E o pintor, e o poeta, e o músico, e o ator e o escritor e o artista em geral sempre manifesta o melhor de sua arte nos dois extremos de seu momento atual. Seja na dor ou seja na alegria infinita, exatamente nestes momentos são pintados os mais belos quadros, os versos mais perfeitos são escritos, as músicas mais lembrada são compostas, os mais belos livros editados.
A inspiração é motivada pelo sentimento, é potencializada das depressões e nas alegrias. O artista precisa mostrar seus sentimentos através de suas obras. O artista é um tímido calado, introspecto em seus devaneios e precisa extravasar seus sentimentos de alguma forma.
Bendito sejam estes sentimentos, benditos sejam estes loucos introspectos que jamais foram tratados pelos psicólogos ou psiquiatras. Bendita toda a arte que é fruto de alguma loucura. Bendito o amor que é o pai de todas as artes. Tudo o que enche nossos olhos e nossas mentes é fruto deste amor sentido pelos artistas.
Benditas sejam estas musas inspiradoras que fazem destes artistas pessoas tão diferentes aos iguais.
Toda palavra retida na boca de um artista é expressada em sua obra. Cale um artista e dê-lhe ferramentas para alimentar a nossa humanidade com tanta beleza.
O artista faz-nos sofrer e amar com tal intensidade que entramos em suas obras, compartilhamos um pouco de sua loucura pois na realidade, fora de seu mundo, somos covardes sufocadores de nossos sentimentos, somos medíocres envergonhados humanos orgulhosos de nossas insensibilidades.
Tire o pincel e as tintas do pintor, tire a caneta do poeta e escritor, tire do músico seu instrumento, tire do ator o seu texto e teremos pessoas sem rosto e sem identidade. Seremos todos iguais, uma multidão de pessoas sem face pois estes artistas, estes loucos apaixonados, cedem a nós, cada um de sua maneira, um pouco de sua identidade.
Tire do palhaço a sua máscara e seremos então todos palhaços! Tristes palhaços!!!


Nenhum comentário:
Postar um comentário