quando sai, quando decide se revelar, não tem ninguém mais alí para comemorar.
É isso que o amor faz conosco. Ele se esconde e vamos procurando até achar que ele não está mais lá. E quando ele resolve aparecer novamente, não tem mais ninguém alí para recebê-lo.
Otimo
ResponderExcluirobrigado prima!!!
Excluir